RESUMO
Animais presentes em zoológicos frequentemente necessitam de captura e anestesia para a realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos. A anestesia total intravenosa apresenta vantagens como redução do estresse cirúrgico e menor depressão cardiovascular e respiratória. Entretanto, ainda são escassas as pesquisas dedicadas dentro deste contexto. Nesse sentido, o objetivo deste relato foi avaliar o protocolo anestésico empregado, visando um procedimento seguro e passível de reversão para a espécie silvestre selecionada. Acompanhou-se a anestesia de um leão (Panthera leo), macho, adulto, proveniente do Zoológico Municipal de Curitiba, submetido a procedimento endodôntico. A medicação pré-anestésica constituiu-se de dexmedetomidina (6 µg/kg), metadona (0,2 mg/kg), midazolam (0,1 mg/kg) e tiletamina-zolazepam (1,2 mg/kg). A indução foi realizada com propofol (1,5 mg/kg) e o animal foi intubado. Visando promover analgesia local, foi realizado bloqueio infraorbitário esquerdo com 5 mL de lidocaína a 2%. A manutenção foi realizada por meio do fornecimento de propofol (0,02-0,1 mg/kg/h), dexmedetomidina (0,5 µg/kg/h) e remifentanil (5 µg/kg/h). O paciente apresentou sedação profunda e foi mantido em plano anestésico cirúrgico; todos os parâmetros fisiológicos monitorados permaneceram estáveis durante todo o procedimento. Após 55 minutos de anestesia o paciente apresentava sustentação espontânea da cabeça, quando foi novamente transportado ao zoológico para soltura no recinto. A ambulação foi considerada normal pelos observadores no zoológico seis horas após a anestesia. Pôde-se concluir que o protocolo realizado se mostrou tanto eficaz quanto seguro para a referida espécie encaminhada ao procedimento em questão.
Zoo animals often require capture and anesthesia in order to undergo clinical and surgical procedures. Total intravenous anesthesia has advantages such as reduced surgical stress and less cardiovascular and respiratory depression. However, specific research on this matter is still scarce. Therefore, the present report aims to evaluate the anesthetic protocol employed, seeking a safe and reversible procedure for the selected wild species. A male adult lion (Panthera leo), from the Zoológico Municipal de Curitiba, was subjected to an endodontic anesthesia, under close monitoring. The pre-anesthetic medication consisted of dexmedetomidine (6 µg/kg), methadone (0.2 mg/kg), midazolam (0.1 mg/kg) and tiletamine-zolazepam (12 mg/kg). Induction was performed with propofol (1 mg/kg) and the animal was intubated. In order to promote local analgesia, a left infraorbital block was implemented with 5 mL of 2% lidocaine. Maintenance was undertaken by supplying propofol (0.02-0.1 mg/kg/min), dexmedetomidine (0.5 µg/kg/h) and remifentanil (5 µg/kg/h). The patient exhibited deep sedation and followed the surgical anesthetic plan; all the monitored physiological parameters remained stable throughout the procedure. After 55 minutes of anesthesia the patient showed spontaneous head support, when it was transported back to the zoo. The ambulation was considered normal by the zoo observers 6 hours after the anesthesia. It was concluded that the protocol was both effective and safe for the referred species undergone the procedure reported.
