RESUMO
Dezessete pacientes portadores de anomalias pelve-perineais e incontinência fecal foram estudados por meio da ressonância magnética (RM), para definir possível correçäo cirúrgica da incontinência fecal. 14 eram portadores de malformaçäo ano-retal, sendo 13 pós-abaixamento de cólon por várias técnicas e um após ano-retoplastia sagital posterior (ARPSP), - 2 eram portadores de trauma perineal e 1, portador de síndrome de Fournier. 2 eram controles normais. Maior ênfase foi dada à musculatura pelve-perineal (músculo elevador, complexo muscular perineal e fibras parassagitais), e sua relaçäo com o canal reto-anal, anatomia sacral e do filum terminal. Em 5 pacientes foi indicado tratamento cirúrgico (ARPSP), por apresentarem : 1) musculatura pelve-perineal bem desenvolvida; 2) canal ano-retal fora de seu posicionamento adequado; 3) anatomia sacral normal. 12 pacientes continuaram com tratamento clínico, pois näo se enquadravam nesses critérios, e aqueles que foram operados mostram acentuada melhora da continência fecal. Concluiu-se que a RM pode definir as estruturas anatômicas que permitem indicar o tratamento cirúrgico, com melhora acentuada da continência fecal