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1.
J. pediatr. (Rio J.) ; 96(3): 318-326, May-June 2020. tab
Artigo em Inglês | LILACS, ColecionaSUS, SES-SP | ID: biblio-1135033

RESUMO

Abstract Objective: Enuresis may have a negative impact on the self-image in childhood and adolescence. The objective of this study was to evaluate the association between enuresis and psychiatric disorders at 6 and 11 years of age. Method: 3,356 children of a birth cohort were evaluated. A standard questionnaire on urinary habits and mental health (Development and Well-Being Assessment [DAWBA]), was used. The prevalence of psychiatric disorders pursuant to the existence of enuresis and its subtypes (monosymptomatic and non-monosymptomatic), stratified by sex, was described. A logistic regression was used for adjusted analysis. Results: The prevalence of enuresis at age 6 years was of 10.2% (9% non-monosymptomatic) and, at 11 years old, of 5.4% (4.5% non-monosymptomatic). At age 6 years, boys with non-monosymptomatic enuresis showed more hyperactivity disorders than those without enuresis (6.2% vs. 2.7%, p = 0.017). At 11 years old, after adjustment, among the boys with non-monosymptomatic enuresis, the prevalence of any psychiatric disorder, hyperactivity disorders, and oppositional disorders was, respectively, 3.2, 3.4, and 2.6 times higher than in boys without enuresis; and, among the girls with non-monosymptomatic enuresis, the prevalence of any psychiatric disorder and oppositional disorders was, respectively, 4 and 5.5 times higher than among girls without enuresis. Conclusion: There is a strong association between non-monosymptomatic enuresis and psychiatric disorders at 6 and 11 years old.


Resumo Objetivo: A enurese pode ter grande impacto negativo na autoimagem na infância e adolescência. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre enurese e transtornos psiquiátricos aos 6 e 11 anos de idade. Métodos: Foram avaliadas 3.356 crianças de uma coorte de nascimentos. Foi usado questionário padronizado sobre hábitos urinários e saúde mental (Development and Well-Being Assesment - DAWBA). Foi descrita a prevalência de transtornos psiquiátricos conforme a presença de enurese e seus subtipos (monossintomática e não monossintomática), estratificados por sexo. Para análise ajustada usou-se regressão logística. Resultados: A prevalência de enurese aos 6 anos foi 10,2% (9% não monossintomática) e aos 11 anos, 5,4% (4,5% não monossintomática). Aos 6 anos, meninos com enurese não monossintomática apresentaram mais transtornos de hiperatividade, em comparação com os não enuréticos (6,2% x 2,7%, p = 0,017). Aos 11 anos, após ajuste, entre os meninos com enurese não monossintomática, a prevalência de transtornos psiquiátricos, de hiperatividade e de oposição foi, respectivamente, 3,2, 3,4 e 2,6 vezes maior do que nos meninos não enuréticos; e entre as meninas com enurese não monossintomática, a prevalência de transtornos psiquiátricos e de oposição foi, respectivamente, 4 e 5,5 vezes maior do que entre meninas não enuréticas. Conclusões: Há uma forte associação entre enurese não-monossintomática e transtornos psiquiátricos aos 6 e 11 anos de idade.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Transtornos do Comportamento Infantil , Autoimagem , Prevalência , Inquéritos e Questionários , Estudos de Coortes , Enurese Noturna , Transtornos Mentais
2.
J. pediatr. (Rio J.) ; 91(1): 52-58, Jan-Feb/2015. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-741579

RESUMO

OBJECTIVE: To determine the prevalence of enuresis, urinary, and bowel symptoms and associated factors in children aged 7 years in a birth cohort. METHODS: A pre-coded questionnaire was applied to 3,602 children who belonged to a birth cohort initiated in 2004 in Pelotas, Brazil. During home visits at 12, 24, and 48 months and at age 7 years, mothers answered a questionnaire with demographic questions and characteristics of bladder and bowel habits of children using a urinary symptom score. Poisson regression was used for the hierarchical multivariable analysis, with robust variance. RESULTS: The prevalence of enuresis was 10.6%;11.7% in males and 9.3% in females; enuresis was monosymptomatic in 9.8% of the children (10.8% of males and 8.3% of females); 37.4% had symptoms up to once a week; 32.9%, two to four times a week; and 26.2%, every day, with no difference between genders. The most common urinary symptoms were urinary urgency (22.7%) and urinary retention maneuvers (38.2%). In the multivariate analysis, it was observed that the number of urinary symptoms and the number of children at home showed a direct association with the presence of enuresis, whereas maternal education was inversely associated. CONCLUSIONS: Enuresis is a prevalent condition and should be investigated in clinical practice, especially in children of lower socioeconomic status. A detailed history of urinary habits detects associated urinary symptoms, which is important for adequate classification of enuresis and subsequent management. .


