RESUMO
Com o objetivo de contribuir para a determinaçäo de parâmetros para avaliaçäo da freqüência das infecçöes hospitalares no Brasil, e da mortalidade a elas associada, foram estudados 213 pacientes de Neonatologia, internados em quato hospitais, e 1.643 de Pediatria admitidos em nove hospitais, localizados em oito cidades brasileiras. O risco médio de contrair infecçäo hospitalar, expresso em taxas por mil pacientes saídos foi de 324 em Neonatologia e 85 em Pediatria. Os episódios mais freqüêntes em Neonatologia foram: septicemia 136, infecçöes urinárias nove e outras 113, na Pediatria os mais freqüentes foram infecçöes respiratórias 32; gastroenterites 18; septicemias 10, infecçöes urinárias de catéter vascular quatro, infecçöes em úlcera de decúbito uma, impetigo uma, e outras 30 por mil pacientes. A mortalidade associada a estas infecçöes, por mil pacientes saídos, foi de 42 em Neonatologia e nove em Pediatria
Assuntos
Recém-Nascido , Humanos , Masculino , Feminino , Hospitais Pediátricos , Infecção Hospitalar/mortalidade , Estudos Multicêntricos como Assunto , Gastroenterite/mortalidade , Impetigo/mortalidade , Infecção Hospitalar/epidemiologia , Infecção Hospitalar/prevenção & controle , Infecções Respiratórias/mortalidade , Infecções Urinárias/mortalidade , Ciência de Laboratório Médico/tendências , Sepse/mortalidadeAssuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Infecção Hospitalar/diagnóstico , Risco , Estudos de Casos e Controles , HospitalizaçãoRESUMO
Este estudo analisa a frequencia, a mortalidade, a letalidade e as condicoes predisponenetes das septicemias em 10 hospitais, totalizando 23.079 pacientes. A frequencia de septicemia hospitalar, 7/mil pacientes saidos, foi significativamente maior do que a de septicemia comunitaria, 3/mil. A mortalidade das septicemias hospitalares foi de 5/mil, significativamente mais elevada do que a das comunitarias, 1/mil. A taxa de letalidade foi de 58,2 e 45,8%, respectivamente mais elevada do que a das comunitarias, 1/mil. As septicemias hospitalares foram mais assiduas em pacientes com afeccoes perinatais, AIDS, doencas hematologicas, doencas das glandulas endocrinas, doencas microbianas, anomalias congenitas e trauma. As septicemias comunitarias foram mais frequentes em pacientes com deficiencias nutricionais, doencas microbianas, doencas das glandulas endocrinas e afeccoes perinatais. A taxa de septicemia por mil pacientes foi: neonatologia 120, cirurgia 10, Peediatria 10 e Medicina clinica 7. Mais da metade dos casos (52%) foi associada a instrumentacao vascular. Comparando-se as taxas de septicemia, constata-se que a taxa da neonatologia e maior e as demais menores do que as registradas nos hospitais do National Nosocomial Infection System dos Estados Unidos