RESUMO
Few data exists about the pharmacological properties of Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), which is native to the scrubland regions of Brazil. The present study investigated the effects of oral treatment with H. aphrodisiaca extract (BST0298) on the learning and memory of young (3-6 months) and aged (21-23 months) rats, and compared the in vitro antioxidant activity of three lots collected in different years. An improvement in the number of sessions to learn the task was observed in the left/right discrimination test in aged rats treated for 45 days with 25 mg/kg (7.0 ± 0.5; p=0.005) or 50 mg/kg (7.6 ± 0.6; p=0.012) compared with control old rats (11.0 ± 1.6). On the other hand, pre-treatment did not improve the performance of scopolamine-treated mice in the passive avoidance test. The in vitro malondialdehyde test showed that all three different extracts presented similar antioxidant activity. The flavonoids astilbin, isoastilbin and neoastilbin were isolated from the extract and may contribute to the biological activity. These results suggest that repeated treatment with H. aphrodisiaca improves learning and memory, probably by a non-muscarinic mechanism.
Existem poucos dados disponíveis sobre as propriedades farmacológicas da Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), nativa da região do pantanal brasileiro. O presente estudo investigou o efeito do tratamento oral com um extrato de H. aphrodisiaca (BST0298) sobre a memória e aprendizagem de ratos jovens (3-6 meses) e idosos (21-23 meses) e comparou a atividade antioxidante in vitro de três lotes, coletados em diferentes anos. Melhora quanto ao número de sessões necessárias para aprender a tarefa foi observada no teste de discriminação direita/esquerda em ratos idosos tratados por 45 dias com doses de 25 mg/kg (7,0 ± 0,5; p=0,005) e 50 mg/kg (7,6 ± 0,6; p=0,012) comparados com ratos idosos controle (11,0 ± 1,6). Por outro lado, o pré-tratamento com o extrato não melhorou o desempenho de camundongos tratados com escopolamina no teste da esquiva passiva. Em relação à avaliação da atividade antioxidante in vitro pelo teste do malonodialdeído, os três lotes analisados apresentaram atividade antioxidante semelhante. Os flavonóides astilbina, isoastilbina e neoastilbina foram isolados do extrato e podem contribuir para a atividade biológica. Estes resultados sugerem que a administração repetida de H. aphrodisiaca melhora a memória e aprendizagem provavelmente por um mecanismo não muscarínico.
Assuntos
Ratos , Ratos/classificação , Malpighiaceae , Memória/classificação , Flavonoides/farmacologia , Extratos Vegetais/farmacologia , Antioxidantes/análiseRESUMO
O presente estudo teve por objetivo avaliar em modelos animais, os possíveis efeitos do produto fitoterápico CPV (extrato seco de Crataegus oxyacantha, Passiflora incarnata e Valeriana officinalis) quanto à sua ação ansiolítica avaliada no modelo do labirinto em cruz elevado (LCE). Outros efeitos como neuroléptico (bloqueio da estereotipia por apomorfina), analgésico (testes: placa quente; retirada da cauda e contorções abdominais), bem como sobre a memória (esquiva passiva) também foram considerados. O extrato CPV (430 e 860 mg/kg) apresentou um efeito ansiolítico (aumento do número de entradas nos braços abertos do LCE) em ratos e uma tendência de efeito amnésico para ambas as doses (430 e 860 mg/kg), embora menos intenso quando comparado com o diazepam (1,5 mg/kg). O extrato não apresentou efeitos neuroléptico ou analgésico.
The aim of the present study was to evaluate the central effects of the phytotherapeutic product-CPV (dry extract of Crataegus oxyacantha, Passiflora incarnata and Valeriana officinalis) in animals models. In order to investigate the psychopharmacological profile of CPV extract, an evaluation toward anxiolytic effect of this extract on the elevated plus-maze (EPM) was carried out. Other effects such as neuroleptic (blockade of the stereotyped behavior induced by apomorphine), analgesic (hot plate; acetic acid writhing and tail-flick tests) and on the memory (passive avoidance test) were also analyzed. CPV extract (430 and 860 mg/ kg) presented an anxiolytic effect on rats (increased the number of entries into the open arms in the EPM) and, furthermore, a tendency of slight amnesic effect for the doses (430 and 860 mg/kg), but less intense when compared to diazepam (1.5 mg/kg). The extract did not show neuroleptic or analgesic effects.
