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Psico (Porto Alegre) ; 41(2): 246-251, abr.-jun. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-570219

RESUMO

Existem poucos estudos empíricos sobre as implicações de escolher uma ou outra palavra ao se construir um questionário. Aproveitou-se um estudo sobre honestidade acadêmica para verificar se o uso da palavra ajuda, ao invés de cola, faria uma diferença na participação e nas respostas de alunos do ensino médio. Participaram 540 alunos de uma escola particular e de duas escolas públicas em Brasília entre 15 e 19 anos, sendo 53% do sexo feminino. Duas formas de um mesmo questionário foram aplicadas em salas de aula, sendo a única diferença o uso da palavra ajuda versus cola nas 14 perguntas sobre comportamento durante as provas. Análises individuais dos 14 itens mostraram poucas diferenças entre os comportamentos relatados nas duas formas do instrumento. Por outro lado, encontraram-se diferenças significativas nas frequências com a qual perguntas foram deixadas em branco, fato que pôde ser observado mais vezes na forma “cola”. As poucas diferenças nos itens individuais podem ser explicadas pela compreensão metafórica das perguntas. Já a maior falta de respostas de uma das formas do questionário aponta para o cuidado com a formulação de perguntas sensíveis.


There are few empirical studies dealing with the implications of choosing one word over another in the development of a questionnaire. A study of academic honesty was used to verify if the use of the word helping (ajuda) instead of cheating (cola) would make a difference in terms of response frequency and content among secondary school students. Some 540 students of private and public schools in Brasília, Brazil, between the age of 15 and 19, 53% female, answered two forms of the same questionnaire. The only difference between the questionnaires was the use of help versus cheat in the 14 items about this behavior during exams. Individual analyses of the 14 items indicated little difference between the behaviors during exams. However, significant differences were found in terms of the frequency with which items were left blank, observed more among items using the word “cheating”. The few individual difference may be explained in terms of metaphoric understanding of the questions. The higher incidence of items left blank in one of the forms of the instrument reinforces the need for special attention when formulating questionnaire items.


Existen pocos estudios empíricos sobre las implicaciones resultantes de escoger una palabra u otra al construir un cuestionario. Se utilizo un estudio sobre la honestidad académica para verificar si el uso de la palabra ayuda, en vez de copia resultaría en diferencias cuanto a la taza de participación y las respuestas emitidas por alumnos del nivel medio de enseñanza. Participaron 540 alumnos de una escuela particular y de dos escuelas públicas de Brasilia, con edades entre 15 y 19 años, siendo 53% del sexo femenino. Dos formas del mismo cuestionario fueron aplicadas en las salas de aula, siendo que la única diferencia, era el uso de la palabra ayuda versus copia en las 14 preguntas sobre comportamiento durante las pruebas escolares. Los análisis individuales de los 14 ítems revelaron pocas diferencias entre los comportamientos relatados en las dos formas del instrumento. Por otro lado, se encontraron diferencias significativas en las frecuencias con que las preguntas fueron dejadas sin responder, hecho que puede ser observado con mayor frecuencia en la versión que usaba la palabra “copia”. Las pocas diferencias en los ítems individuales pueden ser explicadas por la comprensión metafórica de las preguntas. Ya la mayor falta de respuestas de una de las formas del cuestionario sugiere la necesidad de cuidado con la formulación de preguntas sensibles.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto Jovem , Pesquisa , Ensino
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