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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2013. 67 p. ilus, mapas.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-707746

RESUMO

A leptospirose é uma zoonose endêmica de distribuição mundial causada por bactérias do gênero Leptospira com inúmeros sorovares distintos, dificultando sua caracterização. A maioria dos casos cursa com sinais e sintomas inespecíficos, sendo muitas vezes confundida com viroses. Exibe caráter sazonal em regiões tropicais em que há alta incidência de períodos chuvosos, afetando tanto a população urbana quanto a rural. No Brasil a doença tem grande importância social e econômica. Acomete além do homem, animais silvestres e domésticos, sendo os roedores sinantrópicos os principais reservatórios urbanos e o cão, potencial fonte de infecção para o homem. O presente estudo teve como objetivo realizar o primeiro inquérito sorológico para leptospirose em cães na Ilha da Marambaia, município de Mangaratiba, Rio de Janeiro, onde não há registro de casos em humanos nem em animais além da busca de casos humanos nos registros do SINAN e também avaliar as características ambientais da região. Possíveis casos de leptospirose canina foram investigados a partir de fichas clínicas com dados dos animais. Foram analisadas 234 amostras sanguíneas de cães coletadas em dois períodos: No decorrer dos anos de 2009 e 2012 em inquérito sobre leishmaniose visceral na ilha. A investigação foi realizada a partir da técnica de aglutinação microscópica (MAT), considerada internacionalmente como o, “padrão ouro” para o diagnóstico de leptospirose. O procedimento foi executado no Laboratório Nacional de Referência de Leptospirose (LNRL-CC/OMS), localizado no instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro. Do total de amostras estudadas, 2,56% (6/234) apresentaram reação positiva ao MAT para os sorovares Australis, Copenhageni e Patoc, com titulações que variaram de 80 a 640. O sorovar mais prevalente foi o Australis 66,66% (04/06), seguido pelo Copenhageni (01/06) e Patoc (01/06), ambos com a mesma frequência de 16,67%.


Este foi um estudo preliminar na região e os dados indicam a possibilidade de circulação de Leptospira sp. embora não haja casos clínicos relatados. Os resultados encontrados podem indicar ainda possíveis reservatórios que devem ser confirmados em estudos posteriores. É importante frisar que além de detectarmos baixa incidência em cães, a região possui um ambiente propício para manutenção do micro-organismo. A precariedade do saneamento, a presença de animais silvestres, o movimento irrestrito de cães somados aos dados sorológicos encontrados sugerem a possibilidade de circulação de bactérias entre os cães e possíveis reservatórios no ambiente silvestre.


Assuntos
Animais , Cães , Cães , Leptospirose/epidemiologia , Leptospirose/sangue , Reação em Cadeia da Polimerase/veterinária , Técnicas Imunoenzimáticas/veterinária
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