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1.
Femina ; 51(6): 374-379, 20230630. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1512427

RESUMO

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença crônica, complexa e multifatorial que apresenta manifestações em vários órgãos. O seu acometimento ocorre 10 vezes mais no sexo feminino do que no masculino. É uma doença com uma clínica variada e com graus variados de gravidade, causando fadiga, manifestações cutâneas, como rash malar, fotossensibilidade, queda de cabelo e manifestações musculoesqueléticas, como artralgia, mialgia e atrite. Podem ocorrer flares (crises), que se caracterizam por aumento mensurável na atividade da doença. No climatério, no período da pré-menopausa, o lúpus eritematoso sistêmico ocorre com mais frequência, podendo ocorrer também na pós-menopausa. Algumas doenças são mais frequentes na fase do climatério, e a presença do lúpus pode influenciar na sua evolução, como a doença cardiovascular, osteoporose e tromboembolismo venoso. A terapia hormonal oral determina aumento do risco de tromboembolismo venoso no climatério, e na paciente com lúpus eritematoso sistêmico há aumento dos riscos de flares e de trombose. Em vista disso, a terapia hormonal é recomendada apenas para pacientes com lúpus eritematoso sistêmico estável ou inativo, sem história de síndrome antifosfolípides e com anticorpos antifosfolípides negativa, devendo-se dar preferência para a terapia estrogênica transdérmica, em menor dose e de uso contínuo. Na paciente com lúpus eritematoso sistêmico ativo ou com história de síndrome antifosfolípides ou com anticorpos antifosfolípides positiva, recomenda-se a terapia não hormonal, como os antidepressivos. (AU)


Systemic lupus erythematosus is a chronic, complex, multifactorial disease that manifests in several organs. Its involvement occurs 10 times more in females than in males. It is a disease with a varied clinic and varying degrees of severity, causing fatigue, skin manifestations such as malar rash, photosensitivity, hair loss and musculoskeletal manifestations such as arthralgia, myalgia and arthritis. Flare may occur, which are characterized by measurable increase in disease activity. In the climacteric, in the premenopausal period, systemic lupus erythematosus occurs more frequently, and may also occur in the postmenopausal period. Some diseases are more frequent in the Climacteric phase and the presence of lupus can influence its evolution, such as cardiovascular disease, osteoporosis and venous thromboembolism. Oral hormone therapy determines an increased risk of venous thromboembolism in the climacteric and in patients with systemic lupus erythematosus there is an increased risk of flares and thrombosis. In view of this, hormone therapy is only recommended for patients with stable or inactive systemic lupus erythematosus, without a history of antiphospholipid syndrome and with antiphospholipid antibodies, giving preference to transdermal estrogen therapy, at a lower dose and for continuous use. In patients with active systemic lupus erythematosus or with a history of antiphospholipid syndrome or positive antiphospholipid antibodies, non-hormonal therapy, such as antidepressants, is recommended. (AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Lúpus Eritematoso Sistêmico/etiologia , Lúpus Eritematoso Sistêmico/terapia , Osteoporose/etiologia , Tromboembolia/etiologia , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Síndrome Antifosfolipídica/complicações , Hormônios/administração & dosagem , Hormônios/uso terapêutico
2.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 43(6): 457-466, June 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1341145

RESUMO

Abstract Objective Abnormalities in the eutopic endometrium of women with endometriosis may be related to disease-associated infertility. Although previous RNA-sequencing analysis did not show differential expression in endometrial transcripts of endometriosis patients, other molecular alterations could impact protein synthesis and endometrial receptivity. Our aim was to screen for functional mutations in the transcripts of eutopic endometria of infertile women with endometriosis and controls during the implantation window. Methods Data from RNA-Sequencing of endometrial biopsies collected during the implantation window from 17 patients (6 infertile women with endometriosis, 6 infertile controls, 5 fertile controls) were analyzed for variant discovery and identification of functional mutations. A targeted study of the alterations found was performed to understand the data into disease's context. Results None of the variants identified was common to other samples within the same group, and no mutation was repeated among patients with endometriosis, infertile and fertile controls. In the endometriosis group, nine predicted deleterious mutations were identified, but only one was previously associated to a clinical condition with no endometrial impact. When crossing the mutated genes with the descriptors endometriosis and/or endometrium, the gene CMKLR1 was associated either with inflammatory response in endometriosis or with endometrial processes for pregnancy establishment. Conclusion Despite no pattern of mutation having been found, we ponder the small sample size and the analysis on RNA-sequencing data. Considering the purpose of the study of screening and the importance of the CMKLR1 gene on endometrial


Resumo Objetivo Anormalidades no endométrio eutópico de mulheres com endometriose podem estar relacionadas à infertilidade associada à doença. Embora a análise prévia de sequenciamento de RNA não tenha evidenciado expressão diferencial em transcritos endometriais de pacientes com endometriose, outras alterações moleculares poderiam afetar a síntese de proteínas e a receptividade endometrial. Nosso objetivo foi rastrear mutações funcionais em transcritos de endométrios eutópicos de mulheres inférteis com endometriose e de controles durante a janela de implantação. Métodos Os dados do sequenciamento de RNA de biópsias endometriais coletados durante a janela de implantação de 17 pacientes (6 mulheres inférteis com endometriose, 6 controles inférteis, 5 controles férteis) foram analisados para a descoberta de variantes e a identificação de mutações funcionais. Um estudo direcionado das alterações encontradas foi realizado para compreender os dados no contexto da doença. Resultados Nenhuma das variantes identificadas foi comuma outras amostras dentro do mesmo grupo, assim como nenhuma mutação se repetiu entre pacientes com endometriose, controles inférteis e férteis. No grupo de endometriose, foram identificadas nove mutações deletérias preditas, mas apenas uma foi previamente associada a uma condição clínica sem impacto endometrial. Ao cruzar os genes mutados com os descritores endometriose e/ou endométrio, o gene CMKLR1 foi associado a resposta inflamatória na endometriose e a processos endometriais para estabelecimento da gravidez. Conclusão Apesar de nenhum padrão de mutação ter sido encontrado, ponderamos o pequeno tamanho da amostra e a análise dos dados de sequenciamento de RNA. Considerando o objetivo do estudo de triagem e a importância do gene CMKLR1 na modulação endometrial, este poderia ser um gene candidato para estudos adicionais que avaliem mutações no endométrio eutópico de pacientes com endometriose.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Implantação do Embrião , Análise de Sequência de RNA , Endometriose/complicações , Endometriose/genética , Endométrio/metabolismo , Infertilidade Feminina/etiologia , Mutação , Simulação por Computador , Estudos de Casos e Controles , Estudos Prospectivos , Receptores de Quimiocinas/genética , Infertilidade Feminina/metabolismo
4.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 40(12): 771-778, Dec. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-977812

RESUMO

Abstract Objective To assess the sexual function, anxiety, and depression of infertile women relative to a control group. Methods Infertile women (infertile group, IG) of reproductive age were invited to participate in this controlled study. A control group (CG) of women was recruited from the general population of the same city. Sexual function was assessed by the Female Sexual Function Index (FSFI), and anxiety and depression were measured by the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Results A total of 280 women participated in the present study, 140 in the IG and 140 in the CG. The analysis of the FSFI scores showed that 47 women (33.57%) in the IG and 49 women (35%) in the CG had sexual dysfunction (FSFI ≤ 26.55; p = 0.90). Women with anxiety or depression had a greater risk of sexual dysfunction, and sexual dysfunction increased the risk of anxiety and depression. Married women had a lower risk of depression than single women who were living with their partners. Conclusion Infertilewomenhadno increased riskof sexual dysfunction relativetocontrols. Anxiety and depression increased the risk of sexual dysfunction in the studied population.


