RESUMO
Os autores realizaram um estudo prospectivo de 23 pacientes com história e exame clínico sugestivos de fratura de escafóide, cujas radiografias em três incidências näo haviam demonstrado soluçäo de continuidade. Utilizou-se a cintilografia com tecnécio (99)mMDP com o objetivo de detectar seu valor como meio auxiliar no diagnóstico. Esta foi realizada após o terceiro dia do trauma por especialista em medicina nuclear, seguindo protocolo previamente elaborado. Como resultado encontraram-se 9 casos com hipercaptaçäo em regiäo de escafóide, sugerindo fratura; em 4 desses casos as radiografias confirmaram posteriormente a presença de fratura. Em outros 6 casos observou-se hipercaptaçäo em outros ossos do carpo e rádio distal, cujas radiografias posteriores nao demonstraram fratura, e nos 8 casos restantes nao houve aumento de captaçäo. A cintilografia teve sensibilidade de 100 por cento e 73,68 por cento de especificidade para um valor preditivo negativo de 100 por cento e valor preditivo positivo de 44,44 por cento, com acurácia de 78,26 por cento. Os autores concluem que a cintilografia tem as desvantagens de ser um exame de alto custo, invasivo e pode sobrediagnosticar alguns casos suspeitos de fratura do escafóide, mas se trata de um método acurado para excluir a fratura.