OBJETIVO: Determinar a prevalência de enurese, sintomas urinários e intestinais e fatores associados em crianças de sete anos, em uma coorte de nascimentos. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário pré-codificado em 3.602 crianças pertencentes à coorte de nascimentos iniciada em 2004, em Pelotas, RS. Em visitas domiciliares realizadas aos 12, 24 e 48 meses e aos sete anos, as mães responderam um questionário com questões sociodemográficas e sobre as características e hábitos miccionais e intestinais das crianças, utilizando um escore de sintomas miccionais. Para a análise multivariável hierarquizada, utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS: A prevalência de enurese de foi 10,6%, sendo 11,7% nos meninos e 9,3% nas meninas; a enurese foi monossintomática em 9,8% das crianças (10,8% dos meninos e 8,3% das meninas); 37,4% apresentavam o sintoma até uma vez por semana; 32,9%, duas a quetro vezes por semana; e 26,2% todos os dias, sem diferença entre os sexos. Os sintomas urinários mais frequentes foram urgência miccional (22,7%) e manobras de contenção urinária (38,2%). Na análise multivariável, observou-se que o número de sintomas miccionais e o número de crianças em casa mostraram relação direta com presença de enurese, enquanto que a escolaridade materna apresentou relação inversa. CONCLUSÕES: A enurese é uma patologia prevalente e deve ser investigada em consultas de rotina, especialmente em crianças com menor nível socioeconômico. Uma história detalhada sobre hábitos urinários pode detectar sintomas miccionais associados, importantes para uma adequada classificação da enurese e posterior manejo. .


Assuntos
Criança , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Enurese Noturna/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos de Coortes , Escolaridade , Hábitos , Distribuição de Poisson , Prevalência , Fatores de Risco , Fatores Sexuais , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , Transtornos Urinários/epidemiologia
4.
J. pediatr. (Rio J.) ; 86(5): 429-434, out. 2010. graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-564228

RESUMO

OBJETIVOS: Avaliar a trajetória do controle esfincteriano em uma coorte de nascimento. MÉTODO: Quatro mil duzentos e trinta e uma crianças nascidas no ano de 2004, em Pelotas, RS, foram incluídas em um estudo longitudinal. Em visitas domiciliares realizadas aos 12, 24 e 48 meses, as mães responderam a um questionário com questões sociodemográficas, características dos hábitos miccionais e intestinais das crianças, com atenção ao treinamento esfincteriano. RESULTADOS: Aos 48 meses, a maioria das crianças estava sem fraldas durante o dia (98,5 por cento) e à noite (83 por cento), sem diferença entre os sexos. A idade média de início de treinamento esfincteriano foi 22 meses, com início mais precoce nas meninas. A duração média do treinamento foi de 3,2 meses, sem diferença entre os sexos. Crianças com atraso de desenvolvimento apresentaram controle esfincteriano mais tardio, havendo relação direta entre a intensidade do desvio da normalidade e a idade da retirada de fraldas. A orientação médica foi fornecida a 15,9 por cento das mães. O treinamento iniciado antes dos 24 meses esteve relacionado com uma maior idade de controle esfincteriano e maior duração do treinamento. Crianças prematuras ou com baixo peso não apresentaram diferença significativa no tempo de treinamento e idade de aquisição do controle esfincteriano. CONCLUSÕES: Até os quatro anos de idade, a maioria das crianças, inclusive prematuros e de baixo peso ao nascer, obtém controle esfincteriano independentemente de fatores externos e do sexo. O início do treinamento (antes dos 24 meses) não antecipou o controle esfincteriano, apenas prolongou o tempo de treinamento.