Resumo Objetivo Avaliar a função sexual, ansiedade e depressão de mulheres inférteis em relação a um grupo controle. Métodos Mulheres inférteis (grupo infértil, GI) em idade reprodutiva foram convidadas a participar deste estudo. Um grupo controle (GC) de mulheres foi recrutado da população geral da mesma cidade. A função sexual foi avaliada pelo Índice de Função Sexual Feminina (FSFI, na sigla eminglês), e ansiedade e depressão foram medidas pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS, na sigla em inglês). Resultados Um total de 280 mulheres participaram deste estudo, sendo 140 no GI e 140 no GC. A análise dos escores do FSFI mostrou que 47 mulheres (33,57%) no GI e 49 mulheres (35%) no GC apresentaram disfunção sexual (FSFI≤ 26,55; p = 0,90). Mulheres com ansiedade ou depressão tiveram um risco maior de disfunção sexual e a disfunção sexual aumentava o risco de ansiedade e depressão. Asmulheres casadas tiveram um risco menor de depressão do que as mulheres amasiadas. Conclusão As mulheres inférteis não apresentaram risco aumentado de disfunção sexual em relação aos controles. Ansiedade e depressão aumentaram o risco de disfunção sexual na população estudada.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Ansiedade/etiologia , Disfunções Sexuais Psicogênicas/etiologia , Depressão/etiologia , Infertilidade Feminina/complicações , Estudos de Casos e Controles
5.
Reprod. clim ; 32(2)2017. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-883381

RESUMO

Objetivos: Alterações moleculares no endométrio eutópico de mulheres com endometriose podem estar envolvidas na infertilidade associada à doença. Este estudo objetivou comparar os genes diferencialmente expressos (DEG) no endométrio eutópico de mulheres inférteis com endometriose, controles inférteis (CI; fator masculino e/ou tubário) e controles férteis (CF) durante a janela de implantação, através de RNA­Seq. Material e métodos: Biópsias endometriais foram obtidas de 17 pacientes (seis inférteis com endometriose, seis CI e cinco CF) durante a janela de implantação. O RNA total foi extraído e o RNA­Seq foi feito na plataforma Illumina HISEQ 2500, high output, paired end. A normalização dos dados e a expressão diferencial foram conduzidas no ambiente estatístico R através do pacote DESeq2. Resultados: Os grupos CI e CF foram semelhantes. Nenhum DEG foi identificado quando comparados os grupos CF e endometriose (independentemente do estágio da doença). Cinco DEGs (SCUBE1, CCL20, LGALS9C, TRIM 29 e WNT11) foram identificados no grupo endometriose avançada (EIII/IV) e um DEG (KANSL1­AS1) no grupo endometriose inicial (EI/II), quando comparados com o CF. Dois DEGs (KANSL1­AS1 e VGLL3) foram identificados com a comparação de EI/II e EIII/IV. Conclusões: Os dados sugerem que o endométrio eutópico de mulheres inférteis com endometriose, especialmente na doença avançada, seja molecularmente diferente do endométrio eutópico de mulheres férteis durante a janela de implantação.(AU)


Molecular alterations in the eutopic endometrium of women with endometriosis may be involved in the endometriosis­related infertility. This study aimed to compare the differentially expressed genes (DEG) in eutopic endometrium of infertile women with endometriosis, infertile controls (IC; male and/or tubal factor) and fertile controls (FC) through RNA­Seq. Material and methods: Endometrial biopsies were obtained from 17 patiens (6 infertile women with endometriosis, 6 IC and 5 FC) during the implantation window. The RNA was extracted and the RNA­Seq was performed at a HISEQ 2500 Illumina Platform, high output, paired end. Standardization and differential expression were conducted in the statistical R environment using DESeq2 package. Results: The groups IC and FC were similar. No DEG has been identified comparing CF and endometriosis groups. Five DEGs (SCUBE1, CCL20, LGALS9C, TRIM 29 e WNT11) were identified in the advanced endometriosis (EIII/IV) group, and 1 (KANSL1­AS1) in the initial endometriosis (EI/II) group compared to FC. Two DEGs (KANSL1­AS1 and VGLL3) were identified by comparing EI/II and EIII/IV groups. Conclusions: These data suggest that the eutopic endometrium of infertile women with endometriosis, especially those with advanced disease, may be molecularly different from those of fertile women during the implantation window.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Endometriose , Endométrio , Infertilidade Feminina , RNA
6.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 38(11): 552-558, Nov. 2016. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-843873

RESUMO

Abstract Purpose Whether preconception elevated concentrations of thyroid-stimulating hormone (TSH) compromises reproductive outcomes in patients undergoing assisted reproduction techniques (ARTs) remains unclear. This study therefore compared the reproductive outcomes in patients with TSH concentrations of < 2.5 mIU/L, 2.5-4.0 mIU/L, and 4.0-10.0mIU/L undergoing controlled ovarian stimulation (COS) for in vitro fertilization (IVF)/intracytoplasmic sperm injection (ICSI). Methods This retrospective cohort study evaluated the medical records of all women with measured TSH concentrations who underwent IVF/ICSI between January 2011 and December 2012. The patients were divided into three groups: TSH < 2.5mIU/L (group 1); THS ≥2.5 and < 4.0 mIU/L (group 2); and THS ≥4 mIU/L and < 10.0 mIU/L (group 3). Patients who were administered levothyroxine for treating hypothyroidism were excluded from the analysis. The primary endpoints were clinical pregnancy,miscarriage, live birth and multiple pregnancy rates. Results During the study period, 787 women underwent IVF/ICSI. Sixty were excluded because their TSH concentrations were unavailable, and 77 were excluded due to their use of levothyroxine. The prevalence of patients presenting elevated concentrations of TSHwas of 5.07% (using a TSH threshold of 4.0 mIU/L) and of 29.99% (using a TSH threshold of 2.5 mIU/L). Patient characteristics, type of COS, and response to COS did not differ among the three groups, and there were no differences in clinical pregnancy (24.4% versus 25.9% versus 24.2%, p = 0.93); miscarriage (17.1% versus 14.3% versus 12.5%, p = 0.93); live birth (20.2% versus 22.2% versus 21.2%, p = 0.86); and multiple pregnancy rates (27.0% versus 21.4% versus 25.0%, p = 0.90) respectively. Conclusion Response to COS, live birth, and miscarriage rates were not altered in women with elevated concentrations of TSH undergoing IVF/ICSI, regardless of using a TSH threshold of 2.5mIU/L or 4.0mIU/L. These findings reinforce the uncertainties related to the impact of subclinical hypothyroidism on reproductive outcomes in women undergoing COS for ARTs.


Resumo Objetivos Se concentrações elevadas de hormônio estimulante da tireoide (TSH) antes do parto comprometem resultados reprodutivos em pacientes submetidas a técnicas de reprodução assistida (TRA) é incerto. Este estudo comparou resultados reprodutivos de pacientes com concentrações de TSH < 2,5 mIU/L; 2,5-4,0 mIU/L e 4,0-10,0 mIU/L submetidas a estimulação ovariana controlada (EOC) para fertilização in vitro (FIV)/injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Métodos Este estudo de coorte retrospectiva avaliou prontuários médicos de todas as pacientes que tinham registro de concentrações de TSH submetidas a FIV/ICSI entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012. As pacientes foram divididas em três grupos: aquelas com TSH < 2,5 mIU/L (grupo 1); entre 2,5 e 4,0 mIU/L (grupo 2) e entre 4,0 mIU/L e 10,0 mIU/L (grupo 3). As pacientes que estavam em uso de levotiroxina para tratamento de hipotireoidismo foram excluídas da análise. Os desfechos primários foram taxas de gravidez clínica, de abortamento, de nascido vivo e de gravidez múltipla. Resultados Durante o período do estudo, 787 mulheres foramsubmetidas a FIV/ICSI. Sessenta foram excluídas por causa da indisponibilidade das concentrações de TSH, e 77 foram excluídas porque estavam usando levotiroxina. A prevalência de pacientes apresentando elevação das concentrações de TSH foi de 5,07% (usando um limite de TSH de 4,0 mIU/L) e 29,99% (usando um limite de TSH de 2,5 mIU/L). As características das pacientes, tipo de EOC e reposta à EOC não diferiram entre os três grupos, nem houve diferenças nas taxas de gravidez clínica (24,4% versus 25,9% versus 24,2%, p = 0,93); abortamento (17,1% versus 14,3% versus 12,5%, p = 0,93); nascido vivo (20,2% versus 22,2% versus 21,2%, p = 0,86); e taxas de gestação múltipla (27,0% versus 21,4% versus 25,0%, p = 0,90), respectivamente. Conclusão Resposta à EOC, taxa de nascido vivo e de abortamento não foram alteradas em mulheres submetidas a FIV/ICSI com concentrações elevadas de TSH independente de usar um limite de 2,5 ou 4,0 mIU/L. Estes achados reforçam as incertezas relacionadas ao impacto do hipotireoidismo subclínico nos resultados reprodutivos de mulheres submetidas a EOC para TRA.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Hipotireoidismo/sangue , Resultado da Gravidez , Doenças Assintomáticas , Estudos de Coortes , Estudos Retrospectivos , Injeções de Esperma Intracitoplásmicas , Tireotropina/sangue
7.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 38(9): 465-470, Sept. 2016. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-843896

