Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 2 de 2
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(5): e00149520, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1249456

RESUMO

Resumo: O artigo analisa a coordenação da informação e da gestão clínica entre níveis assistenciais na experiência de médicos e explora fatores laborais, organizacional, de atitude frente ao trabalho e de interação relacionados. Trata-se de estudo transversal com aplicação do questionário COORDENA-BR à amostra de 64 médicos da atenção primária à saúde (APS) e 56 da atenção especializada (AE) da rede pública em um município de médio porte. Os resultados mostram limitada articulação do cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS), com diferenças entre APS e AE. Não há troca de informações sobre diagnóstico, tratamento e exames. Médicos da APS concordam mais com os tratamentos indicados na AE do que o contrário, porém a repetição de exames não é frequente. Médicos da APS encaminham pacientes para AE quando necessário. A maioria dos médicos da AE não realiza encaminhamento para consulta de acompanhamento, quando necessário, e não faz orientações para a APS, que por sua vez, não esclarece dúvidas com o profissional da AE. Ambos referem longos tempos de espera para consulta especializada. Vínculos laborais temporários são mais frequentes na APS. O tempo de consulta foi considerado insuficiente para a coordenação. A maioria dos médicos não pretendia mudar de emprego, embora seja elevada a insatisfação com os salários e o trabalho. Médicos não se conhecem pessoalmente e os especialistas não identificam o médico da APS como coordenador do cuidado. Políticas e ações para a garantia de condições estruturais de melhoria do acesso, de condições de trabalho e de adaptação mútua mais favoráveis precisam ser implementadas de forma sistêmica para o conjunto dos serviços do Sistema Único de Saúde.


Resumen: El artículo analiza la coordinación de la información y gestión clínica entre niveles asistenciales en la experiencia de médicos y explora factores laborales, organizativos, de actitud frente al trabajo y de interacción relacionados. Se trata de un estudio transversal con aplicación del cuestionario COORDENA-BR; la muestra cuenta con 64 médicos de la atención primaria en salud (APS) y 56 de la atención especializada (AE) de la red pública en municipios de tamaño medio. Los resultados muestran una limitada coordinación del cuidado en la Red de Atención en Salud (RAS), con diferencias entre APS y AE. No existe intercambio de información sobre diagnóstico, tratamiento y exámenes. Médicos de la APS están más de acuerdo con los tratamientos indicados en la AE que lo contrario, a pesar de que la repetición de exámenes no es frecuente. Médicos de la APS dirigen pacientes a la AE cuando es necesario. La mayoría de los médicos de la AE no realiza derivaciones a consultas de seguimiento, cuando es necesario, y no realiza orientaciones para la APS que, a su vez, no aclara dudas con el profesional de la AE. Ambos refieren largos tiempos de espera para una consulta especializada. Los vínculos laborales temporales son más frecuentes en la APS. El tiempo de consulta se consideró insuficiente para la coordinación. La mayoría de los médicos no pretendía cambiar de empleo, aunque sea elevada la insatisfacción con salarios y trabajo. Los médicos no se conocen personalmente y los especialistas no identifican al médico de la APS como coordinador del cuidado. Políticas y acciones para la garantía de condiciones estructurales de mejoría en el acceso, de condiciones de trabajo y de adaptación mutua más favorables necesitan ser implementadas de forma sistémica para el conjunto de los servicios del Sistema Único de Salud (SUS).


Abstract: The article analyzes the coordination of information and clinical management between levels of care in physicians' experience and explores related labor and organizational factors and attitudes towards the work and interaction. This is a cross-sectional study with application of the COORDENA-BR questionnaire to a sample of 64 primary health care (PHC) physicians and 56 specialized care (SC) from the public system in a medium-sized Brazilian city. The results show limited linkage of care in the Healthcare Network (RAS), with differences between PHC and SC. There is no exchange of information on diagnosis, treatment, or tests. Physicians in PHC agree more on the treatments prescribed by the specialists than vice versa, but repetition of tests is not frequent. PHC physicians refer patients to SC when necessary. Most medical specialists do not refer patients for follow-up consultations in PHC when necessary and do not give orientation to PHC physicians, who in turn fail to resolve their doubts with SC. Both PHC and specialties report long waiting times for specialist consultations. Temporary employment contracts are more common in PHC. Consultation time was considered too short for coordination between the two. Most physicians do not plan to change jobs, despite their heavy dissatisfaction with wages and work. Physicians do not know each other personally, and specialists do not identify physicians in PHC as the coordinators of care. Policies and measures to guarantee structural conditions to improve access, working conditions, and more favorable mutual adaptation need to be implemented systemically to the set of services in the Brazilian Unified National Health System (SUS).