OBJECTIVES: To analyze sphincter control acquisition in a birth cohort. METHOD: 4,231 children born in 2004 in Pelotas, Brazil, were included in a longitudinal study. During home visits at the ages of 12, 24 and 48 months, the mothers answered a questionnaire about sociodemographic questions and characteristics of their children's voiding and bowel habits, with special attention to toilet training. RESULTS: At 48 months, most children were off diapers during the day (98.5 percent) and by night (83 percent), with no difference between sexes. The average age for starting toilet training was 22 months, with earlier initiation in girls. The training was, on average, 3.2 months long, showing no difference between sexes. Children with developmental delay had late voiding and bowel control; the higher the deviation from normality, the later the child was off diapers. Medical advice was given to 15.9 percent of mothers. The training initiated before the age of 24 months was inversely correlated with an older age of sphincter control and longer training. Premature and low birth weight children showed no significant difference in training time and age of acquisition of sphincter control. CONCLUSIONS: At the age of 48 months, most children, including premature and low birth weight ones, acquired sphincter control regardless of external factors and sex. The beginning of training (before 24 months) did not anticipate sphincter control, but only prolonged the duration of training.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Canal Anal/fisiologia , Fraldas Infantis , Relações Pais-Filho , Treinamento no Uso de Banheiro , Distribuição de Qui-Quadrado , Estudos de Coortes , Desenvolvimento Infantil/fisiologia , Estudos Longitudinais , Fatores Sexuais , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo
5.
Rev. Soc. Boliv. Pediatr ; 49(2): 114-123, 2010.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-652538

RESUMO

Investigar a prevalência e os fatoresassociados ao co-leito e ao despertar noturno entre as crianças da coorte de Pelotas de 2004, aos 12 meses deidade.


Assuntos
Recém-Nascido , Nascido Vivo
6.
J. pediatr. (Rio J.) ; 84(5): 455-462, set.-out. 2008. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-496637

RESUMO

OBJETIVOS: O aprendizado do controle esfincteriano é influenciado por fatores fisiológicos, psicológicos e socioculturais. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de crianças sem fraldas aos 24 meses e seus fatores associados. MÉTODOS: Um total de 3.281 crianças nascidas no ano de 2004 em Pelotas (RS) foi incluído em um estudo longitudinal. Aos 24 meses, as mães responderam a um questionário domiciliar com questões sociodemográficas, características dos hábitos miccionais e intestinais das crianças, com atenção ao treinamento esfincteriano. Foi empregada a regressão de Poisson para as análises multivariáveis. RESULTADOS: Do total, 24,3 por cento estavam sem fraldas durante o dia, com predomínio do sexo feminino (27,8 versus 21,1 por cento, p < 0,001) e 8,6 por cento sem fraldas durante a noite, também com predomínio do sexo feminino (10,6 versus 6,8 por cento, p < 0,001). As habilidades necessárias ao aprendizado do controle esfincteriano estavam presentes em 85,5 por cento das crianças. Orientação pediátrica ocorreu em 10 por cento das crianças, mais freqüente nas mães mais ricas em relação às mais pobres (22,9 versus 4,8 por cento). Mães mais escolarizadas (13,2 por cento) e mais ricas (14 por cento) retiram as fraldas mais tardiamente; maior número de crianças em casa (risco relativo = 1,32) e indicar a necessidade de ir ao vaso (risco relativo = 11,74) aumentam a probabilidade de retirar as fraldas; tentativa anterior sem sucesso retarda a retirada de fraldas (risco relativo = 0,59). CONCLUSÕES: Embora as habilidades necessárias para a aquisição do controle esfincteriano já estejam presentes aos 24 meses, indicando que um treinamento esfincteriano pode ser iniciado, a maioria das crianças ainda não tinha iniciado esse treinamento. As mães com melhor nível de informação retardam mais esse treinamento.