RESUMO

Abstract Introduction Infertility has a high prevalence in the general population, affecting 5 to 15% of couples in reproductive age. The assisted reproduction techniques ( ART ) include in vitro manipulation of gametes and embryos and are an important treatment indicated to these couples. It is well accepted that the implantation rate is positively influenced by the morphology of transferred embryos. However, we question if, apart from the assessment of embryo morphology, the number of produced embryos per cycle is also related to pregnancy rates in the first fresh transfer cycle. Purpose To evaluate the clinical pregnancy rate according to the number of formed embryos and the transfer of top quality embryos ( TQEs ). Methods In a retrospective cohort study, between January 2011 and December 2012 , we evaluated women who underwent intracytoplasmic sperm injection (ICSI), aged < 40 years, andwith at least 1 formed embryo fresh transferred in cleavagestage. These women were stratified into 3 groups according to the number of formed embryos (1 embryo, 2-3 and ≥ 4 embryos). Each group was divided into 2 subgroups according to the presence or not of at least 1 transferred TQE (1 with TQE; 1 without TQE; 2-3 with TQE, 2-3 without TQE; ≥4with TQE; ≥4withoutTQE). The clinicalpregnancy rateswerecomparedineach subgroup based on the presence or absence of at least one transferred TQE. Results During the study period, 636 women had at least one embryo to be transferred in thefirst fresh cycle (17.8% had 1 formed embryo [32.7% with TQEversus 67.3% without TQE], 42.1% of women had 2-3 formed embryos [55.6% with TQE versus 44.4% without TQE], and 40.1%ofpatientshad ≥4 formedembryos[73.7%withTQEversus26.3%withoutTQE]).The clinical pregnancy rate was significantly higher in the subgroup with ≥4 formed embryos with at least 1 transfered TQE (45.2%) compared with the subgroup without TQE (28.4%). Conclusions Having at least two available embryos and at least one TQE for embryo transfer are predictors of the pregnancy rates.


Resumo Introdução A infertilidade tem uma alta prevalência na população geral, afetando 5 a 15% dos casais em idade reprodutiva. As técnicas de reprodução assistida ( TRA ) incluem a manipulação in vitro de gametas e embriões e são um importante tratamento indicado para esses casais. Sabe-se que a taxa de implantação é positivamente influenciada pela morfologia dos embriões transferidos. No entanto, questiona-se, se além da avaliação da morfologia do embrião, o número de embriões produzidos por ciclo também está relacionado com as taxas de gravidez do primeiro ciclo de transferência fresco. Objetivo Avaliar a taxa de gravidez clínica de acordo com o número de embriões formados e a transferência de embrião com ótima morfologia ( EOM ). Métodos Em um estudo de coorte retrospectivo, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012, avaliamos mulheres submetidas a ICSI com idade < 40 anos e com pelo menos um embrião formado e transferido a fresco em estágio de clivagem. Estas mulheres foram estratificadas em 3 grupos de acordo com o número de embriões formados (1 embrião, 2-3 e ≥ 4 embriões). Cada grupo foi subdividido em 2 subgrupos de acordo com a presença ou não de EOM transferido (1 com EOM; 1 sem EOM; 2-3 com EOM; 2-3 sem EOM; 4 com EOM; ≥4 sem EOM). As taxas de gravidez clínica foram comparadas em cada subgrupo segundo a presença ou não de pelo menos um EOM transferido. Resultados Durante o período do estudo, 636 mulheres tiveram pelo menos 1 embrião para ser transferido no primeiro ciclo a fresco (17,8% possuíram 1 embrião formado [32,7% com EOM versus 67,3% sem EOM], 42,1% das mulheres apresentaram 2-3 embriões formados [55,6% com EOM versus 44,4% sem EOM], e 40,1% das pacientes formaram ≥4 embriões [73,7% com EOM versus 26,3% sem EOM]). A taxa de gravidez clínica foi significativamente maior no subgrupo com ≥4 embriões formados com transferência de pelo menos 1 EOM (45,2%) comparando-se ao subgrupo sem EOM (28,4 % ). Conclusões Ter pelo menos dois embriões e pelo menos um EOM para transferência são fatores preditivos da taxa de gravidez.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Transferência Embrionária/estatística & dados numéricos , Embrião de Mamíferos/anatomia & histologia , Taxa de Gravidez , Injeções de Esperma Intracitoplásmicas , Estudos de Coortes , Estudos Retrospectivos
8.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 38(5): 218-224, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-787658

RESUMO

Abstract Purpose To evaluate whether women with endometriosis have different ovarian reserves and reproductive outcomes when compared with women without this diagnosis undergoing in vitro fertilization/intracytoplasmic sperm injection ( IVF/ ICSI), and to compare the reproductive outcomes between women with and without the diagnosis considering the ovarian reserve assessed by antral follicle count ( AFC ). Methods This retrospective cohort study evaluated all women who underwent IVF/ ICSI in a university hospital in Brazil between January 2011 and December 2012. All patients were followed up until a negative pregnancy test or until the end of the pregnancy. The primary outcomes assessed were number of retrieved oocytes and live birth. Women were divided into two groups according to the diagnosis of endometriosis, and each group was divided again into a group that had AFC 6 (poor ovarian reserve) and another that had AFC 7 (normal ovarian reserve). Continuous variables with normal distribution were compared using unpaired t-test, and those without normal distribution, using Mann-Whitney test. Binary data were compared using either Fisher's exact test or Chi-square (2) test. The significance level was set as p < 0.05. Results 787 women underwent IVF/ICSI (241 of which had endometriosis). Although the mean age has been similar between women with and without the diagnosis of endometriosis (33.8 4 versus 33.7 4.4 years, respectively), poor ovarian reserves were much more common in women with endometriosis (39.8 versus 22.7%). The chance of achieving live birth was similar between women with the diagnosis of endometriosis and those without it (19.1 versus 22.5%), and also when considering only women with a poor ovarian reserve (9.4 versus 8.9%) and only those with a normal ovarian reserve (25.5 versus 26.5%). Conclusions Women diagnosed with endometriosis are more likely to have a poor ovarian reserve; however, their chance of conceiving by IVF/ICSI is similar to the one observed in patients without endometriosis and with a comparable ovarian reserve.


Resumo Objetivo Avaliar se mulheres com endometriose possuem diferenças quanto a reserva ovariana (RO) e a resultados de reprodução assistida quando comparadas a mulheres sem este diagnóstico submetidas IVF/ICSI (in vitro fertilization/intracytoplasmic sperm injection), e comparar resultados reprodutivos entre mulheres com e sem o diagnóstico, considerando a RO obtida pela contagem de folículos antrais ( CFA ). Métodos Este estudo de coorte retrospectivo avaliou todas as mulheres submetidas à FIV/ICSI em uma universidade do Brasil nos anos de 2011 e 2012. Todas as pacientes foram seguidas até um teste negativo de gravidez ou até o final da gestação. Os desfechos primários analisados foram o número do oócitos captados e nascidos vivos. As mulheres foram divididas em 2 grupos de acordo com o diagnóstico de endometriose e subdivididas de acordo com a CFA 6 (baixa RO) e 7 (RO normal). As variáveis contínuas com distribuição normal foram comparadas pelo teste t não pareado e sem distribuição normal pelo teste de Mann-Whitney. Os dados binários foram comparados por ambos os testes Qui-quadrado (2) e exato de Fisher. O nível de significância foi definido como p < 0,05. Resultados 787 mulheres foram submetidas a IVF/ICSI (241 com endometriose). Embora a média de idade tenha sido similar entre as mulheres com e sem o diagnóstico de endometriose (33,8 4 versus 33,7 4.4 anos, respectivamente), a baixa RO é muito mais comum em mulheres com endometriose (39,8 versus 22,7%). A chance de obter um nascido vivo foi similar entre as mulheres com e sem endometriose (19,1 versus 22,5%), e também quando consideradas apenas as mulheres com baixa RO (9 , 4 versus 8,9%), e apenas com RO normal (25,5 versus 26 ,5% ). Conclusões Mulheres diagnosticadas com endometriose são mais susceptíveis a ter baixa RO; no entanto, suas chances de conceber por IVF/ICSI são similares às observadas em pacientes sem endometriose e com uma RO comparável.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Coeficiente de Natalidade , Endometriose/fisiopatologia , Fertilização in vitro , Nascido Vivo , Reserva Ovariana , Injeções de Esperma Intracitoplásmicas , Brasil , Estudos de Coortes , Estudos Retrospectivos
9.
Clinics ; 70(11): 765-769, Nov. 2015.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-766154

