Vivendo com os insetos

O livro é um projeto do professor Sebastião José de Oliveira (falecido em 2005) e de Maria Conceição. Oliveira foi curador por 19 anos da Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) que possui mais de 3 milhões de exemplares. Os dois instituíram programas para alunos de ensino fundamental e médio denominados: Insetos na Varanda – Coleção de Portas Abertas, Café na Coleção e Mostra Itinerante da Coleção Entomológica. No primeiro evento, os cientistas da Fiocruz contavam histórias sobre insetos e no final havia um bate-papo com os estudantes. Enquanto no Café na Coleção, pesquisadores do IOC, convidados para os encontros, conversavam sobre temas ligados as suas áreas de atuação com professores do ensino médio e fundamental. A mostra, além de ser levada às escolas, na Fiocruz, era visitada pelas turmas acompanhadas dos professoresO projeto contou com financiamento de Bio-Manguinhos. “Uma das fontes de inspiração para o projeto foi um livro sobre endemias rurais, porém, era voltado para especialistas. Sugeri a Oliveira que o Vivendo com os insetos fosse uma obra de divulgação científica mais acessível para jovens”, lembra o presidente do Conselho Político e Estratégico de Bio-Manguinhos, Akira Homma – à época diretor do Instituto. Ele acredita que a leitura do livro poderá despertar as crianças para o estudo dos insetos e, quem sabe, influenciar a formação de uma nova geração de entomologistas, que é uma área de grande importância para a saúde pública. “Durante o processo de produção do livro foi considerada a epidemia de dengue no Rio de Janeiro e por isto incluímos o Aedes aegypti. O livro será muito útil para os estudantes”, diz

Maria Conceição conta que a revisão do trabalho foi iniciada por Oliveira e concluída por José Jurberg, Maria Luiza Felippe Bauer, ambos do IOC, e Nelson Papavero, do Museu de Zoologia de São Paulo. “A coordenação editorial foi de Walter Duarte, da Coordenação de Comunicação Institucional da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e o desenho de capa de Sergio Magalhães, do Museu da Vida. A obra pode ser usada como uma ótima fonte nas aulas de biologia porque fala sobre diversas espécies de insetos e ácaros que há milênios convivem conosco em nossas casas”, acrescenta a autora

Ocorrência de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Insecta, Diptera, Culicidae) em bromélias, no município do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil) / Occurrence of Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Insecta, Diptera, Culicidae) in bromeliads in the municipality of Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brazil)

Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Insecta, Diptera, Culicidae) em bromélias, no município do Rio de Janeiro. Registra-se a ocorrência de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) em espécies de bromélias no Campus da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no município do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil) e destaca-se a importância de novos estudos para se avaliar o significado epidemiológico das bromélias como criadouros urbanos potenciais.

Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Insecta, Diptera, Culicidae) in bromeliads in municipality of Rio de Janeiro. Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Insecta: Diptera, Culicidae) was found in bromeliad species at Fundação Oswaldo Cruz Campus, in the municipality of Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brazil). Given the possibility of epidemiological impact, we emphasize the importance of studies that evaluate the Bromeliaceae as potential breeding sites in urban areas.

A new species of Oukuriella Epler, 1986 (Insecta, diptera, Chironomidae, Chironominae) from São Paulo state, Brazil

São descritas as formas imaturas e adultas de uma nova espécie do gênero Oukuriella Epler, 1986 da região sudeste do Brasil. As larvas, criadas em laboratório para obtenção dos adultos, foram encontradas em madeira submersa coletada num reservatório localizado na Estação Ecológica de Jataí (Luiz Antônio, SP). Segundo Messias et al. (2000), o gênero é composto por três grupos de espécies. O adulto desta nova espécie reúne características morfológicas do segundo grupo do gênero Oukuriella, que apresenta asas sem manchas, tufos de cerdas sobre os tergitos abdominais e gonostilo largo, 1.5x maior que o gonocoxito, diferindo, porém das demais espécies do grupo pelo padrão de pigmentação torácica e abdominal. Esta é a primeira descrição da fêmea pertecencente ao segundo grupo do gênero Oukuriella. As formas imaturas apresentam as mesmas características de O. intermedia, única espécie cuja pupa e larva são conhecidas. A estrutura altamente esclerosada dos dentes mentais e mandibulares parece indicar a capacidade das larvas de raspar e triturar superfícies duras, como troncos de madeira submersos, substrato onde foram coletadas.

Species of Oukuriella Epler (Diptera, Chironomidae) inside freshwater sponges in Brazil

Espécies de Oukuriella Epler (Diptera, Chironomidae) no interior de esponjas de água doce no Brasil. Larvas de Oukuriella Epler, 1986 no interior de esponjas de água doce são registradas pela primeira vez no Brasil.