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1.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(9): 778-784, Sept. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520249

RESUMO

Abstract Background Ischemic stroke is an important cause of death in the world. The malignant middle cerebral artery infarction (MMCAI) has mortality as high as 80% when clinically treated. In this setting, decompressive craniectomy is a life-saving measure, in spite of high morbidity among survivors. Objective To evaluate the outcomes of patients with MMCAI treated with decompressive craniectomy in a Brazilian academic tertiary stroke center. Methods A prospective stroke database was retrospectively evaluated, and all patients treated with decompressive craniectomy for MMCAI between January 2014 and December 2017 were included. The demographics and clinical characteristics were evaluated. The functional outcome, measured by the modified Rankin Scale (mRS), was assessed at hospital discharge, after 3-months and 1-year of follow-up. Results We included 53 patients on the final analysis. The mean age was 54.6 ± 11.6 years and 64.2% were males. The median time from symptoms to admission was 4.8 (3-9.7) hours and the mean time from symptoms to surgery was 36 ± 17 hours. The left hemisphere was the affected in 39.6%. The median NIHSS at admission was 20 (16-24). The in-hospital mortality was 30.2%. After a median of 337 [157-393] days, 47.1% of patients had achieved favorable outcome (mRS ≤ 4) and 39.6% had died. Conclusion Decompressive craniectomy is a life-saving measure in the setting of MMCAI, and its effects remains important in the scenario of a middle-income country in real-world situations.


Resumo Antecedentes O acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico é uma causa importante da morte em todo o mundo. O infarto maligno da artéria cerebral média (IMACM) tem mortalidade de até 80% quando tratado clinicamente. Nesse contexto, a craniectomia descompressiva é uma medida salvadora de vidas, apesar da alta morbidade entre os sobreviventes. Objetivo Avaliar os desfechos dos pacientes com IMACM tratados com craniectomia descompressiva em um centro acadêmico terciário de AVC no Brasil. Métodos Um banco de dados prospectivo de AVC foi avaliado retrospectivamente e todos os pacientes tratados com craniectomia descompressiva para IMACM entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017 foram incluídos. As características clínicas e demográficas foram avaliadas. Os desfechos funcionais, medidos pela escala modificada da Rankin (mRS), foram avaliados na alta hospitalar, após 3 meses e após 1 ano de seguimento. Resultados Foram incluídos 53 pacientes na análise final. A idade média foi 54,6 ± 11,6 anos e 64,2% eram homens. A mediana do tempo dos sintomas à admissão foi 4,8 (3-9,7) horas e o tempo médio dos sintomas à cirurgia foi 36 ± 17 horas. O hemisfério esquerdo foi o afetado em 39,6%. A pontuação na escala de AVC do National Institute of Health (NIHSS) à admissão foi 20 (16-24). A mortalidade hospitalar foi 30,2%. Após uma mediana de 337 (157-393) dias, 47,1% dos pacientes tinham atingido um desfecho favorável (mRS ≤ 4) e 39,6% tinham morrido. Conclusão Craniectomia descompressiva é uma medida salvadora de vidas no contexto do IMACM e seus efeitos permanecem importantes no cenário de um país em desenvolvimento em situação de vida real.

2.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(10): 861-867, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1527870

RESUMO

Abstract Background Intracerebral hemorrhage (ICH) is a deadly disease and increased intracranial pressure (ICP) is associated with worse outcomes in this context. Objective We evaluated whether dilated optic nerve sheath diameter (ONSD) depicted by optic nerve ultrasound (ONUS) at hospital admission has prognostic value as a predictor of mortality at 90 days. Methods Prospective multicenter study of acute supratentorial primary ICH patients consecutively recruited from two tertiary stroke centers. Optic nerve ultrasound and cranial computed tomography (CT) scans were performed at hospital admission and blindly reviewed. The primary outcome was mortality at 90-days. Multivariate logistic regression, ROC curve, and C-statistics were used to identify independent predictors of mortality. Results Between July 2014 and July 2016, 57 patients were evaluated. Among those, 13 were excluded and 44 were recruited into the trial. Their mean age was 62.3 ± 13.1 years and 12 (27.3%) were female. On univariate analysis, ICH volume on cranial CT scan, ICH ipsilateral ONSD, Glasgow coma scale, National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) and glucose on admission, and also diabetes mellitus and current nonsmoking were predictors of mortality. After multivariate analysis, ipsilateral ONSD (odds ratio [OR]: 6.24; 95% confidence interval [CI]: 1.18-33.01; p = 0.03) was an independent predictor of mortality, even after adjustment for other relevant prognostic factors. The best ipsilateral ONSD cutoff was 5.6mm (sensitivity 72% and specificity 83%) with an AUC of 0.71 (p = 0.02) for predicting mortality at 90 days. Conclusion Optic nerve ultrasound is a noninvasive, bedside, low-cost technique that can be used to identify increased ICP in acute supratentorial primary ICH patients. Among these patients, dilated ONSD is an independent predictor of mortality at 90 days.


Resumo Antecedentes A hemorragia intraparenquimatosa (HIP) aguda apresenta elevada morbimortalidade e a presença de hipertensão intracraniana (HIC) confere um pior prognóstico. Objetivo Avaliamos se a dilatação do diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO) através do ultrassom do nervo óptico (USNO) na admissão hospitalar seria preditora de mortalidade. Métodos Estudo multicêntrico e prospectivo de pacientes consecutivos com HIP supratentorial primária aguda admitidos em dois centros terciários. Ultrassom do nervo óptico e tomografia computadorizada (TC) de crânio foram realizados na admissão e revisados de forma cega. O desfecho primário do estudo foi a mortalidade em 3 meses. Análises de regressão logística, curva de característica de operação do receptor (ROC, na sigla em inglês) e estatística-C foram utilizadas para identificação dos preditores independentes de mortalidade. Resultados Entre julho de 2014 e julho de 2016, 44 pacientes foram incluídos. A idade média foi 62,3 (±13,1) anos e 12 (27,3%) eram mulheres. Na análise univariada, o volume da HIP na TC de crânio, DBNO ipsilateral à HIP, glicemia, escala de coma de Glasgow (ECG) e NIHSS na admissão hospitalar, e também diabetes mellitus e não-tabagista foram preditores de mortalidade. Após análise multivariada, o DBNO ipsilateral à HIP permaneceu como preditor independente de mortalidade (odds ratio [OR]: 6,24; intervalo de confiança [IC] de 95%: 1,18-33,01; p = 0,03). O melhor ponto de corte do DBNO ipsilateral como preditor de mortalidade em 3 meses foi 5,6mm (sensibilidade 72% e especificidade 83%) e área sob a curva (AUC, na sigla em inglês) 0,71 (p = 0,02). Conclusão O USNO é um método não-invasivo, beira-leito, de baixo custo, que pode ser empregado para estimar a presença de HIC em pacientes com HIP supratentorial primária aguda. A presença de DBNO dilatada é um preditor independente de mortalidade em 3 meses nesses pacientes.

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