OBJECTIVES: Acquisition of bladder and bowel control is influenced by physiological, psychological and sociocultural factors. The objective of this study was to evaluate the prevalence of children out of diapers by 24 months of age and the factors associated with this finding. METHODS: A total of 3,281 children born in Pelotas, RS, Brazil in 2004 were enrolled on a longitudinal study. At 24 months their mothers were visited at home and replied to a questionnaire containing questions about sociodemographic data and the characteristics of their children's urinary and intestinal evacuation habits, with special attention to toilet training. Multivariate analyses were carried out using Poisson regression. RESULTS: From the total, 24.3 percent were out of diapers during the day, with the female sex predominating (27.8 vs. 21.1 percent, p < 0.001) and 8.6 percent were out of diapers at night, also with the female sex predominating (10.6 vs. 6.8 percent, p < 0.001). The abilities needed to start toilet training were present in 85.5 percent of the children. Guidance was received from a pediatrician in 10 percent of cases, and more frequently among richer mothers than among poorer mothers (22.9 vs. 4.8 percent). Mothers who spent more years in education (13.2 percent) and were from higher social classes (14 percent) took their children out of diapers later; a greater number of children living at home (relative risk = 1.32) and being able to communicate the need to go to the toilet (relative risk = 11.74) both increased the probability of being out of diapers; previous unsuccessful attempts delayed removal of diapers (relative risk = 0.59). CONCLUSIONS: Although the abilities needed for acquisition of bladder and bowel control were already present at 24 months, indicating that toilet training could be started, the majority of children had not yet started this training. Better-informed mothers delayed training the most.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Treinamento no Uso de Banheiro , Brasil , Fraldas Infantis , Métodos Epidemiológicos , Fatores Socioeconômicos
7.
J. pediatr. (Rio J.) ; 84(2): 114-122, Mar.-Apr. 2008. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-480595

RESUMO

OBJETIVO: Investigar a prevalência e os fatores associados ao co-leito e ao despertar noturno entre as crianças da coorte de Pelotas de 2004, aos 12 meses de idade. MÉTODOS: Todas as crianças nascidas em 2004 em Pelotas (RS) foram incluídas em um estudo longitudinal. Ao nascer e aos 12 meses de idade, as mães foram entrevistadas sobre características sociodemográficas e reprodutivas e sobre o sono e o ambiente em que a criança dorme. Co-leito foi definido como o compartilhamento habitual da cama com outra pessoa. As análises multivariáveis foram realizadas por regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de co-leito aos 12 meses foi de 45,8 por cento (IC95 por cento 44,2-47,3). O co-leito foi maior entre as mães de baixo nível socioeconômico, menos escolarizadas, mais jovens, com maior paridade e entre crianças que acordam à noite. A prevalência de despertar noturno foi de 46,1 por cento (IC95 por cento 44,6-47,7). O despertar noturno foi mais freqüente entre os meninos e entre filhos de mães com maior paridade, e menos freqüente entre mães que trabalharam fora durante a gravidez. CONCLUSÃO: O co-leito e o despertar noturno são freqüentes na população estudada, indicando a necessidade de acompanhamento para observar a persistência destes hábitos ao longo da infância e investigar suas conseqüências sobre o comportamento e o desenvolvimento infantis.


OBJECTIVE: To investigate the prevalence and factors associated with co-sleeping and nighttime waking among the children of the Pelotas 2004 cohort at 12 months of age. METHODS: All children born in the city of Pelotas, RS, Brazil during 2004 were enrolled on a longitudinal study. Mothers were interviewed at delivery and once more at 12 months of age to obtain information on their sociodemographic and reproductive characteristics and on their children's sleep and the environment in which their children sleep. Co-sleeping was defined as habitually sharing the bed with another person. Multivariate analysis was performed using Poisson regression. RESULTS: The prevalence of co-sleeping at 12 months was 45.8 percent (95 percentCI 44.2-47.3). Co-sleeping was more common among mothers with low socioeconomic status, less education, younger mothers, mothers with more previous births and among children who wake at night. The prevalence of nighttime waking was 46.1 percent (95 percentCI 44.6-47.7). Nighttime waking was more common among boys and among the offspring of mothers who had had a greater number of previous pregnancies and of mothers who had been employed while pregnant. CONCLUSION: Co-sleeping and nighttime waking are common among this study population, indicating a need to continue follow-up in order to observe how long these habits persist through childhood and to investigate their consequences for child development and behavior.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Hábitos , Alojamento Conjunto/estatística & dados numéricos , Transtornos do Sono-Vigília/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Alojamento Conjunto/métodos , Fatores Socioeconômicos , Transtornos do Sono-Vigília/etiologia
8.
J. pediatr. (Rio J.) ; 84(1): 9-17, Jan.-Feb. 2008.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-476703