RESUMO

Polycystic ovary syndrome represents 80% of anovulatory infertility cases. Treatment initially includes preconception guidelines, such as lifestyle changes (weight loss), folic acid therapy to prevent the risk of fetal neural tube defects and halting the consumption of tobacco and alcohol. The first-line pharmacological treatment for inducing ovulation consists of a clomiphene citrate treatment for timed intercourse. The second-line pharmacological treatment includes the administration of exogenous gonadotropins or laparoscopic ovarian surgery (ovarian drilling). Ovulation induction using clomiphene citrate or gonadotropins is effective with cumulative live birth rates of approximately 70%. Ovarian drilling should be performed when laparoscopy is indicated; this procedure is typically effective in approximately 50% of cases. Finally, a high-complexity reproduction treatment (in vitro fertilization or intracytoplasmic sperm injection) is the third-line treatment and is recommended when the previous interventions fail. This option is also the first choice in cases of bilateral tubal occlusion or semen alterations that impair the occurrence of natural pregnancy. Evidence for the routine use of metformin in infertility treatment of anovulatory women with polycystic ovary syndrome is not available. Aromatase inhibitors are promising and longer term studies are necessary to prove their safety.


Assuntos
Feminino , Humanos , Gravidez , Infertilidade Feminina/terapia , Síndrome do Ovário Policístico/complicações , Clomifeno/uso terapêutico , Fármacos para a Fertilidade Feminina/uso terapêutico , Fertilização in vitro/métodos , Gonadotropinas/uso terapêutico , Estilo de Vida , Laparoscopia/métodos
10.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 35(9): 413-420, set. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-690693

RESUMO

OBJETIVO: Caracterizar e comparar variáveis clínicas, antropométricas e bioquímico-metabólicas de pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP), estratificadas segundo o índice de massa corpórea (IMC). MÉTODOS: Estudo transversal com 78 mulheres entre 18 e 45 anos com diagnóstico de SOP, pelos Critérios de Rotterdam. As pacientes foram estratificadas segundo o IMC. As variáveis analisadas foram: idade, estado civil, sedentarismo, irregularidade menstrual, pressão arterial (PA), medidas antropométricas, perfil lipídico, glicemia em jejum e dosagens hormonais. Para comparar as variáveis analisadas entre os diferentes IMC, usou-se a Análise de Variância e o Teste de Kruskal-Wallis. O nível de significância para todos os testes foi de 5%. RESULTADOS: As pacientes apresentaram média de idade de 26,3 anos, sendo 79,5% classificadas como sedentárias e 68% com hiperandrogenismo. A circunferência da cintura, a Razão cintura/quadril, a Razão cintura/estatura e a porcentagem de gordura corporal foram maiores no grupo de obesas. A presença de marcadores de risco cardiovascular (RCV - glicemia de jejum, PA sistólica e diastólica e LDL-colesterol) foi diretamente proporcional ao IMC, enquanto que os níveis de HDL-colesterol e SHBG foram inversamente proporcionais ao IMC. CONCLUSÃO: A presença de marcadores de RCV aumentou proporcionalmente ao IMC, evidenciando que o perfil metabólico das mulheres obesas com SOP é mais desfavorável do que n não obesas.


PURPOSE: To characterize and compare clinical, anthropometric and biochemical-metabolic variables in patients with polycystic ovary syndrome (PCOS), stratified according to body mass index (BMI). METHODS: A cross-sectional study conducted on 78 women aged 18 to 45 years with a clinical diagnosis of PCOS by the Rotterdam criteria. Patients were stratified according to BMI. The variables analyzed were: age, marital status, physical inactivity, menstrual irregularity, blood pressure (BP), anthropometric measurements, lipid profile, fasting glucose, and hormone measurements. To compare the variables between the different BMI values we used analysis of variance and the Kruskal-Wallis test. The level of significance was set at 5% for all tests. RESULTS: The patients had a mean age of 26.3 years, 79.5% of them were sedentary and 68% had hyperandrogenism. Waist circumference, waist/hip ratio, waist/height ratio and percentage of body fat were higher in the obese group. The markers of cardiovascular risk (CVR - fasting glucose, systolic and diastolic BP and LDL-cholesterol) were directly proportional to BMI, whereas HDL-cholesterol and SHBG were inversely related to BMI. CONCLUSION: The presence of markers of CVR factors increased proportionally to BMI, indicating that the metabolic profile of obese women with PCOS is more unfavorable than that of non-obese patients.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Adulto Jovem , Índice de Massa Corporal , Metaboloma , Síndrome do Ovário Policístico/metabolismo , Estudos Transversais
11.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 35(3): 136-140, mar. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-668840

RESUMO

O hormônio antimülleriano (AMH) é uma glicoproteína produzida pelas células granulosas de folículos ovarianos primários, pré-antrais e pequenos folículos antrais e ultimamente sua aplicabilidade clínica tem sido demonstrada através de diversos estudos. A predição da resposta à estimulação ovariana para fertilização in vitro corresponde a sua mais frequente utilização na prática clínica, sendo rotineiramente realizada em muitos serviços para identificar subgrupos de mulheres suscetíveis a má resposta ou a Síndrome da Hiperestimulação Ovariana. Existem perspectivas de que o AMH possa ser aplicável na individualização do risco de injúria gonadal iatrogênica em mulheres portadoras de neoplasia que serão submetidas a quimioterapia. Também é provável que as dosagens de AMH sejam incluídas nos protocolos de investigação de amenorreias e oligomenorreias, uma vez que seus níveis encontram-se elevados em pacientes portadoras da Síndrome dos Ovários Policísticos, reduzidos em casos de falência ovariana prematura e normais em outras condições como a hiperprolactinemia e o hipogonadismo hipogonadotrófico. É possível que futuramente o AMH venha a ser utilizado na predição da idade de menopausa e do prognóstico reprodutivo da mulher, fornecendo bases sólidas ao aconselhamento conceptivo e contraceptivo.


Anti-mullerian hormone (AMH) is a glycoprotein produced by granulosa cells of primary, pre-antral and small antral ovarian follicles and its clinical applicability has been recently demonstrated by several studies. Prediction of the response to ovarian stimulation for in vitro fertilization corresponds to the most frequent utilization of AMH in clinical practice, being routinely assessed in many services to identify subgroups of women susceptible to a poor response or to Ovarian Hyperstimulation Syndrome. There are great perspectives that AMH may be applicable to the individual determination of risk for iatrogenic gonadal injury in women with neoplasms who will be submitted to chemotherapy. It is also probable that AMH assessment will be included in protocols for the investigation of amenorrhea and oligomenorrhea, since AMH levels are increased in Polycystic Ovary Syndrome, reduced in premature ovarian failure and normal in other conditions such as hyperprolactinemia and hypogonadotropic hypogonadism. It is possible that AMH will be utilized in the future for the prediction of age at menopause and of reproductive prognosis, providing solid bases for pre-conceptive and contraceptive counseling.


