RESUMO
A figura do pai representa, quando preservado e criativo, a ponderação e atualização da presença materna, servindo para fortalecer o vínculo emocional. É ainda, na criação do espaço de percepção, uma figura de transicionalidade que pode dar coesão e continuidade desde o berço, onde sua sombra já se faz sentir para a cultura, constituindo-se no paradgma completo da figura do amigo e do senso de companhia adulta e responsável. Quando possível, a boa figura paterna introjetada ajuda no estabelecimento de parceria com os analisandos, para os quais o analista é um inestimável companheiro de caminhada. Fatos clínicos são empregados para ilustrar como os pacientes vêem os analistas como pessoas que podem dar conta do olhar paterno, o qual não é de fusão ou de incesto, mas responde a necessidade de ampliar o apoio e a proteção para um desenvolvimento pleno, arcando com o peso de suas dificuldades e escolhas. Psicologicamente, parece ser possível e pertinente traçar traçar um paralelo com a condição genética, apontando, assim, para uma invariante ontológica, algo de natureza também não sensorial. O embrião é acalentado pelo cuidado materno desde o início, porém é o cromossomo paterno, X ou Y, que traduz sua potência quanto ao gênero do bebê
Assuntos
Humanos , Adulto , Feminino , Masculino , Psicanálise , Transferência PsicológicaRESUMO
Este trabalho pretende responder à indagação da possibilidade de executar um trabalho com enfoque psicanalítico em uma instituição hospitalar, sobretudo por se propor a seguir a metodologia de estudo de caso. Os autores investigaram casos clínicos avaliados e tratados por um psiquiatra com formação psicanalítica, à luz do uso da contribuição do instrumental teórico da psicanálise. Conclui-se que o enfoque psicanalítico escolhido (winnicottiano) é útil para a compreensão mais aprofundada dos casos estudados, revelando-se importante contribuição para o manejo clínico dos casos e como relevante instrumento, considerando-se a Propedêutica Clínica