RESUMO
Oitenta e sete amostras de frutas e onze de hortaliças foram analisadas com relaçäo ao conteúdo de resíduos de fungicidas do grupo dos ditiocarbamatos (Mancozeb, Maneb, propineb, Tiram, Ziram e Metiram) com o objetivo de se avaliar a qualidade de alguns produtos de origem vegetal consumidos em Belo Horizonte. Apesar deste grupo de fungicidas ser considerado de baixa toxicidade, ele apresenta em sua estrutura química o etilenobisditicarbamato, que pode ser o precursor de etilenotiuréia, a qual possui propriedades carcinogênicas e teratogênicas. Foi feita a dosagem colorimétrica de concentraçäo de dissulfeto de carbono (CS2) proveniente de decomposiçäo do ditio-carbamato em presença de ácido (Método de Keppel modificado). Constatamos a presença de dissulfeto de carbono (CS2) em 24, 48% das amostras, tendo sido mais frequentes em frutas como o pêssego (100%); ameixa (60%); nectarina (50%) e morango (37,5%). Como o resultado final é dado em mg/Kg de dissulfeto de carbono (CS2) näo distinguindo o tipo de ditiocarbamato encontrado e como a legislaçäo estipula limites máximos diferentes para cada tipo de princípio ativo utilizado, näo podemos concluir se o produto está ou näo de acordo com a legislaçäo. Portanto, é evidente a necessidade de uma maior adequaçäo da legislaçäo ao método de análise empregado, na maioria dos laboratórios do mundo, permitindo assim um melhor controle do uso de ditiocarbamatos em alimentos