Assuntos
Feminino , Humanos , Hormônio Antimülleriano/sangue , Doenças dos Genitais Femininos/sangue , Doenças dos Genitais Femininos/diagnóstico , Valor Preditivo dos Testes
12.
Reprod. clim ; 28(2): 51-56, 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-716834

RESUMO

Objetivo: Menores taxas de gestação em portadoras de endometriose submetidas a técnicas de reprodução assistida podem estar relacionadas à piora da qualidade oocitária. A análise da expressão gênica em células do cumulus (CC) pode fornecer biomarcadores passíveis de predizer a qualidade gamética. O objetivo deste estudo foi comparar os níveis da expressão do gene CYP19A1 em CC de mulheres inférteis com endometriose mínima/leve (I/II) e controles inférteis. Método: Foram selecionadas pacientes com infertilidade por endometriose pélvica inicial e por fator masculino e/ou tubário (grupo controle), submetidas à estimulação ovariana controlada para injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Imediatamente após a captação oocitária, CC foram isoladas e armazenadas. Foi realizada a quantificação da expressão do gene CYP19A1 nas CC por meio de PCR-Real Time. Resultados: Foram isoladas CC de 23 mulheres inférteis com endometriose I/II e de 41 controles. Observou-se expressão significativamente menor do gene CYP19A1 em CC de mulheres inférteis com endometriose I/II (0,56 ± 0,17) quando comparadas às controles (0,15 ± 0,04) (p = 0,043). Conclusões: A menor expressão do gene CYP19A1 em CC de mulheres inférteis com endometriose pélvica em estágios iniciais pode mediar a piora da qualidade oocitária, abrindo novas perspectivas no entendimento da etiopatogênese da infertilidade relacionada à doença.


Objective: Lower pregnancy rate in women with endometriosis submitted to assisted reproductive techniques might be related to poor oocyte quality. The analysis of the expression of the genes in cumulus cells (CC) might provide biomarkers that can predict gamete quality. The main objective of the present study was to compare the levels of the expression of the gene CYP19A1 in CC of infertile women with minimal and mild (I/II) endometriosis and infertile controls. Method: There were selected patients with infertility caused by initial pelvic endometriosis and by male/tubal factor (control group), submitted to controlled ovarian stimulation to ICSI. Immediately after the oocyte retrieval, CC were isolated and stored. Quantification of the expression of the gene CYP19A1 in CC was performed using PCR-real time.Results: CC were isolated from 23 infertile women with endometriosis I/II and 41 from control. Significant lower expression of the gene CYP19A1 in CC was observed in infertile women with endometriosis I/II (0.56 ± 0.17) when compared to control (0.15 ± 0.04) (p = 0,043). Conclusions: The lower expression of the gene CYP19A1 in CC of infertile women with pelvic endometriosis in initial stages might mediate the poor oocyte quality, opening new perspectives on the understanding of the etiopathogenesis of infertility related to the disease.


Assuntos
Humanos , Feminino , Aromatase , Endometriose , Infertilidade Feminina , Oócitos
13.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 34(12): 575-581, dez. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-660900

RESUMO

OBJETIVOS: Comparar as concentrações séricas do hormônio anti- Mülleriano (AMH) no sétimo dia de estimulação ovariana em pacientes boas e más respondedoras. MÉTODOS: Foram incluídas 19 mulheres com idade ≥35 anos, ciclos menstruais regulares e que foram submetidas à estimulação ovariana para reprodução assistida. Foram excluídas mulheres portadoras de endometriose ou síndrome dos ovários policísticos ou aquelas submetidas previamente à cirurgia ovariana. Foram coletadas amostras de sangue periférico no dia basal e no sétimo dia de estimulação para dosagens de AMH, hormônio folículo estimulante (FSH) e estradiol. Os níveis de AMH foram avaliados pelo método de enzimoimunoensaio (ELISA) e os níveis de FSH e estradiol foram avaliados por imunoquimioluminescência. Ao final do ciclo, as pacientes foram classificadas como normo (obtenção de quatro ou mais oócitos durante a captação) ou más respondedoras (obtenção de menos de quatro oócitos ou cancelamento do ciclo por má resposta) e analisadas comparativamente em relação aos níveis hormonais, duração da estimulação ovariana, número de folículos recrutados, embriões produzidos e transferidos através do teste t. A associação entre os níveis de AMH e os parâmetros acima também foi avaliada pelo teste de correlação de Spearman. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre os grupos para os níveis de AMH, FSH e estradiol no dia basal e no sétimo dia de estimulação ovariana, sendo observada correlação significativa entre os níveis de AMH do sétimo dia e a quantidade total de FSH exógeno utilizada (p=0,02). CONCLUSÕES: Os níveis de AMH obtidos no sétimo dia do ciclo de estimulação ovariana não parecem predizer o padrão de resposta ovariana, não sendo recomendadas as suas dosagens para esta finalidade.


PURPOSE: To compare serum anti-Mullerian hormone (AMH) levels on the seventh day of ovarian stimulation between normal and poor responders. METHODS: Nineteen women aged ≥35, presenting with regular menses, submitted to ovarian stimulation for assisted reproduction were included. Women with endometriosis, polycystic ovarian syndrome or those who were previously submitted to ovarian surgery were excluded. On the basal and seventh day of ovarian stimulation, a peripheral blood sample was drawn for the determination of AMH, FSH and estradiol levels. AMH levels were assessed by ELISA and FSH, and estradiol by immunochemiluminescence. At the end of the stimulation cycle patients were classified as normal responders (if four or more oocytes were obtained during oocyte retrieval) or poor responders (if less than four oocytes were obtained during oocyte retrieval or if the cycle was cancelled due to failure of ovulation induction) and comparatively analyzed by the t-test for hormonal levels, length of ovarian stimulation, number of follicles retrieved, and number of produced and transferred embryos. The association between AMH and these parameters was also analyzed by the Spearman correlation test. RESULTS: There was no significant difference between groups for basal or the seventh day as to AMH, FSH and estradiol levels. There was a significant correlation between seventh day AMH levels and the total amount of exogenous FSH used (p=0.02). CONCLUSIONS: AMH levels on the seventh day of the ovarian stimulation cycle do not seem to predict the pattern of ovarian response and their determination is not recommended for this purpose.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Hormônio Antimülleriano/sangue , Indução da Ovulação , Estradiol/sangue , Hormônio Foliculoestimulante/sangue , Valor Preditivo dos Testes , Estudos Prospectivos , Técnicas de Reprodução Assistida , Fatores de Tempo
14.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 34(11): 524-529, nov. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-660892

RESUMO

OBJETIVOS: Avaliar a concordância entre as técnicas de microscopia de polarização e microscopia confocal na avaliação do fuso meiótico de oócitos humanos maturados in vivo. MÉTODOS: Estudo prospectivo que avaliou oócitos com o primeiro corpúsculo polar extruído obtidos de mulheres inférteis submetidas à estimulação ovariana para realização de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Os oócitos com o primeiro corpúsculo polar extruído foram avaliados por meio da microscopia de polarização e, imediatamente após, foram fixados e corados para avaliação dos microtúbulos e cromatina pela microscopia confocal de alto desempenho. Foram comparadas as técnicas de microscopia de polarização e confocal, de acordo com a visualização ou não do fuso meiótico pela microscopia de polarização e a presença ou não de anomalias meióticas à análise pela microscopia confocal. Foram calculados os intervalos de confiança, o índice de Kappa e a concordância entre as metodologias, considerando a análise da microscopia de imunofluorescência como padrão-ouro para avaliação de normalidade do fuso e distribuição cromossômica oocitária. RESULTADOS: Observou-se que 72,7% dos oócitos em metáfase II com fuso celular não visível à polarização apresentaram anormalidades meióticas à análise confocal e que 55,6% dos oócitos em metáfase II com fuso celular visível à polarização apresentaram-se como oócitos anormais à análise confocal. Somente 44,4% dos oócitos com fuso celular visível à polarização apresentaram-se como normais à análise confocal. A concordância entre os métodos foi de 51,1% (Kappa: 0,11; IC95% -0,0958 - 0,319). CONCLUSÕES: A baixa concordância entre a microscopia de polarização e a confocal na avaliação do fuso meiótico oocitário sugere que a visualização do fuso meiótico de oócitos humanos em metáfase II pela microscopia de polarização tem limitado o valor preditivo de normalidade meiótica oocitária.