Assuntos
Animais , Medicação Pré-Anestésica , Tiletamina , Zolazepam , Propofol , Dexmedetomidina , Analgesia , Anestesia , Anestesia Intravenosa , Anestésicos , Animais de ZoológicoRESUMO
Avaliaram-se os efeitos do fornecimento de diferentes frações inspiradas de oxigênio (FiO2) sobre os parâmetros hemodinâmicos em cães submetidos à infusão contínua de propofol e mantidos em ventilação espontânea. Foram utilizados oito cães, os quais foram empregados em cinco grupos com diferentes FiO2, G100 (FiO2 = 1), G80 (FiO2 = 0,8), G60 (FiO2 = 0,6), G40 (FiO2 = 0,4) e G20 (FiO2 = 0,21), respeitando-se um intervalo de dez dias entre cada procedimento anestésico. Os animais foram induzidos e mantidos sob anestesia com propofol na dose de 0,7mg kg-1 min-1 e, após a intubação orotraqueal, iniciou-se o fornecimento de oxigênio conforme a FiO2 determinada para cada grupo. As primeiras mensurações, da freqüência cardíaca (FC), das pressões arteriais sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM), da resistência vascular periférica e pulmonar (RPT e RPV), do débito cardíaco (DC); da pressão venosa central (PVC), da pressão média da artéria pulmonar (PMAP), da pressão média capilar pulmonar (PMCP), da pressão parcial de oxigênio (PaO2) e do dióxido de carbono (PaCO2) no sangue arterial, foram efetuadas 30 minutos após o início da infusão do anestésico (M0), seguidas de intervalos de 15 minutos (M15, M30, M45 e M60). Os dados numéricos obtidos foram submetidos à Análise de Variância, seguida pelo teste Tukey (P<0,05). Os parâmetros hemodinâmicos não apresentaram diferenças significativas ao longo do tempo e entre os grupos. Os resultados obtidos permitiram concluir que as variáveis hemodinâmicas não são afetadas pelo emprego de diferentes FiO2.
The effects of several inspired oxygen fractions (FiO2) in hemodynamics parameters in spontaneously breathing dogs submitted to continuous infusion of propofol were evaluated. Eight adult mongrel dogs were studied and the animals underwent five anesthesias. In each procedure the patient was submitted to a different FiO2, thereby resulting in five groups, namely: G100 (FiO2 = 1), G80 (FiO2 = 0.8), G60 (FiO2 =0.6), G40 (FiO2 = 0.4), and G20 (FiO2 = 0.21). The dose of propofol was sufficient to abolish protector reflex and ensure endotracheal intubation, followed by immediate continuous infusion of that drug (0.7mg kg-1 min-1). The initial measurement (M0) of heart rate (HR); systolic (SAP), diastolic (DAP) and mean pressure (MAP), systemic (SVR) and pulmoary vascular resistance (PVR), cardiac output (CO); central venous pressures (CVP); mean pulmonary pressure (MPAP); pulmonary capillary wedge pressure (PCWP), arterial partial pressure of oxygen (PaO2) and carbon dioxide (PaCO2) were recorded thirty minutes after the beginning of propofol infusion. Additional recordings were performed at each 15-minute interval during 60 minutes (M15, M30, M45, and M60). Numeric data were submitted to Analysis of Variance followed by Tukey Test (P<0.05). Significant values of hemodynamic parameters were not recorded neither during the experiment period nor among the groups. In conclusion, different FiO2 does not impair hemodynamic parameters.
Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Cães , Anestesia/veterinária , Nível de Oxigênio , Propofol/administração & dosagem , Propofol/uso terapêuticoRESUMO
Este experimento teve por objetivos avaliar as possíveis alterações cardiopulmonares e hemogasométricas decorrentes do uso do butorfanol em cães submetidos à anestesia pelo desfluorano sob ventilação espontânea. Para tal, foram utilizados vinte cães adultos, clinicamente saudáveis, pesando 12±3kg. Os animais foram distribuídos igualmente em dois grupos, GS e GB, e induzidos à anestesia com propofol (8,4±0,8mg kg-1, IV), intubados e submetidos à anestesia inalatória pelo desfluorano (10V por cento). Decorridos 40 minutos da indução, foi administrado aos animais do GS 0,05mL kg-1 de solução fisiológica a 0,9 por cento (salina), enquanto que, no GB, foi aplicado butorfanol na dose de 0,4mg kg-1, ambos pela via intramuscular. As observações das variáveis freqüências cardíaca (FC) e respiratória (f), pressões arteriais sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), pH arterial (pH), pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2), pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial (PaCO2), déficit de base (DB), bicarbonato (HCO3) e saturação de oxigênio na hemoglobina (SatO2) tiveram início imediatamente antes da aplicação do opióide ou salina (M0). Novas mensurações foram realizadas 15 minutos após a administração do butorfanol ou salina (M15) e as demais colheitas foram realizadas a intervalos de 15 minutos, por um período de 60 minutos (M30, M45, M60 e M75). Os dados numéricos dessas variáveis foram submetidos à Análise de Perfil (P<0,05). A freqüência cardíaca apresentou alteração no GB, com média de M0 maior que as demais. As PAS, PAD e PAM, assim como a f e o pH, apresentaram valores menores após a administração do opióide no GB, em comparação ao GS. A PaO2 apresentou discretas alterações, entretanto sem significado clínico, enquanto que a PaCO2 e o DB apresentaram valores de M0 menores que os demais após a aplicação do butorfanol. Os resultados obtidos permitem concluir que a administração do butorfanol em...
