RESUMO
Resumo O linfedema é uma doença crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo de fluidos, provocando edema tecidual em decorrência de um sistema linfático comprometido. A ultrassonografia diagnóstica (USD) é um método capaz de avaliar as características dos tecidos moles, podendo ser utilizada de maneira confiável para o diagnóstico do linfedema, além de mensurar a complacência tecidual em um cenário clínico. Esta é uma revisão sistemática, objetivando avaliar artigos que fizessem o uso da USD na abordagem do linfedema secundário ao câncer de mama. Foram selecionados 565 artigos, que foram exportados para o programa de revisão Rayyan QCRI e, em seguida, triados por dois pesquisadores. Dessa busca, foram obtidos 25 artigos selecionados após consenso entre os autores e que foram catalogados quanto aos seus resultados principais. A USD foi identificada como um método vantajoso por ser seguro, pouco invasivo, de baixo custo, sem uso de radiação, além de ser útil para avaliar a eficácia de terapias no tratamento do linfedema.
Abstract Lymphedema is a chronic and progressive disease characterized by fluid accumulation, causing tissue edema as a result of a compromised lymphatic system. Diagnostic ultrasound (DUS) is a method capable of assessing soft tissue characteristics that can be used reliably to diagnose lymphedema as well as for measuring tissue compliance in a clinical setting. This is a systematic review, aiming to evaluate articles that made use of DUS in management of lymphedema secondary to breast cancer. A total of 570 articles were selected, exported to the Rayyan QCRI review program, and then screened by two researchers. From this search, 25 articles were selected after the authors reached consensus and were catalogued as to their main results. Diagnostic ultrasound was identified as an advantageous method that is safe, minimally invasive, low cost, and radiation free and is useful for evaluating the efficacy of therapies used in lymphedema treatment.
RESUMO
Introdução: O tratamento oncológico acarreta efeitos deletérios às células saudáveis, podendo representar grande impacto na vida dos pacientes. Nesse sentido, a atividade física vem demonstrando ser um opositor a esses efeitos. Objetivo: Identificar os efeitos do exercício físico aeróbico em pacientes com câncer de pulmão e suas possíveis repercussões sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida. Método: Realizou-se uma revisão de literatura nas bases de dados computadorizadas Medline, Web of Science e PEDro, sem restrição de data de publicação. Foram incluídos estudos experimentais que avaliassem os indivíduos no pré e pós-intervenção; descrevessem claramente o programa de exercícios realizado; fossem escritos nos idiomas: português, inglês, espanhol, francês ou italiano; e estivessem publicados. Resultados: Quinze estudos preencheram os critérios de inclusão. Analisando-se os resultados em relação à capacidade funcional, é possível observar um ganho significativo na mesma na grande maioria dos estudos. Entre os artigos, somente cinco avaliaram a qualidade de vida. Os resultados referentes a essa variável foram bastante diversos, porém, a maioria dos estudos encontrou diferenças significativas em pelo menos uma escala dos questionários. Conclusão: Esses resultados indicam que os programas de exercício físico atuam positivamente sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida desses pacientes. Apesar do aumento na produção científica nos últimos anos, nota-se a existência de importantes lacunas para a implantação segura dos programas de exercício na prática clínica.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Exercício Físico , Terapia por Exercício , Neoplasias Pulmonares/terapia , Qualidade de VidaRESUMO
O câncer de colo uterino se apresenta como a segunda neoplasia maligna mais comum entre as mulheres no mundo. Seu tratamento consiste principalmente por histerectomia radical e dissecção dos linfonodos pélvicos, associada à quimioterapia e radioterapia nos estágios mais avançados da doença. Em consequência deste tratamento, podem aparecer as disfunções dos músculos do assoalho pélvico, principalmente por lesão nervosa. Contudo, objetivou-se, nesta revisão, identificar as disfunções do assoalho pélvico após o tratamento do câncer de colo uterino. Realizou-se revisão bibliográfica de estudos publicados de 2000 a 2010 nas bases de dados Medline, PubMed, PEDro, SciELO e Lilacs. Observou-se que sintomas urinários, intestinais e sexuais estão presentes após o tratamento do câncer de colo uterino. Dentre os sintomas urinários, estão presentes a incontinência urinária de esforço, a incontinência urinária mista, sintomas relacionados à hiperatividade da bexiga, ocorrendo a urgeincontinência, o aumento da frequência urinária, a noctúria e a urgência miccional. No que tange aos sintomas sexuais, pode-se observar que dispareunia, vaginismo, diminuição e/ou falta da lubrificação vaginal, excitação e orgasmo também ocorrem após o tratamento do câncer de colo uterino. Como sintomas intestinais, ocorreram a diarreia, a constipação e a incontinência anal. A fisioterapia sabidamente trata essas disfunções, fora do contexto do câncer de colo uterino, com elevadas taxas de sucesso e, por isso, o fisioterapeuta poderia auxiliar na reabilitação após o tratamento do câncer de colo uterino, se fosse inserido na equipe. Assim, torna-se cada vez mais importante a inclusão deste profissional nas equipes multidisciplinares
The cervical cancer appears as the second most common neoplasm malignancy among women worldwide. Its treatment consists mainly on radical hysterectomy and pelvic lymph node dissection, associated with chemotherapy and radiotherapy in advanced stages of the disease. As a result of this treatment, dysfunctions of the pelvic floor muscles, mainly for nerve injury, may appear. However, the purpose was to identify the pelvic floor dysfunctions after treatment of cervical cancer. We conducted a literature review of studies published from 2000 to 2010 in Medline, PubMed, PEDro, SciELO, and Lilacs. It was observed that urinary, bowel, and sexual symptoms are present after treatment of the cervical cancer. Among the urinary symptoms, the following are present: stress urinary incontinence, mixed urinary incontinence, symptoms of overactive bladder, urge-incontinence, increased urinary frequency, nocturia, and urgency. With respect to sexual symptoms, dyspareunia, vaginismus, reduced and/or lack of vaginal lubrication, arousal and orgasm also occur after treatment of cervical cancer. As intestinal symptoms, there were diarrhea, constipation, and anal incontinence. Physical therapy successfully treats these disorders, outside the context of the cervical cancer, with high success rates, and, therefore, the therapist could help in the rehabilitation after treatment of the cervical cancer, if he/she was inserted in the team. Thus, it becomes increasingly important to include this professional in multidisciplinary teams