RESUMO
PURPOSE: Evaluation of the rheological, biological and therapeutic properties of a new topical formulation consisting of chitosan gel containing 1 percent silver sulfadiazine, as an alternative for the treatment of burn wounds. METHODS: An experimental study was done with 21 Wistar rats divided into three groups. Group I was treated with chitosan gel without the antimicrobial, group II was treated with chitosan gel with 1 percent silver sulfadiazine and group III was treated with commercially available 1 percent silver sulfadiazine cream. RESULTS: Due to its pseudoplastic characteristic and good bioadhesiveness, the chitosan gels showed a satisfactory retention time over the wounds. No statistical difference was found in the amount of drug released from the chitosan gel and commercially available cream, as well as in the healing time among the groups. Wounds treated with chitosan gel with silver sulfadiazine showed a higher fibroblast production and a better angiogenesis than in the other groups, which are important parameters on the evolution of the healing process. CONCLUSION: The topical use of chitosan gel in association with silver sulfadiazine ameliorated the neovascularization and inflammatory reaction in burn wounds. This new formulation showed advantageous rheological properties and efficient release of the drug.
OBJETIVO: Avaliar as propriedades reológicas, biológicas e terapêuticas de uma nova formulação de uso tópico, a partir de um gel de quitosana, contendo sulfadiazina de prata a 1 por cento, no tratamento de queimaduras. MÉTODOS: Foi realizado estudo experimental com 21 ratos Wistar distribuídos em três grupos de sete animais. As queimaduras dos animais do grupo I foram tratadas com gel de quitosana sem antimicrobiano, o grupo II foi tratado com gel de quitosana contendo sulfadiazina de prata 1 por cento e o grupo III foi tratado com creme de sulfadiazina de prata 1 por cento, comumente utilizado no tratamento de queimados. RESULTADOS: Devido às características pseudoplásticas e à boa bioadesividade, os géis de quitosana apresentaram um tempo de retenção satisfatório sobre as feridas. A liberação da sulfadiazina de prata, bem como o tempo de cicatrização, não foram estatisticamente diferentes. Feridas tratadas com o gel de quitosana contendo sulfadiazina de prata apresentaram uma maior produção de fibroblastos e uma melhor angiogênese, comparando-se com os outros grupos, fatores que indicaram uma maior evolução no processo de cicatrização. CONCLUSÃO: O uso tópico do gel de quitosana com sulfadiazina de prata a 1 por cento melhorou a neovascularização e a reação inflamatória em queimaduras e essa nova formulação mostrou boas propriedades reológicas associadas a eficiente liberação do fármaco.