RESUMO

OBJETIVO: Revisar a literatura científica e leiga sobre o treinamento esfincteriano, abordando expectativas dos pais, métodos disponíveis para aquisição do controle esfincteriano e morbidades associadas. FONTES DOS DADOS: Publicações no período de 1960 a 2007, obtidas a partir das bases bibliográficas MEDLINE, Cochrane Collaboration, ERIC, Web of Science, LILACS, SciELO e Google; busca em artigos relacionados, referências dos artigos, por autor e nas sociedades de pediatria. Foram examinados 473 artigos, sendo selecionados 85. SÍNTESE DOS DADOS: Os pais apresentam expectativas irreais sobre idade de retirada de fraldas, sem levar em conta o desenvolvimento infantil. As estratégias de treinamento não se modificaram nas últimas décadas, e a idade vem sendo postergada na maioria dos países. Métodos de treinamento raramente são utilizados. O início precoce do treinamento esfincteriano e eventos estressantes durante o período podem prolongar o processo de treinamento. Uma maior freqüência de enurese, infecção urinária, disfunção miccional, constipação, encoprese e recusa em ir ao banheiro é observada nas crianças com treinamento inadequado. A literatura leiga para os pais é abundante e adequada, veiculada através de livros e da Internet, mas não largamente disponível para a população brasileira. Apenas três sociedades internacionais de pediatria disponibilizam diretrizes sobre treinamento esfincteriano. CONCLUSÕES: O controle esfincteriano vem sendo postergado na maioria dos países. Os métodos de treinamento existentes são de décadas passadas, sendo pouco utilizados pelas mães e pouco valorizados pelos pediatras; o treinamento inadequado pode ser um dos fatores causadores de distúrbios miccionais e intestinais, que causam transtornos para as crianças e famílias.


OBJECTIVE: To review both the scientific literature and lay literature on toilet training, covering parents' expectations, the methods available for achieving bladder and bowel control and associated morbidities. SOURCES: Articles published between 1960 and 2007, identified via the MEDLINE, Cochrane Collaboration, ERIC, Web of Science, LILACS and SciELO databases plus queries on the Google search engine; a search of related articles, references of articles, by author and of pediatrics societies. A total of 473 articles were examined and 85 of these were selected for this review. SUMMARY OF THE FINDINGS: Parents have unrealistic expectations about the age at which diapers can be withdrawn, not taking child development into account. Toilet training strategies have not changed over recent decades, and in the majority of countries the age at which children are trained has been postponed. Training methods are rarely used. Starting toilet training prematurely and stressful events during this period can extend the training process. Children who have not been trained correctly present with enuresis, urinary infection, voiding dysfunction, constipation, encopresis and refusal to go to the toilet more frequently. Literature intended for lay parents is both abundant and adequate, available in book form and on the Internet, but it is not widely available to the Brazilian population. Just three international pediatrics societies have published guidelines on toilet training. CONCLUSIONS: Toilet training is occurring later in the majority of countries. The training methods that exist are the same from decades ago and are rarely used by mothers and valued little by pediatricians; incorrect training can be a causative factor for bladder and bowel disorders, which in turn cause problems for children and their families.


Assuntos
Pré-Escolar , Humanos , Lactente , Comportamento Infantil/fisiologia , Desenvolvimento Infantil/fisiologia , Relações Pais-Filho , Pais/psicologia , Treinamento no Uso de Banheiro , Comportamento Infantil/psicologia , Constipação Intestinal/psicologia , Enurese/psicologia , Fatores de Tempo
9.
Cad. saúde pública ; 24(supl.3): s451-s460, 2008. graf, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-491939

