RESUMO
Hidrocloridrato de mitoxantrone (Novantrone®) é um antracenedione utilizado como o agente mais recente de uma longa linha de imunossupressivos gerais estudados em esclerose múltipla (EM). Realizamos revisão de dados clínicos, laboratoriais, de neuroimagem e ecocardiografia de 18 pacientes, no período de fevereiro de 2001 a março de 2004, a partir de um total de 100 pacientes com EM definida. Quatorze pacientes eram do sexo feminino (77,7%) e quatro eram do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi 41,6±10 anos (intervalo de confiança 95%: 36,4-46,7 anos). A duração média da doença foi 10,5±6,3 anos. Quatorze pacientes apresentavam a forma secundária progressiva de EM e quatro a forma surto-remissão. O mitoxantrone é uma droga útil e clinicamente eficaz , sendo a principal limitação sua potencial cardiotoxicidade devido à dose cumulativa (140 mg).
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Anti-Inflamatórios/administração & dosagem , Mitoxantrona/administração & dosagem , Esclerose Múltipla Crônica Progressiva/tratamento farmacológico , Volume Sistólico/efeitos dos fármacos , Anti-Inflamatórios/efeitos adversos , Relação Dose-Resposta a Droga , Ecocardiografia , Mitoxantrona/efeitos adversos , Estudos RetrospectivosRESUMO
Mitoxantrone (MX) é uma agente imunossupressor utilizado nas formas progressivas secundárias de esclerose múltipla (EM) ou formas surto-remissão sem resposta com outras formas de tratamento (p.ex. beta-interferon, acetato de glatirâmer). Com o uso desta medicação, ocorre uma incidência maior, embora pequena, de desenvolvimento de leucemia mielóide aguda induzida por quimioterápicos. Descrevemos o caso de uma paciente com forma progressiva secundária de EM, submetida a uma dose única de MX de 15mg e que 30 meses após desenvolveu quadro fulminante de leucemia promieloblástica aguda (M3), com trombocitopenia grave. A paciente faleceu por hemorragia intracerebral maciça. É feita revisão de outros casos relatados na literatura e os possíveis mecanismos de desenvolvimento desta complicação grave secundária ao uso do MX.
Assuntos
Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Imunossupressores/efeitos adversos , Leucemia Promielocítica Aguda/induzido quimicamente , Mitoxantrona/efeitos adversos , Evolução Fatal , Imunossupressores/uso terapêutico , Mitoxantrona/uso terapêutico , Esclerose Múltipla/tratamento farmacológicoRESUMO
Em mulher de 52 anos, malformação artério-venosa medular (MAV) associava-se com a síndrome de Foix-Alajouanine. A fisiopatologia da fístula artéria-venosa provavelmente está relacionada com a pressão venosa aumentada, a partir da MAV associada com o processo trombótico. Os sintomas iniciais mais comuns são distúrbio sensorial, dor e fraqueza do membro inferior. O diagnóstico definitivo de MAV medular requer evidências radiográficas da anomalia vascular. De qualquer modo, neste caso, defeitos sugestivos de malformações não foram detectados, contrastando com os achados de ressonância magnética e lesões macroscópicas e anátomo-patológicas. Estes resultados chamaram a atenção e excluíram outras causas. A alta suspeita clínica de MAV nos levou a uma conduta cirúrgica precoce em benefício do paciente.