RESUMO
Os autores apresentam um caso de pseudo-hermafroditismo feminino, com hiperplasia congênita de adrenal, causada por deficiência da 21-hidroxilase. A paciente foi criada e reconhecida como um menino até os 14 anos de idade, ocasiäo em que, em 1979, foi submetida a tratamento psicológico de redesignaçäo para o sexo feminino, na Unidade de Intersexo do Hospital Infantil "Darcy Vargas" (Säo Paulo). Casou-se aos 18 anos e, aos 24 anos, concebeu uma criança hígida do sexo masculino, através de parto cesariano. O trabalho analisa vários métodos de acompanhamento psicológico e de redesignaçäo sexual, principalmente com relaçäo à fertilidade, gravidez, parto e amamentaçäo, que foram publicados por diversos autores. Esta paciente foi redesignada pela metodologia comportamental "behaviorism" e teve acompanhamento psicológico até o matrimônio, sem apresentar psicopatias ou seqüelas, conduta esta contrária à teoria de Money, segundo o quel poderia apresentar seqüelas ou psicopatias irreversíveis