RESUMO
A relaçäo entre os sintomas e as arritmias que ocorrem durante monitoragem eletrocardiográfica ambulatorial contínua de 24 horas foi avaliada em 1558 pacientes, sendo 790 do sexo masculino e 768 do feminino, com idades entre 13 e 68 anos (média 56,7 anos). Arritmias ventriculares foram registradas em 886 pacientes (57%) e supraventriculares em 414 deles (26,6%). Durante o período de registro, apenas 507 pacientes (32,5%) referiram sintomas correlacionados com a disritmia. A incidência de sintomas naqueles com ou sem arritmias näo era estatisticamente diferente. Apenas 16,6% dos pacientes sintomáticos (84 de 507) apresentaram sintomas simultaneamente à arritmia; os pacientes com arritmias de pouca importância tiveram uma incidência menor de sintomas que aqueles com disritmias mais relevantes (p < 0,001). Também 188 pacientes apresentaram sintomas durante ritmo normal, cujas causas näo eram arritmias cardíacas. As mulheres queixaram de mais sintomas, sejam eles arritmias ou näo (p < 0,001). Assim, verificamos uma correlaçäo baixa entre sintomas e arritmias na nossa casuística. Este fato deve ser lembrado quando lidamos com pacientes com tendência e arritmias complexas, onde a avaliaçäo adequada de sua doença de base poderia auxiliar na opçäo do tratamento apropriado
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Arritmias Cardíacas/fisiopatologia , Eletrocardiografia , Monitorização FisiológicaRESUMO
Foram revistas 73 autópsias de pacientes que faleceram por infarto agudo do miocárdio (IAM); 38 eram fumantes crônicos e 35 näo fumantes, constituindo dois grupos, que foram comparados. Näo houve diferença entre ambos quanto a sexo e idade. A incidência de arritmias foi significativamente maior no grupo de fumantes (36/38 vs 26/35, p < 0,025), assim como os distúrbios de conduçäo (24/38 vs 12/35, p < 0,05). Näo houve correlaçäo entre o hábito de fumar e a falência ventricular esquerda ou choque cardiogênico. A massa infartada, o grau de estenose coronária e a incidência de trombose coronária recente foram similares nos dois grupos. A prevalência de IAM subendocárdico foi significativamente maior no grupo de fumantes (14/38 vs 7/35, p < 0,025). Raramente se encontraram trombos plaquetários. O presente relato confirma a incidência maior de arritmias nos fumantes crônicos, mas näo as de trombose coronária recente e trombos plaquetários, pelo menos no momento da morte. A maior incidência de infarto subendocárdico sugere um mecanismo espástico