RESUMO
O óleo essencial de laranja (OEL) e seus constituintes obtidos da Citrus aurantium L. (Rutaceae) têm despertado interesse pela sua ação sedativa e relaxante. No presente estudo, ratos previamente expostos à inalação do OEL nas concentrações de 1,0%; 2,5% e 5,0%, p/v, durante 7 minutos em caixas de acrílico, foram avaliados em dois modelos de ansiedade: labirinto em cruz elevado (LCE) e campo aberto. O OEL na concentração de 2,5% aumentou tanto o tempo de permanência dos animais nos braços abertos do LCE, como o tempo de interação social ativano campo aberto, tendo sido superior ao grupo padrão diazepam (1,5 mg/kg) ip. A diminuição do grau de emocionalidade dos animais observada nos dois modelos experimentais sugere uma possível ação central, o que está de acordo com o perfi l fi toquímico do óleo em estudo o qualmostrou a presença de limoneno (96,24%) e mirceno (2,24%), constituintes com comprovada atividade depressora sobre o sistema nervoso central.
O óleo essencial de laranja (OEL) e seus constituintes obtidos da Citrus aurantium L. (Rutaceae) têm despertado interesse pela sua ação sedativa e relaxante. No presente estudo, ratos previamente expostos à inalação do OEL nas concentrações de 1,0%; 2,5% e 5,0%, p/v, durante 7 minutos em caixas de acrílico, foram avaliados em dois modelos de ansiedade: labirinto em cruz elevado (LCE) e campo aberto. O OEL na concentração de 2,5% aumentou tanto o tempo de permanência dos animais nos braços abertos do LCE, como o tempo de interação social ativano campo aberto, tendo sido superior ao grupo padrão diazepam (1,5 mg/kg) ip. A diminuição do grau de emocionalidade dos animais observada nos dois modelos experimentais sugere uma possível ação central, o que está de acordo com o perfi l fi toquímico do óleo em estudo o qualmostrou a presença de limoneno (96,24%) e mirceno (2,24%), constituintes com comprovada atividade depressora sobre o sistema nervoso central.
RESUMO
The monoterpene alpha,beta-epoxy-carvone (EC) in doses of 200, 300 or 400 mg/kg injected by i.p. route in mice caused a significant decrease in the motor activity of animals when compared with the control group, up to 120 minutes after the administration. The doses of 300 or 400 mg/kg had induced a significant increase of in the sleeping time of animals not having modified, however, the latency. The EC in the dose of 400 mg/kg reduced the remaining time of the animals on the rotating rod (Rotarod test). These results suggest a possible central effect.
O monoterpeno alfa,beta-epóxi-carvona (EC) nas doses de 200, 300 e 400 mg/kg administrado por via i.p. em camundongos diminuiu significativamente a atividade motora dos animais, quando comparado aos controles, até 120 minutos após a administração. As doses de 300 e 400 mg/kg induziram um aumento significativo do tempo de sono dos animais não alterando, no entanto, a sua latência. O EC na dose de 400 mg/kg induziu uma redução no tempo de permanência dos animais na barra giratória (teste do rotarod). Os resultados sugerem um possível efeito central.
Assuntos
Animais , Camundongos , Monoterpenos/farmacologia , Óleos Voláteis , FarmacognosiaRESUMO
Objetivo: A Dioclea grandiflora Mart. ex Bent., também conhecida como Mucunä ou Mucunä de caroço, é uma espécie da família Leguminosae que tem sido usada popularmente em decorrência de seus possíveis efeitos no SNC. Os relatos populares atribuem à planta açäo tônica, calmante e possivelmente antiepilética. Com o objetivo de comprovar essas propriedades, procurou-se deteminar com estudos em animais, em açöes psicofarmacológicas utilizando-se para tanto, as sementes da planta. Material e Métodos: Foram realizados testes preliminares:medida de atividade e coordenaçäo motora, e avaliadas as açöes anticonvulsivante, neuroléptica, ansiolítica e hipnótica. Resultados e Conclusäo: Os resultados sugerem que a Dioclea grandiflora Mart. ex Bent.. possui um perfil de droga depressora, näo apresentando entretanto, as açöes psicofarmacológicas esperadas. Os nossos dados sugerem ainda, um possível efeito tóxico o que representa um sinal de alerta quanto ao uso popular