The cardiopulmonary and acid-base effects of butorphanol in desflurane anesthetized dogs breathing spontaneously were evaluated. Twenty adult healthy, male and female dogs were used. They were separated into two groups of 10 animals each (GS and GB). Anesthesia was induced with propofol (8.4±0.8mg kg-1 IV) and maintained with desflurane (10V percent). After 40 minutes of induction, the animals from GS received saline solution at 0.9 percent (0.05mL kg-1) and from GB received butorphanol (0.4mg kg-1), both applied intramuscularly. Heart (HR) and respiratory (RR) rates; systolic (SAP), diastolic (DAP) and mean (MAP) arterial pressures; arterial blood pH (pH), arterial partial pressure of O2 (PaO2) and arterial partial pressure of CO2 (PaCO2); base deficit (BD), arterial oxygen saturation (SaO2) and bicarbonate ion concentration (HCO3) were measured. The measurements were taken immediately before the application of the agents (M0). Serial measurements were carried out at 15 minutes intervals after the administration of butorphanol or saline up to 75 minutes (M15, M30, M45, M60 and M75). Data were submitted to Profile Analysis (P<0.05). After butorphanol administration HR, SAP, DAP and MAP decreased significantly. PaO2 had discreet alterations, however without clinical meaning. RR and pH decreased after butorphanol administration while PaCO2 increased significantly. It was possible to conclude that butorphanol administration in desflurane anesthetized dogs produced reduction in the averages of heart rate and arterial pressure and relatively to the respiratory parameters, the opioid produced hypoventilation in spontaneously breathing dogs.
RESUMO
Avaliaram-se os efeitos do fornecimento de diferentes fraçõesinspiradas de oxigênio (FiO2) sobre a dinâmica respiratória em cãessubmetidos a infusão contínua de propofol e mantidos em ventilaçãoespontânea. Oito cães foram submetidos a cinco anestesiasdiferenciando uma da outra pela FiO2 fornecida. Formaram-se cincogrupos denominados G100 (FiO2 = 1), G80 (FiO2 = 0,8), G60 (FiO2 = 0,6), G40 (FiO2 = 0,4) e G20 (FiO2 = 0,21). Os animais foraminduzidos à anestesia com propofol na dose necessária para intubação,e ato contínuo iniciou-se a infusão do fármaco e o fornecimento deoxigênio conforme a FiO2 determinada para cada grupo. As primeirasmensurações foram efetuadas 30 minutos após o início da infusãodo anestésico (M0), em seguida em intervalos de 15 minutos (M15,M30, M45 e M60). Os dados numéricos obtidos foram submetidosa Análise de Variância, seguida pelo teste Tukey (p<0,05). Os valoresregistrados de saturação de oxihemoglobina (SpO2) e SaO2 foramsignificativamente menores para G20, enquanto que a pressão parcialde oxigênio no sangue arterial (PaO2) variou conforme a fração deoxigênio fornecida. Para a pressão parcial de dióxido de carbono nosangue arterial (PaCO2) foram registradas diferenças em M30, no qualG100 apresentou médias superiores a G20. Conclui-se que ofornecimento de oxigênio a 100%, 80% e 21% devem ser evitados,pois proporciona prejuízos significativos ao sistema respiratório decães anestesiados com infusão contínua de propofol na dose de 0,7mg/kg/min sob ventilação espontânea.
