RESUMO
Com a finalidade de comparar a ocorrência de pés planos e pés cavos em duas classes socioeconômicas, estudamos clínica e podograficamente323 crianças considerados carentes e 286 näo-carentes, todas assintomáticas, de ambos os sexos, com idades entre sete e 13 anos. Encontramos, respectivamente, para carentes e näo-carentes, 6,5 porcento e 9,4 porcento de pés planos e 11,7 porcento e 38,0 porcento de pés cavos. Foram verificadas algumas diferenças estatísticas. Para os pés planos, foi significante a prevalência dos meninos em relaçäo às meninas, nas duas classes socioeconômicas. Nos pés cavos, foi a predominância do grupo näo-carente em relaçäo ao carente, em meninos e meninas, e, na classe carente, das meninas em relaçäo aos meninos. As diferenças observadas provavelmente estariam relacionadas com os hábitos de vida dos dois grupos, como atividades lúdicas, prática de esportes, tipos de calçados e alimentaçäo. Também näo se pode afastar que fatores genéticos, raciais e constitucionais participem no aparecimento dessas diferenças.