Percepçäo materna sobre a adequaçäo do peso e da altura de crianças menores de 5 anos em uma vila periférica de Porto Alegre / Maternal perception on the adequacy of height and weight of children under five years old in a poor community in Porto Alegre

Tendo como objetivo estudar a acuidade da percepçäo das mäes com relaçäo à adequaçäo do peso e da altura de seus filhos em uma populaçäo carente e identificar possíveis fatores que contribuem para esta acuidade, todas as crianças entre 6 e 59 meses de idade (n=115) de uma vila periférica de Porto Alegre foram pesadas e medidas e suas mäes entrevistadas. Das 25 crianças (21,7% da amostra) com peso insuficiente (<90% do padräo para a idade), 12 (48%) foram consideradas com peso adequado por suas mäes. No entanto, todas, exceto uma, apresentavam também baixa estatura, dando uma impressäo de proporcionalidade, que pode ter sido o fator de confusäo para a percepçäo errônea da mäe. Quase metade da populaçäo estudada (44%) apresentou baixa estatura (<95% do padräo para a idade), mas em apenas 27,5% dos casos as mäes tinham percepçäo do problema. A acuidade da percepçäo materna sobre a adequaçäo do peso e da altura de seus filhos näo foi influenciada pela escolaridade da mäe, renda familiar, uso do gráfico de crescimento ou presença de irmäos mais velhos em casa. As causas de baixo peso e de baixa estatura apontadas pelas mäes, bem como as medidas consideradas úteis para melhorar essas deficiências, mostram claramente que as mäes têm consciência da associaçäo existente entre nutriçäo doenças e baixo peso. No entanto, falta-lhes o entendimento dos efeitos da nutriçäo sobre a altura das crianças

Fumo na gestaçäo: efeitos sobre o peso do concepto / Smoke in pregnancy: effects in the concept

A amostra compreendeu todas as mulheres submetidas a parto vaginal ou cesárea no mês de janeiro de 1988 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Destas, 96 eram fumantes (29,44%) e 230 näo fumantes. Nos dois grupos a média de idade foi semelhante e ocorreu maior incidência de mäes brancas. O grupo fumante apresentou um maior número de pacientes sem estabilidade conjugal e menor número e puérperas com nível superior. Houve maior incidência de RNs PIG, RNs com menos de 2500g e FM no grupo fumante. Os índices de APGAR no primeiro minuto foram semelhantes nos dois grupos, no quinto minuto ocorreu um maior índice de APGAR baixo (0-6) no grupo fumante. Quando comparadas as faixas de consumo de cigarros, encontrou-se um maior número de RN PIG na faixa que consumia de 10 a 40 cigarros/dia (diferença estatisticamente significativa