RESUMO
OBJECTIVE: This study evaluated the effects of neuromuscular electrical stimulation (NMES) on muscle strength, range of motion (ROM) and gross motor function, among spastic hemiparetic children while standing, walking, running and jumping. METHODS: Ten children were divided into two groups of five. The children who were normally receiving physical therapy sessions twice a week had two 30-minute NMES sessions per week (group 1), while those who were having one physical therapy session per week had one 30-minute NMES session per week (group 2), for seven weeks in both groups. The children were evaluated three times: before beginning the NMES protocol (initial), right after the end of the protocol (final) and eight weeks after the final evaluation (follow-up). The evaluations included manual goniometry on ankle dorsiflexion, manual muscle strength of the tibialis anterior and gross motor function (measurements while standing, walking, running and jumping). The statistical analysis was performed using the Wilcoxon and Mann-Whitney tests, considering a p level of 0.05. RESULTS: There were significant increases in muscle strength, gross motor function and passive ROM of ankle dorsiflexion, in both groups, and in active dorsiflexion in the first group. No significant differences were found between the groups. CONCLUSIONS: The improvements in ROM, muscle strength and gross motor function demonstrated that the use of NMES was effective in both groups, since no significant differences were found between the groups. This study suggests that NMES may be a useful therapeutic tool, even when applied once a week. Further studies are needed to confirm these findings.
OBJETIVO: Este estudo avaliou os efeitos da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) na força, amplitude de movimento (ADM) e função motora grossa (FMG) em pé, andando, correndo e pulando de crianças hemiparéticas espásticas. MÉTODOS: Dez crianças foram divididas em dois grupos de cinco. As que realizavam sessões de fisioterapia duas vezes por semana tiveram duas sessões semanais de EENM de 30 minutos cada (grupo 1), enquanto as que compareciam à uma sessão tiveram uma sessão semanal (grupo 2), ambas por sete semanas. As crianças foram avaliadas três vezes: antes do início do protocolo de EENM (inicial), ao final do protocolo (final) e oito semanas após a avaliação final (tardia). As avaliações englobaram goniometria manual da dorsiflexão de tornozelo, força muscular manual do tibial anterior e função motora grossa, (Gross Motor Function Measure em pé, andando correndo e pulando). A análise estatística foi feita pelos testes de Wilcoxon e Mann-Whitney, com p adotado de 0,05. RESULTADOS: Houve aumentos significativos na força muscular, na FMG e na ADM passiva da dorsiflexão de tornozelo em ambos os grupos, assim como na dorsiflexão ativa no primeiro grupo. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os grupos. CONCLUSÕES: As melhoras obtidas na ADM, força muscular e FMG demonstram que o uso da EENM foi eficaz nos dois grupos, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre os mesmos. Este estudo sugere que a EENM pode ser útil no auxílio à terapia, mesmo em baixas freqüências, como uma vez por semana. Estudos adicionais são necessários para confirmar estes achados.