Assuntos
Animais , Cães , Oxigênio/efeitos adversos , Propofol/administração & dosagem , Ventilação PulmonarRESUMO
Objetivou-se com este experimento avaliar os efeitos do butorfanol precedido ou não pela levomepromazina sobre a freqüência cardíaca (FC), as pressões arteriais sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM, respectivamente), a freqüência respiratória (f), a concentração de dióxido de carbono ao final da expiração (ETCO2), a saturação da oxihemoglobina (SpO2), o volume corrente (VC) e o volume minuto (VM), em cães. Para tal, foram empregados vinte animais adultos, clinicamente saudáveis, distribuídos igualmente em dois grupos (GC e GL). Ao GC administrou-se solução salina a 0,9 por cento (Controle), no volume de 0,2mL kg-1, pela via intravenosa (IV). Decorridos 15 minutos, administrou-se butorfanol na dose de 0,3mg kg-1 pela mesma via. Aos animais do GL foi adotada a mesma metodologia, porém substituindo-se a solução salina pela levomepromazina na dose de 1mg kg-1. As medidas das variáveis cardiorrespiratórias iniciaram-se imediatamente antes da aplicação dos fármacos (M1). Novas mensurações foram realizadas 15 minutos após a administração da solução salina a 0,9 por cento ou levomepromazina (M2) e 10 minutos após a administração de butorfanol (M3). As demais colheitas foram realizadas a intervalos de 10 minutos, durante 30 minutos (M4, M5 e M6, respectivamente). Os dados numéricos colhidos foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA), seguida pelo teste de Tukey (p<0,05) para as comparações das médias. O emprego do butorfanol promoveu diminuição significativa das freqüências cardíaca e respiratória e do volume minuto no grupo previamente tratado pela levomepromazina; entretanto, essas alterações foram discretas, não comprometendo os demais parâmetros circulatórios e respiratórios.
This work was aimed at evaluating the effects of the butorphanol in dogs preceded or not buy levomepromazine on heart rate (HR), systolic, diastolic and mean arterial pressure (SAP, DAP and MAP, respectively), respiratory rate (RR), end tidal CO2 (ETCO2), oxyhemoglobin saturation (SpO2), minute volume (MV) and tidal volume (TV). Twenty adult animals, clinically health were randomly distributed in two groups with ten animals each one (CG and LG). The first one received intravenous administration (IV) of 0.2mL kg-1 of saline solution at 0.9 percent (control). After 15 minutes, 0.3mg kg-1 of butorphanol was administrated by the same way. The same methodology was adopted to the GL animals, however, the saline solution at 0.9 percent was substituted to 1mg kg-1 of levomepromazine. The cardiorespiratory parameters were measured before the administration of the drugs (M1). New measurements were carried 15 minutes after saline or levomepromazine administration (M2), and 10 minutes after butorphanol administration (M3). The next M4, M5 and M6 were carried out through at intervals of 10 minutes during 30 minutes. The numeric data were submitted to the Analysis of Variance (ANOVA) followed by Tukey test (p<0.05) for the comparisons of the averages. The butorfanol promoted significative decreasing on cardiac and respiratory rate and reduction on minute volume after administration of levomepromazine. However these changes were discreet and did not produce depression on other circulatory and breathing parameters.
RESUMO
Estudaram-se possíveis alterações cardiovasculares e respiratórias provocadas pelo desfluorano associado ou não ao Np.Para tal, utilizaram-se 30 cães adultos, machos ou fêmeas, sem raça definida e hígidos, distribuídos em dois grupos de igual número denominados GD e GDN. Os animais do GD receberam propofol para a indução anestésica e imediatamente após, 11, 5V% de desfluorano diluído em 100% de O2 Decorridos 30 minutos do início da administração do anestésico volátil, o balão reservatório foi esvaziado, reduziu-se a concentração em 1,44V% e o circuito anestésico foi saturado com a nova mistura. Repetiu-se o protocolo em intervalos de 15 minutos, até atingir a concentração anestésica equivalente a 8,64V%. O GDN foi submetido ao mesmo protocolo, porém substituiu-se o fluxo diluente por 30% O2 e 70% Np. Foram mensuradas as freqüências cardíaca (FC) e respiratória (FR), pressões arteriais sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), concentração de dióxido de carbono ao final da expiração (ETC02) e saturação de oxi-hemoglobina (Sp02). As mensurações foram realizadas antes da indução anestésica (MO), aos 30 (M30), 45 (M45) e 60 (M60) minutos de anestesia. Observou-se aumento da FC com discreta redução da PA e diminuição da FR com conseqüente aumento da ETC02, coincidindo com a maior dose de desfluorano administrada. Concluiu-se que maiores concentrações de desfluorano induzem alterações discretas nas variáveis testadas e que a adição de Np na mistura diluente não determina interferências significativas nos achados)
Assuntos
Anestesia , Cães , Óxido Nitroso , RespiraçãoRESUMO
Objetivou-se, com este estudo, avaliar os efeitos da buprenorfina sobre variáveis cardiovasculares e respiratórias em cães durante anestesia com desfluorano. Para tanto, foram utilizados 20 cães adultos, distribuídos em dois grupos (GB e GC). A anestesia foi induzida com propofol (8mg kg-1 IV) e em seguida os animais foram intubados com sonda de Magill, a qual foi conectada ao aparelho de anestesia para administração de desfluorano (1,5 CAM). Após 30 minutos, foi aplicado no GB buprenorfina (0,02mg kg-1) e no GC solução de NaCl à 0,9 por cento (0,05ml kg-1). Avaliaram-se: freqüências cardíaca e respiratória (FC e ¦); pressões arteriais sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM); débito cardíaco (DC); pressão venosa central (PVC); e as variáveis hemogasométricas pH, PaCO2, PaO2, HCO3, SatO2 e DB. As colheitas dos dados foram feitas aos 30 minutos após o início da administração do desfluorano (MO), 15 minutos após a administração do opióide ou placebo (M15), e a cada 15 minutos após Ml5 (M30, M45, M60 e M75). A avaliação estatística dos dados foi efetuada por meio de Análise de Perfil (P<0,05). Houve discreta redução da FC no GB, enquanto as outras variáveis cardiovasculares não tiveram redução significativa. A ¦ e o pH tiveram reduções no GB, enquanto a PaCO2 esteve aumentada. Concluiu-se que a inclusão da buprenorfina durante anestesia inalatória pelo desfluorano determina discretas alterações cardiovasculares, bem-como potencializa a hipoventilação promovida pelo desfluorano, com a manifestação de hipercapnia, o que não contra-indica o seu uso em pacientes estáveis.
Assuntos
Animais , Anestesia , Buprenorfina , Cães , EntorpecentesRESUMO
Avaliaram-se os efeitos do propofol ou sevofluorano sobre variáveis hemodinâmicas, em cães submetidos à mielografia. Para tanto, utilizaram-se trinta animais distribuídos em dois grupos de igual número, denominados GP e GS. Os animais do GP receberam propofol (10mg kg-1) por via intravenosa para intubação orotraqueal, e imediatamente após, administrou-se continuamente, por meio de bomba de infusão, propofol (0,55 ± 0,15mg kg-1 min-1). Decorridos 30 minutos, foi colhido liquor na cisterna magna e o meio de contraste iohexol foi injetado. No GS empregou-se a mesma metodologia adotada para o GP, utilizando indução anestésica pela administração de sevofluorano a 2,5 CAM, com o uso de máscara naso-oral vedada e manutenção com 1,5 CAM. As variáveis estudadas foram freqüência cardíaca (FC), pressões arteriais sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM, respectivamente), débito cardíaco (DC), volume sistólico (VS), pressão venosa central (PVC), freqüência respiratória (f), concentração de dióxido de carbono ao final da expiração (ETCO2) e saturação de oxihemoglobina (SpO2). As mensurações das variáveis foram realizadas imediatamente após a colheita do liquor (M1), logo após a aplicação de iohexol (M2), seguida das demais em intervalos de 10 minutos, durante uma hora. Utilizazou-se a Análise de Variância (ANOVA) seguida pelo teste F como métodos estatísticos, considerando p<0,05. Houve redução da pressão arterial em ambos os grupos, sendo menos intensa no grupo que recebeu propofol. No GS, observou-se redução da FC e aumento do DC e do VS. Referente a ETCO2 as médias do GP foram superiores às do GS. Os resultados obtidos permitiram concluir que tanto o propofol como o sevofluorano não promovem alterações hemodinâmicas que comprometam a técnica de mielografia.