PURPOSE: To evaluate the concordance between polarization microscopy and confocal microscopy techniques in the evaluation of the meiotic spindle of human oocytes matured in vivo. METHODS: Prospective study that evaluated oocytes with the first polar extruded body obtained from infertile women who had undergone ovarian stimulation for intracytoplasmic sperm injection. The oocytes with the first polar extruded body were evaluated by polarization microscopy and were then immediately fixed and stained for microtubule and chromatin evaluation by high-performance confocal microscopy. We determined the correlation of polarization microscopy with confocal microscopy in the detection of meiotic oocyte anomalies, and we also evaluated the percentage of oocytes with a visible and non-visible cell spindle by polarization microscopy and with meiotic normality and abnormalities by confocal microscopy. Confidence intervals, Kappa's index and concordance between the methodologies were calculated, considering immunofluorescence microscopy analysis as the golden-standard for evaluating normal spindle and oocyte chromosome distribution. RESULTS: We observed that 72.7% of metaphase II oocytes with a nonvisible meiotic spindle by polarization microscopy showed no meiotic abnormalities by confocal analysis and 55.6% of metaphase II oocytes with a visible meiotic spindle by polarization microscopy were found to be abnormal oocytes by the confocal analysis. Only 44.4% of oocytes with a visible meiotic spindle by polarization microscopy were found to be normal by confocal analysis. Concordance between the methods was 51.1% (Kappa: 0.11; 95%CI -0.0958 - 0.319). CONCLUSIONS: The low correlation between polarization microscopy and confocal microscopy in the assessment of oocyte meiotic spindle suggests that visualization of the meiotic spindle of human oocytes at metaphase II by polarization microscopy is not a good indicator of oocyte meiotic normality.


Assuntos
Feminino , Humanos , Gravidez , Indução da Ovulação , Oócitos/ultraestrutura , Fuso Acromático , Microscopia Confocal , Microscopia de Polarização , Estudos Prospectivos
15.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 34(5): 203-208, maio 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-624751

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o estágio de maturação nuclear de oócitos com o primeiro corpúsculo polar (CP) visível de pacientes inférteis submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) e comparar os resultados da injeção intracitoplasmática de espermatozoide entre os oócitos em telófase I (TI) e metáfase II (MII), e entre aqueles em metáfase II com e sem fuso celular visível. MÉTODOS: Estudo prospectivo que incluiu 106 pacientes inférteis submetidas à injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Foram incluídas pacientes com idade menor ou igual a 38 anos, hormônio folículo estimulante (FSH) basal menor que 10 mIU/mL e índice de massa corpórea (IMC) menor que 30 kg/m². Foram excluídas pacientes com doenças sistêmicas, com qualquer infecção ativa, tabagistas ou que fizeram uso de medicações hormonais e anti-inflamatórias hormonais e não hormonais nos últimos dois meses, previamente à programação para o procedimento de reprodução assistida. Os oócitos com extrusão do primeiro corpúsculo polar foram avaliados pela microscopia de polarização, imediatamente antes da realização da injeção intracitoplasmática de espermatozoide, e caracterizados quanto ao estágio de maturação nuclear (telófase I ou metáfase II). Os oócitos em metáfase II foram avaliados de acordo com a presença ou não do fuso meiótico. Foram analisadas as taxas de fertilização, clivagem e o número de embriões de boa qualidade no segundo dia (D2) de desenvolvimento. Os dados foram analisados comparativamente através do teste exato de Fisher. Em todas as análises foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: O fuso meiótico de 516 oócitos foi visualizado através da microscopia de polarização. Dezessete dos 516 oócitos avaliados estavam em telófase I (3,3%) e 499 (96,7%) em metáfase II. Os oócitos injetados em telófase I apresentaram taxas de fertilização significativamente menores do que os injetados em metáfase II (53 e 78%, respectivamente) e não produziram nenhum embrião de boa qualidade no segundo dia. Comparando-se os oócitos com e sem fuso celular visível, não foi observada diferença significativa nos resultados de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. CONCLUSÕES: Oócitos injetados em telófase I apresentaram menores taxas de fertilização quando comparados aos em metáfase II. É possível que a análise do estágio de maturação nuclear oocitária, por meio da microscopia de polarização, possa ser utilizada como fator de predição das taxas de fertilização pós-injeção intracitoplasmática de espermatozoide.


PURPOSE: To evaluate the nuclear maturation stage and the presence of meiotic spindles of in vivo matured oocytes from infertile women undergoing stimulated cycles for intracytoplasmic sperm injection (ICSI) and compare intracytoplasmic sperm injection outcomes between oocytes in telophase I (TI) and metaphase II (MII), and the ones with and without visible meiotic spindle. METHODS: A prospective and controlled study with 106 infertile patients who underwent ovarian stimulation for intracytoplasmic sperm injection purposes. Patients aged 38 years or less, with basal follicle stimulating hormone (FSH) less than 10 mIU/mL and body mass index (BMI) less than 30 kg/m². Were included patients presenting any systemic diseases, any active infection, smokers or patients who had been using hormonal medications and hormonal and nonhormonal anti-inflammatory drugs for the past two months prior to the assisted reproduction procedure were excluded. The oocytes with the first polar body extruded (in vivo matured oocytes) were imaged by polarization microscopy immediately before intracytoplasmic sperm injection and characterized according to nuclear maturation stage (telophase I and metaphase II) and to the presence of a meiotic spindle. We analyzed the fertilization rates, cleavage, number of good quality embryos on the second day (D2) from oocytes on telophase I versus those in metaphase II, and metaphase II visible spindle versus non-visible ones. Data were analyzed comparatively by Fisher's exact test. The level of significance was set at 5% in all analyses (p<0.05). RESULTS: The meiotic spindles of 516 oocytes were imaged using polarization microscopy. From the 516 oocytes analyzed, seventeen were in telophase I (3.3%) and 499 (96.7%) in metaphase II. The oocytes injected in telophase I had significantly lower fertilization rates than those injected in metaphase II (53 and 78%, respectively) and produced no good quality embryos on day 2. When the oocytes with and without a visible meiotic spindle were compared, there was no significant difference in the intracytoplasmic sperm injection results. CONCLUSIONS: Oocytes injected in telophase I showed lower fertilization rates when compared to those in metaphase II. It is possible that the analysis of oocyte nuclear maturation by polarization microscopy can be used as a predictor of fertilization after intracytoplasmic sperm injection.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Oócitos/citologia , Técnicas de Reprodução Assistida , Técnicas de Maturação in Vitro de Oócitos , Injeções , Estudos Prospectivos , Injeções de Esperma Intracitoplásmicas , Telófase
16.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 34(1): 4-10, jan. 2012. ilus, graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-614792

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de síndrome metabólica e dos seus critérios definidores em mulheres com síndrome dos ovários policísticos do Sudeste brasileiro, estratificadas de acordo com o índice de massa corpóreo e comparadas com controles ovulatórias. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 332 mulheres em idade reprodutiva, que foram divididas em dois grupo: Controle, constituído por 186 mulheres com ciclos menstruais regulares, sintomas ovulatórios e sem diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos ou outra anovulação crônica; e Síndrome dos ovários policísticos, composto por 146 mulheres com o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos - Consenso de Rotterdam ASRM/ESHRE. Cada um destes grupos foi estratificado de acordo com o índice de massa corpóreo (<25 ≥ 25 e < 30 e ≥ 30 kg/m²). Foram analisadas as frequências da síndrome metabólica e de seus critérios definidores, características clínicas e hormonais (hormônio folículo estimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona). RESULTADOS: A frequência da síndrome metabólica foi seis vezes maior no Grupo Síndrome dos ovários policísticos obesa em relação às mulheres controles de mesmo índice de massa corpóreo (Controle com 10,5 versus Síndrome dos ovários policísticos com 67,9 por cento, p<0,01). Essa frequência foi duas vezes mais elevada entre as mulheres do Grupo Síndrome dos ovários policísticos com índice de massa corpóreo ≥ 25 e <30 kg/m² (Controle com 13,2 versus Síndrome dos ovários policísticos com 22,7 por cento, p<0,01) e três vezes maior em portadoras de síndrome dos ovários policísticos com índice de massa corpóreo < 25 kg/m² (Controle com 7,9 versus Síndrome dos ovários policísticos com 2,5 por cento, p<0,01), em relação às mulheres controles pareadas para o mesmo índice de massa corpóreo. Independente do índice de massa corpóreo, as mulheres com síndrome dos ovários policísticos apresentaram maior frequência dos critérios definidores da síndrome metabólica. CONCLUSÃO: Mulheres com síndrome dos ovários policísticos apresentam maior frequência de síndrome metabólica e de seus critérios definidores, independentemente do índice de massa corpóreo. A hiperinsulinemia e o hiperandrogenismo são características importantes na origem destas alterações em mulheres na terceira década de vida com síndrome dos ovários policísticos.


