RESUMO
As relações entre as condições de trabalho e a saúde de professores têm merecido vários estudos, recentemente. Contudo, são raros os trabalhos baseados em diagnósticos de doenças ocupacionais. Este trabalho buscou identificar as doenças ocupacionais diagnosticadas mais freqüentemente nos atendimentos realizados a professores pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (CESAT) de Salvador, Bahia. Foi realizado um estudo descritivo de série de casos com base em dados secundários. A população-alvo foi formada por todos os professores atendidos pelo CESAT de 1991 a 2001. Foram calculadas a proporção de professores com doença ocupacional entre os atendidos e as proporções de algumas doenças ocupacionais específicas. Foram analisados os dados referentes a 235 professores. A média de idade foi de 42 anos, com predominância do sexo feminino (97por cento). Do total, 66por cento dos professores atendidos receberam diagnóstico de doença ocupacional. As doenças mais freqüentes foram: doenças da laringe e das cordas vocais, síndrome do túnel do carpo, síndrome do manguito rotatório, epicondilites, bursites do ombro, tendinites, rinites, sinusites e faringites crônicas e alérgicas.