RESUMO
A presente pesquisa se propôs a descrever e comparar as memórias autobiográficas pautadas em uma vivência de pobreza e exclusão relatadas por 15 mães e 15 filhas. As entrevistas foram submetidas a um procedimento de análise de conteúdo, através da categorização das respostas às diferentes classes de questões colocadas: lembranças da infância, vida amorosa, balanço da condição social, esperanças e arrependimentos. Concluímos que as memórias autobiográficas de mães e filhas trazem sempre à tona a vida de seu grupo social, seja nos relatos de uma infância de violência e trabalho, ou em uma vida atual de altos e baixos financeiros, recheada de situações de desemprego e de carências materiais, além da vida amorosa de solidão. As esperanças são direcionadas para a busca da conquista de seu espaço na sociedade; através da força de vontade pessoal e de oportunidades externas.