Assuntos
Animais , Anestesia , Cães , Iohexol , Mielografia , PropofolRESUMO
Avaliaram-se os efeitos da hipovolemia aguda em cães anestesiados pelo isofluorano sobre a eletrocardiografia com a duração e amplitude da onda P (Pms e PmV, respectivamente); intervalo entre as ondas P e R (P-R); duração do complexo QRS (QRS); amplitude da onda R (RmV); intervalo entre as ondas Q e T (Q-T) e intervalo entre as duas ondas (R-R), freqüência cardíaca (FC), índice cardíaco (IC), índice sistólico (IS) e pressões arteriais sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM). Verificou-se também a possível influência do anestésico sobre a resposta compensatória à hipovolemia aguda. Para tal, foram utilizados 20 cães hígidos, sem raça definida, adultos, machos e fêmeas. Induziu-se a anestesia geral com isofluorano por meio de máscara naso-oral a 2,5 CAM e, após a intubação orotraqueal, o vaporizador foi ajustado em 1,5 CAM. Induziu-se a hipovolemia nos animais retirando-se volume total de 35 mlkg-1 de sangue. As mensurações foram realizadas antes da hipovolemia (M0), imediatamente após a retirada do volume total de sangue calculado (M1), e aos dez (M2), trinta (M3) e sessenta (M4) minutos. A avaliação estatística das variáveis foi efetuada por meio de Análise de Variância (ANOVA), seguida pelo teste de Tukey, considerando nível de significância de 5 por cento (P<0,05). Houve redução do tempo de condução elétrica átrio-ventricular, aumento da impedância da musculatura ventricular, redução da freqüência cardíaca, dos índices cardíacos e sistólico, porém sem alteração na despolarização ventricular, sendo que o isofluorano não influenciou no desencadeamento da resposta compensatória à hipovolemia aguda.
Assuntos
Animais , Cães , Eletrocardiografia , HipovolemiaRESUMO
A fim de determinar possíveis alterações nos principais parâmetros fisiológicos determinados pela infusão contínua de propofol, em diferentes doses, foram utilizados 24 cães adultos distribuídos aleatoriamente em 3 grupos (P2, P4 e P8). Os animais foram induzidos à anestesia pela administração intravenosa de propofol (10mg/kg) e, ato contínuo, os cães receberam o anestésico, em infusão contínua nas doses de 0,2mg/kg/min (P2), 0,4mg/kg/min (P4) e 0,8mg/kg/min (P8). As mensurações dos valores das variáveis cardiorrespiratórias [freqüência cardíaca (FC); pressões arteriais sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM, respectivamente); eletrocardiografia e freqüência respiratória (f)] e temperatura retal (T) foram realizadas antes da aplicação do fármaco (M0) e após 10, 20, 30, 40 e 50 minutos do início da infusão contínua. Os dados numéricos das variáveis estudadas foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) seguida pelo Teste F (P<0,05). Para FC, observaram-se diferenças entre os grupos no M20 (P2: 91 ± 14,92; P4: 113 ± 17,18; P8: 120 ± 14,84), M30 (P2: 89 ± 13,79; P4: 110 ± 14,3; P8: 114 ± 10,89) e em M40 (P2: 88 ± 17,3; P4: 103 ± 16; P8: 109 ± 8,2), que podem ser justificadas por P2 apresentar menor redução da PAM, não havendo a necessidade de aumento da FC para estabilizar o débito cardíaco e consequentemente para manter a PA. A PAS registrou redução de 26,9 por cento para P2, 23,6 por cento para P4 e 30,6 por cento para P8. Para PAD foram observados decréscimos de 36,2 por cento para P2; 38,1 para P4 e 52,7 por cento para P8, enquanto para PAM a diminuição foi de 32 por cento para P2, 26,3 por cento para P4 e 38,4 por cento para P8. Essas reduções poderiam ser ocasionadas pela diminuição da resistência periférica vascular. Concluiu-se que as reduções ocorridas na PAS, PAD, PAM e f são dependentes da dose de infusão do fármaco, que também proporcionou discreta redução na temperatura retal nos três grupos.
Assuntos
Animais , Cães , PropofolRESUMO
O líquido cerebrospinal é útil no diagnóstico, acompanhamento e prognóstico de enfermidades neurológicas caninas. Dentre elas, a cinomose é considerada a encefalite mais comum nos cães e inúmeras alterações podem ocorrer neste fluido frente a esta enfermidade. Sendo assim, diante da possível verificação de anormalidades precoces relacionadas com esta virose, amostras liquóricas de cães portadores do vírus da cinomose, na fase neurológica e não neurológica foram avaliadas quanto à coloração, aspecto, pH, densidade, glicose, proteínas totais, celularidade e comparadas com amostras liquóricas de cães hígidos. Os parâmetros coloração, aspecto, pH, densidade e glicose mostraram-se semelhantes entre animais acometidos pela cinomose, independentemente da fase evolutiva da doença, e animais normais. A concentração liquórica de proteínas totais mostrou-se mais elevada nos animais portadores de sinais neurológicos, bem como a celularidade total, cuja pleocitose foi observada em 50 por cento dos cães deste mesmo grupo, com predominância de mononucleares.
