RESUMO
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) leve é comum na população pediátrica. Não existe consenso para indicação de tomografia computadorizada de rotina. O cuidado inicial por parte da Pediatria é comum. É importante orientar ao pediatra na emergência a detectar precocemente uma lesão intracraniana que pode levar risco de morte, se não receber um tratamento inicial adequado. Metodologia: Revisão bibliográfica sobre o tema, utilizando como base de dados Medline. Resultados: A maioria dos casos de TCE leve na infância não necessita de exames de imagens e tratamento especializado. Apenas 3% dos pacientes apresentam complicações neurológicas. Observação na emergência por 24 horas em casos de sintomas leves e instrução familiar após a alta, por escrito, para retorno hospitalar, tem sido realizadas na maioria dos serviços de emergência pediátrica a criança vítima de TCE leve. Conclusões: A maioria dos casos de TCE em criança é de natureza leve. A apresentação clínica muitas vezes é assintomática. Avaliação inicial deve ser feita pela Pediatria. As crianças chegam na emergência em boas condições, podendo apresentar cefaleia discreta, vômitos e sem déficit neurológico, sem história de perda da consciência nem amnésia pós-traumática. A conduta em casos de TCE leve nesta faixa etária é diferenciada. Tomografia computadorizada tem indicação quando existem critérios clínicos estabelecidos, evitando, assim, necessidade de exames desnecessários, que em muitos casos necessitam de sedação e aumento dos gastos hospitalares...