PURPOSE: To assess the prevalence of metabolic syndrome and of its defining criteria in women with polycystic ovary syndrome from the Brazilian Southeast, who were stratified according to body mass index and compared to ovulatory controls. METHODS: This was a cross-sectional study conducted on 332 women of reproductive age, who were divided into two groups: Control, consisting of 186 women with regular menstrual cycles and ovulatory symptoms and without a diagnosis of polycystic ovary syndrome or other type of chronic anovulation, and the Polycystic ovary syndrome,Group, consisting of 146 women with a diagnosis of polycystic ovary syndrome (Rotterdam Consensus ASRM/ESHRE). Each group was stratified according to the body mass index, as follows: body mass index ( < 25 ≥25 and <30, and ≥ 30 kg/m²). The frequencies of metabolic syndrome and of its defining criteria and the clinical and hormonal characteristics (follicle stimulating hormone, total testosterone, dehydroepiandrostenedione sulfate) were analyzed. RESULTS: The frequency of metabolic syndrome was six times higher in the obese Polycystic ovary syndrome Group than among control women with the same body mass index (Control with 10.5 versus Polycystic ovary syndrome with 67.9 percent, p<0.01); twice higher in the Polycystic ovary syndrome Group with body mass index ≥ 25 and <30 kg/m² (Control with 13.2 versus Polycystic ovary syndrome with 22.7 percent, p<0.01), and three times higher in the Polycystic ovary syndrome Group with body mass index <25 kg/m² (Control with 7.9 versus Polycystic ovary syndrome with 2.5 percent, p<0.01), compared to control women paired for the same body mass index. Regardless of the body mass index, women with polycystic ovary syndrome had a higher frequency of all the criteria defining metabolic syndrome. CONCLUSION: Women with polycystic ovary syndrome have higher frequency of metabolic syndrome and of its defining criteria regardless of the body mass index. Hyperinsulinemia and hyperandrogenism are important characteristics of the origin of these alterations, especially in obese women with polycystic ovary syndrome.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Adulto Jovem , Índice de Massa Corporal , Síndrome Metabólica/epidemiologia , Síndrome Metabólica/etiologia , Síndrome do Ovário Policístico/complicações , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Prevalência
17.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 33(6): 310-316, June 2011. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-597044

RESUMO

OBJETIVO: Comparar as características metabólicas de mulheres jovens do sudeste brasileiro, obesas e não obesas com síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 218 mulheres de idade reprodutiva com diagnóstico de SOP - 90 mulheres não obesas (IMC entre 18,5 e 29,9 kg/m²) e 128 pacientes obesas (IMC >30 kg/m²), selecionadas no momento do diagnóstico. Foram comparadas as frequências de resistência insulínica (RI), intolerância à glicose (IG), síndrome metabólica (MetS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e os valores médios de colesterol total (CT), triglicérides (TG), lipoproteínas de alta (LDL) e baixa densidade (HDL), entre as pacientes obesas e não obesas com SOP. Foram comparadas também as características clínicas e hormonais (hormônio folículo estimulante, luteinizante, prolactina, hormônio tireoestimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona e 17-hidroxiprogesterona) nos dois grupos. A análise estatística foi realizada com o auxílio do software SAS 9.0. Para análise das variáveis com distribuição normal, utilizou-se o teste t de Student não pareado; na ausência desta característica, o teste utilizado foi Mann-Whitney bicaudal. Para as variáveis qualitativas utilizou-se o teste Exato de Fisher. Em todas as análises, foi considerado o nível de significância de 5 por cento (p<0,05). RESULTADOS: As frequências de RI, IG e MetS foram significativamente mais elevadas em pacientes com SOP obesas do que não obesas (66,7, 29,9 e 63 por cento versus 24,7, 12,2 e 16.4 por cento, respectivamente). As pacientes obesas apresentaram maiores níveis de CT e TG (189,8±35.8 mg/dL e 145.4±71.1 mg/dL, respectivamente) do que as não obesas (172,1±38.4 mg/dL e 99,3±54 mg/dL, respectivamente). Ambos os grupos apresentaram níveis médios de HDL abaixo de 50 mg/dL...


PURPOSE: To compare the metabolic characteristics of obese and non-obese young women with polycystic ovary syndrome (POS) from the Brazilian Southeast. METHODS: This was a cross-sectional study conducted on 218 women of reproductive age with a diagnosis of POS - 90 non-obese women (BMI between 18.5 and 29.9 kg/m²), and 128 obese patients (BMI >30 kg/m²) selected at the time of diagnosis. The frequency of insulin resistance (IR), glucose intolerance (GI), metabolic syndrome (MetS) and type 2 diabetes mellitus (DM2) and mean values of total cholesterol (TC), triglycerides (TG), high-density (HDL) and low-density lipoproteins (LDL), were compared between obese and non-obese patients with POS. The two groups were also compared in terms of clinical and hormonal characteristics (follicle stimulating hormone, prolactin, thyroid stimulating hormone, total testosterone, dihydroepiandrostenedione sulfate, and 17-hydroxyprogesterone). Statistical analysis was performed using the SAS 9.0 software. Quantitative variables were compared by the Studentïs t-test (data with normal distribution) or by the Mann-Whitney test (non-parametric distribution). Qualitative variables were compared by the Fisher test. The level of significance was set at 5 percent (p<0.05) in all analyses. RESULTS: The frequency of IR, GI and MetS was significantly higher in obese than non-obese patients with POS (66.7, 29.9, and 63 percent versus 24.7, 12.2, and 16.4 percent, respectively). Obese patients had higher TC and TG levels (189.8±35.8 mg/dL and 145.4±71.1 mg/dL, respectively) than non-obese patients (172.1±38.4 mg/dL and 99.3±54 mg/dL, respectively). Both groups had mean HDL levels below 50 mg/dL...


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Dislipidemias , Resistência à Insulina , Obesidade , Síndrome do Ovário Policístico
18.
Reprod. clim ; 26(2): 57-61, 2011. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-654622

RESUMO

Objective: To evaluate the presence/localization of meiotic spindles of in vivo matured oocytes from infertile women with and without endometriosis undergoing stimulated cycles for intracytoplasmic sperm injection. Methods: Meiotic spindles of oocytes with the first polar body extruded were imaged using polarization microscopy immediately before the intracytoplasmic sperm injection. Results: We analyzed 326 oocytes (79 from endometriosis stages minimal/mild, 51 from endometriosis stages moderate/severe – III/IV, and 196 from the Control Group). No significant differences were seen in the percentage of oocytes in metaphase II with visible and nonvisible spindles and in the spindle localization among the groups. Conclusions: We can conclude from this study that noninvasive analysis of spindles from in vivo matured oocytes of infertile patients with endometriosis did not demonstrate significant differences in terms of the nuclear maturation stage, the percentage of oocytes in metaphase II with visible spindles, and the spindle localization when compared to control group.