Assuntos
Animais , Sistema Nervoso Central , Cinomose , CãesRESUMO
Objetivou-se com este experimento avaliar as possíveis alterações eletrocardiográficas decorrentes do uso do butorfanol em cães, durante anestesia geral inalatória com desfluorano. Para tal, foram utilizados vinte cães adultos, clinicamente saudáveis, distribuídos em dois grupos (n=10) denominados de GS e GB. Os animais foram induzidos à anestesia com propofol (8,4 ± 0,8mg kg-1, IV) intubados com sonda orotraqueal de Magill e submetidos à anestesia inalatória pelo desfluorano (10V por cento). Decorridos 40 minutos da indução, foi administrado aos animais do GS, por via intramuscular, 0,05mL kg-1 de solução fisiológica a 0,9 por cento (salina), enquanto que no GB, foi aplicado butorfanol na dose de 0,4mg kg-1 pela mesma via e em volume equivalente ao empregado no grupo anterior. As observações das variáveis freqüência cardíaca (FC), duração e amplitude da onda P (Ps e PmV), intervalo entre as ondas P e R (PR), duração do complexo QRS (QRSs), amplitude da onda R (RmV), duração do intervalo entre as ondas Q e T (QT) e intervalo entre duas ondas R (RR) tiveram início imediatamente antes da aplicação do opióide ou salina (M0). Novas mensurações foram realizadas 15 minutos após a administração do butorfanol ou salina (M15) e as demais colheitas foram realizadas à intervalos de 15 minutos, por um período de 60 minutos (M30, M45, M60 e M75). Os dados numéricos destas variáveis foram submetidos à Análise de Perfil (p<0,05). A freqüência cardíaca apresentou alteração no GB, com média de M0 maior que as demais enquanto que os intervalos RR e QT apresentaram valores de M0 menor que os demais no GB. Os resultados obtidos permitem concluir que a administração do butorfanol em cães submetidos à anestesia pelo desfluorano reduz a freqüência cardíaca e promove retardo na repolarização ventricular.
RESUMO
Objetivou-se com a realização deste experimento, estudar possíveis alterações nas variáveis cardiovasculares e intracranianas promovidas pela buprenorfina, em cães anestesiados com desflurano. Para tanto, foram utilizados oito cães adultos, clinicamente saudáveis. A anestesia foi induzida com propofol (8 mg/kg IV) e em seguida os animais foram intubados com sonda orotraqueal de Magill, a qual foi conectada ao aparelho de anestesia volátil para administração de desflurano (1,5 CAM). Os animais foram mantidos sob ventilação controlada durante todo o período experimental. Após 20 minutos do posicionamento do cateter de pressão intracraniana (PIC), administrou-se buprenorfina (0,02 mg/kg IV). Foram avaliados: PIC; pressão de perfusão cerebral (PPC); FC; PAS, PAM e PAD; débito cardíaco (DC); pressão venosa central (PVC); e pressão da artéria pulmonar (PAP). As colheitas foram feitas nos seguintes momentos: M1 - 20 minutos após o posicionamento do cateter de PIC; M2 - 15 minutos após a administração do opióide; M3, M4 e M5 - de 15 em 15 minutos após M2. A avaliação estatística dos dados foi efetuada por meio de ANOVA seguida do Teste de Tukey (p<0,05). A PIC permaneceu estável durante todo o período experimental. Entretanto, registrou-se uma queda acentuada, estatisticamente significativa, da PPC após o M2. As variáveis cardiovasculares FC, PAS, PAM, PAD, DC e PAP, apresentaram redução significativa de seus valores após M2, mantendo-se estáveis no restante do período experimental. Quanto à PVC, o teste estatístico não registrou alterações significativas. Assim, pôde-se concluir que a buprenorfina não interferiu na PIC. Entretanto, a queda dos índices cardiovasculares, especialmente da PAM, determinada pela administração do opióide, causa redução da PPC em cães anestesiados com desflurano.