RESUMO

We studied time trends in infant mortality and associated factors between three cohort studies carried out in Pelotas, Rio Grande do Sul State, Brazil, in 1982, 1993, and 2004. All hospital births and deaths were determined by means of regular visits to hospitals, registrar's offices, and cemeteries. This data was used to calculate neonatal, post-neonatal, and infant mortality rates per thousand live births. Rates were also calculated according to cause of death, sex, birth weight, gestational age, and family income. The infant mortality rate fell from 36.4 per 1,000 live births in 1982 to 21.1 in 1993 and 19.4 in 2004. Major causes of infant mortality in 2004 were perinatal causes and respiratory infections. Mortality among low birth weight children from poor families fell 16 percent between 1993 and 2004; however, this rate increased by more than 100 percent among high-income families due to the increase in the number of preterm deliveries in this group. The stabilization of infant mortality in the last decade is likely to be due to excess medical interventions relating to pregnancies and delivery care.


Os autores estudaram tendências temporais nas taxas de mortalidade infantil e fatores associados em três coortes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, de 1982, 1993 e 2004. Todos os nascimentos hospitalares e óbitos foram identificados através de visitas regulares aos hospitais, cartórios e cemitérios. Esses dados foram utilizados para calcular as taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal e infantil por mil nascidos vivos. Também foram calculadas as taxas específicas de acordo com causa de óbito, sexo, peso ao nascer, idade gestacional e renda familiar. O coeficiente de mortalidade infantil diminuiu de 36,4 por mil nascidos vivos em 1982 para 21,1 em 1993 e 19,4 em 2004. As principais causas de mortalidade infantil em 2004 foram causas perinatais e infecções respiratórias. Entre 1993 e 2004, houve uma redução de 16 por cento na mortalidade entre crianças de baixo peso ao nascer de famílias pobres; entretanto, esse mesmo coeficiente aumentou mais de 100 por cento entre famílias de renda alta, devido ao aumento no número de partos prematuros nesse grupo. É provável que a estabilização da mortalidade infantil na última década seja devida à excessiva medicalização da gravidez e da atenção ao parto.


Assuntos
Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Coeficiente de Natalidade , Peso ao Nascer , Mortalidade Infantil/tendências , Mortalidade Perinatal/tendências , Brasil/epidemiologia , Causas de Morte , Estudos de Coortes , Renda , Recém-Nascido de Baixo Peso , Pobreza , Medição de Risco , Fatores de Risco , Fatores Sexuais
10.
J. pediatr. (Rio J.) ; 81(3): 225-232, maio-jun. 2005. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-406675

RESUMO

OBJETIVO: Descrever os hábitos miccionais e suas disfunções em uma amostra populacional de crianças de 3 a 9 anos. MÉTODOS: Delineamento transversal, incluindo 580 crianças. Uma amostra probabilística de domicílios da zona urbana da cidade de Pelotas (RS) foi selecionada em múltiplos estágios. Os hábitos miccionais e fecais foram avaliados com o escore de disfunção miccional proposto por Farhat et al. e modificado pela equipe de pesquisa com acréscimo do sintoma freqüência urinária superior a oito vezes ao dia. Os meninos com pontuação maior que oito e as meninas com pontuação maior que cinco foram reavaliados clinicamente, assim como uma subamostra dos demais. RESULTADOS: Os sintomas miccionais mais freqüentes foram noctúria (60,4 por cento), urgência miccional (49,7 por cento) e manobras de contenção (42,1 por cento). A prevalência de enurese foi de 20,1 por cento em meninos e 15,1 por cento em meninas. A prevalência de disfunção miccional pelo escore Farhat et al. foi de 24,2 por cento. A maioria dos sintomas foi mais freqüente entre as meninas e entre crianças mais jovens. As meninas de nível econômico baixo apresentaram maior freqüência de enurese e força para urinar, enquanto que, entre os meninos, a urgência miccional foi mais comum entre os mais pobres. Apenas 10,5 por cento dos pais de crianças com disfunção haviam levado seu filho ao médico por causa dos sintomas. CONCLUSÕES: Os sintomas miccionais apresentam prevalências altas e devem ser investigados ativamente nas consultas de rotina, com perguntas diretas sobre cada sintoma isoladamente, objetivando o diagnóstico de disfunção miccional.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Transtornos Urinários/epidemiologia , Distribuição por Idade , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , População Urbana
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