Objetivo: Avaliar a presença e localização do fuso celular meiótico de oócitos maturados in vivo de mulheres inférteis, com e sem endometriose, submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Métodos: Os fusos meióticos de oócitos com o primeiro corpúsculo polar visível foram analisados por microscopia de polarização imediatamente antes da injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Resultados: Foram analisados 326 oócitos (79 de mulheres com endometriose estágios I/II, 51 de portadoras de endometriose III/IV e 196 do Grupo Controle). Não houve diferença significativa entre os grupos tanto na porcentagem de oócitos em metáfase II com fuso celular visível e não visível,como na localização do fuso celular. Conclusões: A análise não-invasiva dos fusos celulares de oócitos maduros de mulheres inférteis com endometriose pélvica não demonstrou diferença significativa em termos de percentagem de oócitos em metáfase II, com fuso visível e não-visível enas diferentes localizações, quando comparados ao Grupo Controle.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Endometriose , Infertilidade , Injeções de Esperma Intracitoplásmicas/métodos , Oócitos , Microscopia de Polarização/métodos , Estudos Retrospectivos
19.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 32(6): 279-285, jun. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-560719

RESUMO

OBJETIVO: comparar marcadores séricos de estresse oxidativo entre pacientes inférteis com e sem endometriose e avaliar a associação destes marcadores com o estadiamento da doença. MÉTODOS: estudo prospectivo envolvendo a inclusão consecutiva de 112 pacientes inférteis, não-obesas, com idade inferior a 39 anos, divididas em dois grupos: Endometriose (n=48, sendo 26 com endometriose mínima e leve - Estádio I/II e 22 com endometriose moderada e grave - Estádio III/IV) e Controle (n=64, com fator tubário e/ou masculino de infertilidade). Durante a fase folicular precoce do ciclo menstrual, foram coletadas amostras sanguíneas para análise dos níveis séricos de malondialdeído, glutationa e níveis totais de hidroperóxidos, por espectrofotometria e vitamina E, por cromatografia líquida de alto desempenho. Os resultados obtidos foram comparados da seguinte forma: os grupos endometriose versus controle; endometriose estádio I/II e controle, endometriose estádio III/IV e controle e entre os dois subgrupos de endometriose. Em todas as análises, foi considerado o nível de significância de 5 por cento (p<0,05). RESULTADOS: os níveis de vitamina E e glutationa foram mais baixos no soro de mulheres inférteis com endometriose moderada/grave (21,7±6,0 µMol/L e 159,6±77,2 nMol/g proteína, respectivamente) quando comparadas a mulheres com endometriose mínima e leve (28,3±14,4 µMol/L e 199,6±56,1 nMol/g proteína, respectivamente). Os níveis totais de hidroperóxidos foram significativamente mais elevados no grupo endometriose (8,9±1,8 µMol/g proteína) em relação ao Grupo Controle (8,0±2 µMol/g proteína) e nas portadoras de doença III/IV (9,7±2,3 µMol/g proteína) em relação à I/II (8,2±1,0 µMol/g proteína). Não se observou diferença significativa nos níveis séricos de malondialdeído entre os diversos grupos. CONCLUSÕES: foi evidenciada uma associação positiva entre infertilidade relacionada à endometriose, avanço do estadiamento da doença e aumento dos níveis séricos de hidroperóxidos, sugerindo aumento da produção de espécies reativas em portadoras de endometriose. Esses dados, associados à redução dos níveis séricos de vitamina E e glutationa, sugerem a ocorrência de estresse oxidativo sistêmico em portadoras de infertilidade associada à endometriose.


PURPOSE: to compare serum markers of oxidative stress between infertile patients with and without endometriosis and to assess the association of these markers with disease staging. METHODS: this was a prospective study conducted on 112 consecutive infertile, non-obese patients younger than 39 years, divided into two groups: Endometriosis (n=48, 26 with minimal and mild endometriosis - Stage I/II, and 22 with moderate and severe endometriosis - Stage III/IV) and Control (n=64, with tubal and/or male factor infertility). Blood samples were collected during the early follicular phase of the menstrual cycle for the analysis of serum malondialdehyde, glutathione and total hydroxyperoxide levels by spectrophotometry and of vitamin E by high performance liquid chromatography. The results were compared between the endometriosis and control groups, stage I/II endometriosis and control, stage III/IV endometriosis and control, and between the two endometriosis subgroups. The level of significance was set at 5 percent (p<0.05) in all analyses. RESULTS: vitamin E and glutathione levels were lower in the serum of infertile women with moderate/severe endometriosis (21.7±6.0 mMol/L and 159.6±77.2 nMol/g protein, respectively) compared to women with minimal and mild endometriosis (28.3±14.4 mMol/L and 199.6±56.1 nMol/g protein, respectively). Total hydroxyperoxide levels were significantly higher in the endometriosis group (8.9±1.8 µMol/g protein) than in the Control Group (8.0±2 µMol/g protein) and among patients with stage III/IV disease (9.7±2.3 µMol/g protein) compared to patients with stage I/II disease (8.2±1.0 µMol/g protein). No significant differences in serum malondialdehyde levels were observed between groups. CONCLUSIONS: we demonstrated a positive association between infertility related to endometriosis, advanced disease stage and increased serum hydroxyperoxide levels, suggesting an increased production of reactive species in women with endometriosis. These data, taken together with the reduction of serum vitamin E and glutathione levels, suggest the occurrence of systemic oxidative stress in women with infertility associated with endometriosis. The reproductive and metabolic implications of oxidative stress should be assessed in future studies.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Endometriose/metabolismo , Infertilidade Feminina/metabolismo , Estresse Oxidativo , Biomarcadores/sangue , Endometriose/sangue , Endometriose/complicações , Infertilidade Feminina/sangue , Infertilidade Feminina/complicações , Estudos Prospectivos
20.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 32(3): 118-125, mar. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-547537

RESUMO

Objetivo: comparar os níveis séricos de cinco marcadores de estresse oxidativo e os resultados de reprodução assistida (RA), entre pacientes com infertilidade por fator tubário e/ou masculino e portadoras de síndrome dos ovários policísticos (SOP). Métodos: foram inclusos 70 pacientes, sendo 58 com infertilidade por fator tubário e/ou masculino e 12 com SOP, que foram submetidas à estimulação ovariana controlada para realização de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). A coleta de sangue foi realizada entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual, no mês anterior à realização da estimulação ovariana. Foram analisados os níveis de malondialdeído, hidroperóxidos, produtos de oxidação proteica, glutationa e vitamina E, pela leitura da absorbância em espectrofotômetro e por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Para a análise estatística, utilizou-se o teste t de Student e o teste exato de Fisher. Resultados: entre as pacientes com SOP, foi constatado maior índice de massa corporal, volume ovariano e número de folículos antrais e uma menor dose total utilizada de hormônio folículo estimulante. Não observamos diferença em relação à resposta à estimulação ovariana, aos resultados de RA e aos níveis séricos de malondialdeído, hidroperóxidos, produtos de oxidação proteica, glutationa e vitamina E entre os grupos. Conclusões: no estudo não evidenciamos diferença entre os níveis séricos de marcadores de estresse oxidativo, nem nos resultados de RA, comparando pacientes inférteis não-obesas com SOP e controles. Estes dados sugerem que, neste subgrupo específico de portadoras de SOP, os resultados de RA não estejam comprometidos. Todavia, as interpretações acerca da ação do estresse oxidativo sobre os resultados de RA ainda não estão claras e as implicações reprodutivas do estresse oxidativo precisam ser mais bem avaliadas.


Purpose: to compare the serum levels of five markers of oxidative stress and assisted reproduction (AR) outcomes among infertile patients, with tubal and/or male factor and with polycystic ovary syndrome (PCOS). Methods: 70 patients were included, 58 with tubal and/or male factor infertility and 12 with PCOS, who underwent controlled ovarian stimulation to perform intracytoplasmic sperm injection (ICSI). A blood sample was collected between the third and fifth day of the menstrual cycle in the month prior to ovarian stimulation. We analyzed the levels of malondialdehyde, hydroperoxides, protein oxidation products, glutathione and vitamin E, by reading the absorbance with a spectrophotometer and by high performance liquid chromatography (HPLC). Data were analyzed statistically by the Student's t-test and Fisher's exact test. Results: significant increases in the body mass index, ovarian volume and number of antral follicles were observed in PCOS patients, as well as the use of a lower total dose of follicle stimulating hormone for these patients. There were no differences in the response to ovarian stimulation, in the results of AR or serum levels of malondialdehyde, hydroperoxides, advanced oxidation protein products, glutathione and vitamin E between groups. Conclusions: the present data did not demonstrate a difference in the levels of serum markers of oxidative stress or in AR results when comparing non-obese infertile patients with PCOS and controls. These data suggest that the results of AR may not be compromised in this specific subgroup of patients with PCOS. However, interpretations of the action of oxidative stress on the results of AR are still not clear and the reproductive implications of oxidative stress need to be better evaluated.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Infertilidade Feminina/sangue , Estresse Oxidativo , Síndrome do Ovário Policístico/sangue , Técnicas de Reprodução Assistida , Biomarcadores/sangue , Infertilidade Feminina/metabolismo , Estudos Prospectivos , Síndrome do Ovário Policístico/metabolismo
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