Assuntos
Anestesia , Cães , EntorpecentesRESUMO
Objetivou-se avaliar comparativamente os efeitos da buprenorfina, administrada pelas vias intramuscular(IM) ou intravenosa (IV), sobre variáveis cardiovasculares, em cães anestesiados com desfluorano. Para tanto, foram utilizados dezesseis cães adultos, clinicamente saudáveis, distribuídos em dois grupos (n=8) denominados de GI e GII. Em ambos os grupos, a anestesia foi induzida com propofol (8 mg/kg, IV) e em seguida os animais foram intubados com sonda orotraqueal de Magill, a qual foi conectada ao aparelho de anestesia volátil para administração de desfluorano (1,5 CAM). Após 30 minutos do início da anestesia inalatória, foi aplicado no GI buprenorfina na dose de 0,02 mg/kg pela via IV, enquanto no GII administrou-se o opióide na mesma dose porém pela via IM. Avaliaram-se: freqüência cardíaca (FC); pressões arteriais sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM); débito cardíaco (DC); pressão venosa central (PVC) e pressão da artéria pulmonar (PAP). As colheitas foram feitas nos seguintes momentos: M1 - 30 minutos após o início da anestesia inalatória antes da aplicação do opióide; M2 - 15 minutos após a administração da buprenorfina; M3, M4 e M5 - de 15 em 15 minutos após M2. A avaliação estatística dos dados foi efetuada por meio de Análise de Perfil (p<0,05). As variáveis PAS, PAM, DC, PVC e PAP, não apresentaram alterações significativas de seus valores em ambos os grupos. Entretanto, a FC e a PAD apresentaram reduções significativas após a administração do opióide apenas no GI. Assim, pôde-se concluir que a buprenorfina administrada pelas vias IV ou IM não interferiu nos índices cardiovasculares de forma a manifestar efeitos clínicos importantes em cães anestesiados com desfluorano.
Assuntos
Anestesia , Cães , EntorpecentesRESUMO
Objetivou-se, com este experimento, estudar possiveís .alterações nas variáveis cardiovasculares e intracranianas promovidas pela buprenorfina, em cães anestesiados com sevoflurano. Utilizaram-se oito cães adultos, clinicamente saudáveis. A aflestesia foi induzida com propofol (8 mg/kg IV) e em seguida os animais foram entubados com sonda orotraqueal de Magill, a qual foi conectada ao aparelho de anestesia volátil para administração de.sevoflurano (1,3 CAM). Os animais foram mantidos sob ventilação controlada durante o periodo experimental. Após 20 minutos do posicionamento do cateter de pressão intracraniana (PIC), foi aplicada buprenorfina (0,02 mg/kg IV). Avaliou-se: PIC; temperatura intracraniana (TIC); pressão de perfusão cerebral (PPC); freqüência cardiaca (FC); pressões arteriais sistólica, média e diastólica (PAS, PAM e PAD, respecti¬vamente); débito cardiaco (DC); pressão venosa central (PVC); pressão da artéria pulmonar (PAP); e temperatura corporal (TC). As colheitas foram feitas nos seguintes momentos: M1 - 20 minutos após posicionamento do cateter de PIC; M2 - 15 minutos após a administração do opióide; M3, M4 e M5 - de 15 em 15 minutos após M2. A avaliação estatistica dos dados foi efetuada por meio do Teste de Tukey (P< 0,05). A PIC permaneceu estável durante todo o periodo experimental, sendo observada discreta elevação em M2, mas sem significado clinico ou estatistico. Entretanto, registrou-se uma queda acentuada, estatisticamente significativa, da PPC após o M2. As variáveis cardiovasculares FC, PAS, PAM; PAD, DC e PAP apresentaram redução significativa de seus valores após M2, mantendo-se estáveis no restante do periodo experimental. Quanto à PVC, o teste estatístico não registrou alterações significativas, porém pode-se observar uma discreta elevação desta variável após a aplicação da buprenorfina. Assim, pode-se concluir que a buprenorfina não interferiu na PIC. Entretanto, a queda da PAM, determinada pela administração do opióide, causa...