RESUMO
Foram analisados 1656 espécimes clínicos de vários sítios anatômicos, obtidos de populaçäo ambulatorial, visando a análise de freqüência de isolamento de Streptococcus beta hemolíticos em nosso meio. Além disso, foi avaliada a participaçäo dos diferentes sorogrupos de Lancefield nas várias infecçöes estreptocócicas. A taxa geral de isolamento de Streptococcus beta hemolíticos foi de 6,4% correspondendo a 107 culturas positivas. Considerando-se individualmente a freqüência daqueles microrganismos em cada sítio anatômico, observamos que a partir das secreçöes de feridas e abscessos obteve-se o maior percentual de isolamento (20%), sendo todos os Streptococcus beta hemolíticos pertencentes ao grupo A (100%). O segundo maior percentual de isolamento correspondeu a materiais provenientes do trato respiratório, onde, de 664 espécimes analisados, encontramos aquele agente em 64 (9,6%) e destes, 59 (8,8%) corresponderam a amostras do grupo A, a grande maioria isolada da orofaringe (95,16%). Nas culturas de secreçöes genitais, encontramos Streptococcus beta hemolíticos em 34 (4,3%). Destes, 25 (73,5%) corresponderam, a amostras do grupo B. O menor percentual de isolamento de Streptococcus beta hemolíticos foi observado ao estudarmos as secreçöes auditivas, onde encontramos apenas 1 caso positivo em 41 espécimes cultivados (2,4%), sendo este percente ao grupo A. Em 128 outros materiais näo encontramos Streptococcus beta hemolíticos. A determinaçäo das taxas de isolamento de vários materiais clínicos, em geral, e a freqüência dos grupos sorológicos em cada tipo de material em particular, tem grande importância prática, uma vez que a especificidade antigênica das amostras e o local da infecçäo correspondem a medidas profiláticas variáveis
Assuntos
Humanos , Resíduos de Serviços de Saúde/análise , Streptococcus/isolamento & purificaçãoAssuntos
Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Feminino , Antígenos de Bactérias/farmacologia , Técnicas In Vitro , Ativação Linfocitária/efeitos dos fármacos , Mitógenos/farmacologia , Infecções Urinárias/imunologia , Anticorpos Antibacterianos/análise , Formação de Anticorpos , Infecções por Escherichia coli/imunologia , Escherichia coli/imunologia , Imunidade Celular , Testes SorológicosRESUMO
Os níveis de anticorpos séricos para Leptospira foram avaliados em 17 amostras obtidas de 8 pacientes com o diagnóstico clínico de leptospirose, pelas técnicas de microaglutinaçäo e pela hemaglutinaçäo passiva, empregando antígeno de Leptospira biflexa serovar patoc como antígeno. Embora näo tenhamos observado equivalência absoluta entre os títulos de anticorpos encontrados pelos dois processos, a interpretaçäo diagnóstica dos resultados foi semelhante para ambas as técnicas, com a exceçäo de um caso. Constatamos ainda a precocidade de positividade da reaçäo de hemaglutinaçäo passiva, quando comparada à técnica de aglutinaçäo microscópica. Estes achados, aliados à facilidade de preparo do antígeno e de execuçäo da reaçäo de hemaglutinaçäo passiva, permitem-nos apontá-la como recurso útil no diagnóstico da leptospirose, sobretudo em casos de infecçäo em fase inicial