Assuntos
Humanos , Médicos de Atenção Primária , Atenção Primária à Saúde , Especialização , Brasil , Estudos Transversais
2.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 121, 2020. tab
Artigo em Inglês | SES-SP, BBO, LILACS | ID: biblio-1139473

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVES: To analyze if primary and specialized care physicians know and use care coordination mechanisms between healthcare levels. METHODS: Cross-sectional survey study, with the application of the COORDENA-BR instrument to primary and specialized care physicians in a public heathcare network, medium-sized municipality, from June to October 2019. The questionnaire addresses knowledge, frequency of sending and receiving, purpose, characteristics and difficulties in using feedback or mutual adaptation and standardization mechanisms to promote coordination of care service between healthcare levels. RESULTS: Feedback instruments such as referral and reply letters, hospital discharge report and WhatsApp are widely known by professionals of both levels, without significant differences. Clinical sessions and protocols are not well-known, especially in specialized care, which supposes a low usage of standardization mechanisms to a better coordination between the healthcare levels. Despite being well-known and easy, traditional feedback instruments such as referral and reply letters are not widely used. Fewer physicians knew the protocols, mainly in specialized care. They pointed difficulties in their application, such as insufficient exams and unavailable supplies in the healthcare network. Clinical sessions were unknown and registered low participation frequency. Care overload, low institutionalization and time constraints were barriers identified for the incorporation of care coordination mechanisms in the work process in primary and specialized care, in addition to those related to the provision of health services in the network. CONCLUSION: We conclude the fragmentation of the system and care can be faced in the complementarity of measures that make it possible to know the mechanisms, develop professional skills, institutionalize and promote organizational conditions for the effective use of coordination mechanisms throughout the healthcare network.


RESUMO OBJETIVOS: Analisar se médicos da atenção primária à saúde e da atenção especializada conhecem e utilizam mecanismos de coordenação do cuidado entre níveis assistenciais. MÉTODOS: Estudo transversal, do tipo inquérito, com aplicação do instrumento COORDENA-BR a médicos da atenção primária e da atenção especializada da rede pública de um município de médio porte, no período de junho a outubro de 2019. Foi abordado o conhecimento, frequência de envio e recebimento, finalidade, características e dificuldades para a utilização dos mecanismos de feedback ou adaptação mútua e de padronização para promoção de coordenação do cuidado entre níveis assistenciais. RESULTADOS: Instrumentos de feedback como formulários de referência e contrarreferência, resumo de alta hospitalar e WhatsApp são amplamente conhecidos por profissionais dos dois níveis, sem diferenças significativas. Sessões clínicas e protocolos são pouco reconhecidos, sobretudo na atenção especializada, o que pressupõe baixa utilização de mecanismos de padronização para obtenção de maior coordenação do cuidado entre níveis assistenciais. Apesar do elevado reconhecimento e facilidade de uso, instrumentos de feedback tradicionais como guias de referência e contrarreferência não são amplamente utilizados. Menor frequência de médicos conhecia os protocolos, principalmente na atenção especializada, e destacaram dificuldades para sua aplicação, como insuficiência de exames e indisponibilidade de insumos na rede. As sessões clínicas eram pouco conhecidas e tinham baixa frequência de participação. Pressão assistencial, baixa institucionalização e falta de tempo foram barreiras identificadas para a incorporação dos mecanismos de coordenação do cuidado ao processo de trabalho na atenção primária e especializada, além daquelas relacionadas à oferta de serviços na rede. CONCLUSÃO: Argumenta-se que a fragmentação do sistema e dos cuidados poderá ser enfrentada na complementariedade de medidas que possibilitem conhecer, desenvolver habilidades profissionais, institucionalizar e promover condições organizacionais para a efetiva utilização de mecanismos de coordenação em toda rede de atenção à saúde.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Médicos/psicologia , Médicos/estatística & dados numéricos , Especialização , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Atenção à Saúde/organização & administração , Médicos de Atenção Primária/psicologia , Médicos de Atenção Primária/estatística & dados numéricos , Encaminhamento e Consulta , Brasil , Estudos Transversais , Pessoa de Meia-Idade
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA