RESUMO
Infarto hemorrágico é comum em pacientes com acidente vascular embólico. Contudo, sua ocorrência no cerebelo é incomum e a importância está no fato de que pode apresentar-se como simples desordem labiríntica e evoluir para hipertensão intracraniana e morte. Os autores relatam o caso de um homem, 52 anos, que apresentou síndrome cerebelar e hipertensão intracraniana, evoluindo a óbito apesar do tratamento clínico instituído. A autópsia revelou edema encefálico e infarto no território da artéria cerebelar póstero-inferior (ACPI). As causas de infarto cerebelar estão associadas com a oclusào da ACPI ou da artéria vertebral por processo tromboembólico. Os infartos da ACPI, quando sintomáticos manifestam-se como uma síndrome cerebelar porém de acordo com a extensão da área infartada o processo pode evoluir com sinais de hipertensão intracraniana, dificultando o manejo clínico e em alguns casos necessitando de intervenção cirúrgica
Assuntos
Autopsia , Infarto CerebralRESUMO
Relatamos um caso de obstrução bilateral na origem das artérias carótidas internas, apresentando como sinais/sintomas associados hemiparesia e hipoestesia superficial e profunda à direita, associada a sífilis meningovascular em paciente com SIDA. Tomografia de crânio apresentou pequenas lesões hipodensas, com predomínio à esquerda, e arteriografia evidenciou oclusão bilateral das artérias carótidas. A associação entre lues e SIDA não é infrequente, porém o quadro oligossintomático do paciente, provavelmente devido a oclusão arterial lenta e gradual chama a atenção.