RESUMO
Objetivo: avaliar a influência do tamoxifeno no aspecto histeroscópico e histopatológico do endométrio de pacientes com câncer de mama na pós-menopausa, por meio da histeroscopia. Método: estudaram-se, prospectivamente, 46 pacientes, das quais 20 utilizaram a droga por período médio de 12 meses. Efetuou-se, antes e após o tratamento pelo fármaco, a histeroscopia associada à biópsia endometrial. Resultados: a taxa de endométrio ativo, antes e após a hormonioterapia adjuvante com tamoxifeno näo aumentou a taxa de atividade proliferativa endometrial em pacientes com câncer de mama na pós-menopausa. Observaram-se numerosas vesículas disseminadas por toda a cavidade uterina e isso constituiu o aspecto histeroscópico mais usual, talvez devido à atrofia cística do endométrio
Assuntos
Humanos , Feminino , Neoplasias da Mama , Climatério , Endométrio/patologia , Histeroscopia , Tamoxifeno/uso terapêutico , BiópsiaRESUMO
O carcinoma de mama na paciente idosa apresenta crescente incidência e, ao contrário das jovens, aumento nos índices de mortalidade. Estudou-se 72 pacientes com idade superior a 65 anos, tratadas no Setor de Mastologia da Disciplina de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina, de janeiro de 1990 a janeiro de 1994. O diagnóstico foi tardio em 62 por cento das pacientes e o comprometimento linfonodal axilar foi de 51,7 por cento. A mastectomia com linfadenectomia foi a cirurgia de escolha com mortalidade inferior a 1 por cento e controle loco-regional em 40 meses de 93,7 por cento. Indicou-se a radioterapia apenas como complemento da quadrantectomia ou de casos avançados. No tratamento sistêmico empregou-se, preferencialmente, tamoxifeno (20 mg/dia) por tempo mínimo de 24 meses. Os autores ressaltam ainda a importância do rastreamento da neoplasia endometrial nessas pacientes. A quimioterapia ficou restrita a pacientes em bom estado geral com tumores inoperáveis e hormônio resistentes.