RESUMO
A busca de novas técnicas cirúrgicas, pós-ressecção de tumor de mandíbula, tem sido uma constante, visando sempre melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento cirúrgico de tumores avançados de mandíbula determina, grandes seqüelas funcionais e estéticas. Com um conhecimento completo da anatomia dos retalhos e suas aplicações, os profissionais podem ser mais agressivos na remoção do tumor enquanto ainda há oportunidade para reabilitação. O objetivo é demonstrar a reconstrução de um defeito causado pela excerese do tumor, possibilitando a reintegração do paciente à sociedade, o mais breve possível, com seu aparelho estomatognático funcionalmente recuperado, gerando assim, menor trauma psicológico. Para o trabalho utilizamos o protocolo do paciente devidamente registrado no Hospital Erasto Gaertner. Foram levados em consideração os dados encontrados no exame clínico, no histopatológico, no acompanhamento do paciente. O paciente em questão, do gênero feminino, 22 anos, cinco anos após a ressecção do tumor de mandíbula à direita, com diagnóstico de osteossarcoma, permaneceu com o coto do côndilo direito e porção parcial posterior da mandíbula esquerda. O procedimento de reconstrução pós-hemi-mandibulectomia com enxerto microvascularizado de fíbula que resultou em uma recuperação satisfatória para o sitio doador e receptor. Concluímos que esta técnica tem dado uma melhor base para planejar futuros implantes cilindros de titânio para fixação de prótese dentária em porção anterior de mandíbula, permitindo a restauração de distorções da fala, da deglutição e amenizando os efeitos pscológicos