RESUMO
Introdução: A prevalência de síndrome metabólica (SM) situa-se em torno de 24% na população geral, atingindo números maiores nos portadores de hipertensão arterial. No Brasil não há dados relativos à prevalência de SM em pacientes hipertensos.Objetivo: No presente estudo, avaliamos a prevalência de SM em uma população de hipertensos não portadores de diabetes mellitus, perfazendo um total de 140 indivíduos, de ambos os sexos.Métodos: Para a definição de SM utilizamos três ou mais dos seguintes critérios: glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL; circunferência da cintura abdominal (CA) ≥102 cm para homens e≥ 88 cm para mulheres; triglicérides (TG)≥150 mg/dL; HDL < 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres; pressão arterial ≥ 130 x 85 mmHg.Resultados: Dos 140 pacientes estudados, 63 (45%) foram diagnosticados como portadores de SM, sendo 47 (75%) do sexo feminino e 16 (25%) do sexo masculino. Na população geral, o aumento da CA foi o critério diagnóstico mais prevalente,seguido da baixa concentração sérica de HDL-colesterol e e hipertrigliceridemia. Dentre os portadores de SM, nos indivíduos do sexo feminino, os fatores mais freqüentemente observados foram aumento da CA, baixos níveis de HDL e hipertrigliceridemia. Entre os homens portadores, a hipertriglicericiemia foi o critério mais freqüentemente observado, seguido pelo aumento da CA e pelos baixos níveis de HDL.Conclusão: A prevalência de SM na população de hipertensos não diabéticos é eleva a, especialmente entre as mulheres.