RESUMO
Foram operados 26 caes, 14 com reimplantaçao pulmonar e 12 com "despleurizaçao hilar", para estudar alguns problemas decorrentes destas operaçoes, com destaque para a vascularizaçao arterial brônquica. Os resultados foram avaliados entre os 12 e os 24 meses, por intermédio de estudos in vivo (broncoscopias e exame bacteriológico das secreçoes brônquicas) e post-mortem (broncoarteriografias, moldes de injecçao-corrosao e exames anátomo-patológicos). Observaram-se 3 casos com complicaçoes pós-reimplante: 2 com bronquiectasias saculares sem aperto brônquico coexistente, e 1 com estenose da anastomose brônquica. Nos restantes animais nao se registraram alteraçoes. Em todos os casos observados, com ou sem complicaçoes, verificou-se o restabelecimento espontâneo de uma vascularizacao brônquica normal. Atribui-se à desnervaçao decorrente do reimplante um papel significativo na etiopatogenia das bronquiectasias; e em face da vascularizaçao brônquica normal e da ausência de infecçao no enxerto, considera-se que a estenose foi determinada por pequenos defeitos de técnica cirúrgica, dada a tendência que a mucosa tem em retrair-se depois da secçao do brônquio e que é considerada como um fator de desenvolvimento de fibrose. Valoriza-se o papel da circulaçao venosa pulmonar, com sangue arterializado, na revascularizaçao do coto do "brônquio dador".