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1.
Psicol. USP ; 29(3): 412-417, set.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-976547

RESUMO

Resumo O artigo discute o estatuto dado à história pela psicanálise bem como suas possíveis consequências no interior da teoria e da prática analíticas. Recorre-se, em um primeiro momento, a dois textos freudianos que aportam noções paradigmáticas sobre a história: Moisés e a religião monoteísta e Construções em análise, a fim de sublinhar diferentes noções freudianas de história. Apresenta-se de que maneira a noção de história em psicanálise permite a reformulação de conceitos como os de verdade e materialidade. Passa-se, então, à análise do lugar dado à História por Lacan, com vistas a demonstrar sua centralidade, propondo uma distinção tripartite entre diferentes regimes de historicidade - real, simbólica e imaginária. Apresenta-se, por fim, desdobramentos clínicos de uma aproximação feita por Lacan entre o analista e o historiador.


Résumé Cet article traite du rôle de l'historie dans la psychanalyse et ses possibles conséquences dans la théorie et la pratique analytiques. Premièrement, on se tourne vers deux textes freudiens qui apportent des notions paradigmatiques sur l'histoire : L'homme Moïse et la religion monothéiste et Constructions dans l'analyse pour souligner des différentes notions d'histoire chez Freud. On présente comment l'histoire en psychanalyse nous permettre de reformuler des concepts comme la vérité et matérialité. Ensuite, nous analysons la place donnée à l'Histoire par Lacan pour démontrer sa centralité, en proposant une distinction tripartite entre des différents régimes d'historicité - réel, symbolique et imaginaire. Enfin, on présente les développements cliniques d'une comparaison fait par Lacan entre l'analyste et l'historien.


Resumen El artículo discute sobre el estatuto que el psicoanálisis da a la Historia así como sus posibles consecuencias en el interior de la teoría y práctica analíticas. Se evoca, en un primero momento, dos textos freudianos que aportan nociones paradigmáticas sobre la Historia: Moisés y la religión Monoteísta y Construcciones en Análisis, con fin de subrayar diferentes nociones freudianas de la historia. Se presenta de que forma la noción de Historia en psicoanálisis permite la formulación de conceptos tales como los de la verdad y materialidad. Pasamos, entonces, al análisis del lugar concedido a la Historia por Lacan, intentando demonstrar su centralidad, así como se propone una distinción tripartita entre diferentes regímenes de historicidad -real, simbólico e imaginario. Se presenta, al fin, los despliegues clínicos de una aproximación realizada por Lacan entre el analista y el historiador.


Abstract This article discusses History's role in Psychoanalysis as well as its possible consequences within analytical theory and praxis. First, we turn to two Freudian texts that provide paradigmatic notions about History: Moses and Monotheism and Constructions in Analysis, in order to emphasize Freud's different notions of History. It is demonstrated how the psychoanalytical notion of History can allow us to rethink concepts such as truth and materiality. Then we analyse the place given to History by Lacan to indicate its centrality, proposing a tripartite distinction between different levels of historicity - real, symbolic and imaginary. Lastly, we present the clinical unfolding of a comparison made by Lacan between analyst and historian.


Assuntos
Humanos , Psicanálise/história , Transferência Psicológica , Teoria Freudiana
2.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 18(1): 230-243, jan.-abr. 2018.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-982061

RESUMO

Este trabalho propõe investigar as noções de subjetividade e sujeito para compreender aspectos constituintes do sentido. Pela Análise do Discurso (AD), investiga-se a subjetividade através da relação entre inter e intradiscurso, posição-sujeito e entrelaçamentos das formações discursivas. Pela Psicanálise, retomamos a constituição do sujeito descrita por Lacan que se conjectura na máxima: "O significante é o que representa o sujeito para outro significante". Nessas perspectivas, pretendemos apresentar possíveis respostas para as questões: Onde se encontra o sujeito lacaniano e qual a sua relação com a subjetividade? Assim, utilizaremos a noção de silêncio enquanto operador lógico, como propõe Tfouni (1998). O silêncio é considerado como agente, ora limitador, ora limitado pela palavra; ora alienado, ora separado do sentido. Na constituição da subjetividade, ele permite a ilusão de coesão, demarcando, em determinada materialidade, uma posição-sujeito. Desse modo, observa-se que o silêncio age tanto via repetição quanto via atos falhos, possibilitando a emergência de um sentido singular àquela subjetividade. O silêncio na lógica significante permite que ele seja tomado como articulador do sentido que engaja a escuta analítica pela mobilização do interdito. Para elucidar esses aspectos teóricos ressaltaremos dois casos reconhecidos na literatura analítica: o caso Aimée e o Esquecimento de Nomes Próprios.(AU)


The aim of this article is to investigate the notions of subject and subjectivity in order to gasp constitutive aspects of meaning. In the Discourse Analysis, subjectivity is examined in its relationship with inter and intradiscourse, as well as in the interrelationship between discursive formations, a theoretical field which includes both the materiality of history and the equivocity of the language. In Psychoanalysis, we undertake the constitution of the subject as it is described by Lacan through the maxim "The signifier is what constitutes the subject to another signifier". The notion of silence will be used as a logical operator, not as a phenomenon. Silence is here considered an agent, sometimes limiting and sometimes being limited by the words. In the constitution of subjectivity, it is what permits the illusion of coherence and cohesion of identity, in order to mark a specific subject position. The inclusion of silence into the logic of signification permits it to be taken as the articulator of meaning, which involves analytical hearing through manipulation of the banned. In order to elucidate these aspects, we will take two classical cases of the psychoanalytical literature: Lacan´s Aimée, and Freud´s Proper Names Oblivion.(AU)


Este trabajo propone investigar las nociones de subjetividad y sujeto, con el fin de comprender aspectos constituyentes del sentido. En el Análisis del Discurso (AD), la subjetividad es investigada por la relación entre inter e intradiscurso y entrelazamientos de las formaciones discursivas, campo teórico que incluye la materialidad histórica, y la equivocidad de la lengua. Por el psicoanálisis, retomamos la constitución del sujeto tal como descrita por Lacan, en la máxima "lo significante es lo que representa un sujeto para otro significante". Utilizaremos la noción de silencio, resaltándolo como operador lógico, como propone F.E.V. Tfouni, y no como fenómeno. El silencio es considerado como un agente a veces limitador y otras veces limitado por la palabra. En la constitución de la cadena significante, es el significado de la función fálica: lo que da límite y dirige la cadena. En la constitución de la subjetividad, es lo que permite la ilusión de cohesión y coherencia de identidad, con el fin de demarcar, en determinada materialidad, una posición-sujeto específica. La inserción del silencio en la lógica significante posibilita que sea tomado como articulador del sentido, lo que compromete la escucha analítica por la movilización de lo entredicho. Para dilucidar estos aspectos, tomaremos dos casos reconocidos en la literatura analítica: el caso Aimée, de Lacan, y El olvido de los nombres propios, de Freud.(AU)


Assuntos
Humanos , Psicanálise
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