RESUMO
Os autores revisam os dados epidemiológicos que apontam não somente uma elevada incidência como também de mortalidade pelo câncer bucal em São Paulo. Estes alarmantes dados podem ser modificados a médio prazo porque este tipo de câncer é prevenível (os fatores de risco são bem determinados, a boca é de fácil acesso ao exame clínico dispensando o uso de equipamentos especiais). Pautados nessas informações, foi elaborado um plano global de prevenção (combate ao tabagismo e ao etilismo) e de diagnóstico precoce da doença envolvendo programas de educação popular, reciclagem profissional e racionalização do sistema de atendimento. Fundamentalmente quanto ao diagnóstico precoce deve-se buscar identificar e estimular indivíduos de alto risco (homens com mais de 40 anos, sobretudo se tabagistas e/ou etilistas) a se submeterem a exames periódicos anuais em centros de atenção primária. Todos os casos suspeitos devem ser encaminhados para centros secundários(nível de diagnóstico) e os casos com diagnóstico clínico altamente suspeito ou já com confirmação histológica para centros terciários (nível de diagnóstico) e os casos com diagnóstico clínico altamente suspeito ou já com confirmação histológica para centros terciários(nível especializado para tratamento). São também consideradas fundamentais a reciclagem profissional e o ensino da oncologia nas escolas médicas e odontológicas...