RESUMO
O conhecimento sobre o metabolismo protéico em peixes é de grande utilidade para a aqüicultura, tendo em vista que todas as espécies apresentam elevados índices de exigências nutricionais destes nutrientes (proteínas e aminoácidos). Além do mais, a dieta é a principal fonte protéica para peixes cultivados, e os alimentos protéicos são os ingredientes de maior custo na composição destas rações. Contudo em geral, o metabolismo protéico dos animais não ruminantes e dos peixes é semelhante, quanto à ingestão, digestão e absorção, e direcionamento dos aminoácidos absorvidos à síntese de novas proteínas, compostos não protéicos ou, então, desviados para vias de degradação para a produção de energia. Apesar das semelhanças, particularidades dos peixes como reduzida capacidade de utilização de carboidratos, faz destes animais eficientes utilizadores de proteínas como fonte de energia. Por fim, com relação a excreção dos resíduos nitrogenados, os peixes de água doce liberam principalmente a amônia e pequenas quantidades de uréia; enquanto peixes de água salgada excretam basicamente uréia.
Assuntos
Peixes/metabolismo , Proteínas de PeixesRESUMO
No cultivo de tilápias, as espécies ao gênero Oreochromis apresentam maior importância devido a sua fácil adaptabilidade às condições de cultivo, rusticidade, altas taxas de crescimento e também à grande aceitação de sua carne pelo mercado consumidor. Apesar de suas vantagens, um grande problema existente com relação ao cultivo destes peixes está relacionado com sua maturidade sexual precoce e elevada prolificidade, o que pode levar à ocorrência de superpopulação em condições de cultivo. Este fato pode provocar grandes prejuízos aos cultivos devido à redução das taxas de crescimento dos animais envolvidos na reprodução, competição dos filhotes com os adultos pelo alimento e, em casos extremos, mortalidade devido à queda de qualidade da água. Tendo em vista esta problemática, diversas técnicas de produção de propulações monosexo têm sido estudadas. Dentre estas técnicas pode-se considerar aquelas que fazem o controle endógeno direto e indireto do sexo fenotípico. As técnicas de controle direto são aquelas que envolvem a masculinização, feminilização ou esterilização a partir da utilização de hormônios, antiestrógenos, inibidores enzimáticos e compostos esterilizantes. Os tratamentos indiretos utilizam manipulação ambiental, genética ou endócrina para a produção de indivíduos com gametas monosexuais. Atualmente a técnica mais difundida é o método direto, onde se utilizam tratamentos com o hormônio 17 a metiltestosterona incorporado à ração. Contudo, já existe uma tendência de utilização das técnicas indiretas e diretas que não utilizam hormônios esteróides, devido à preocupação do mercado consumidor com a utilização dos hormônios esteróides nestes cultivos.