RESUMO
Objetivo - Verificar-se as características adaptativas do ventrículo esquerdo (VE), também, estão presentes em indivíduos < 70 anos, com estenose valvar aórtica grave (EA). Métodos - Estudamos 40 pacientes consecutivos,<70 anos de idade, com EA, sem doença arterial coronariana, encaminhados à cirurgia, sendo 22 homens e 18 mulheres, (idade de 49,8+14,3 anos). Foram coligidos os sintomas cardíacos, presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS), classe funcional de acordo com a NYHA e a etiologia do EA. Ao Dopplerecocardiograma foram estudados as dimensões cavitárias, a fração de ejeção (FE) e fração de encurtamento cavitário (FEC), massa (MS) e espessura diastólica relativa (EDR) do VE. Resultados - Quatorze homens e 11 mulheres estavam em CF III/IV (p=0,70). A freqüência de sintomas foi igual em ambos os sexos. Havia mais mulheres com HAS do que nos homens (10 contra 2, p=0,0044). As mulheres apresentaram menor índice de diâmetro diastólico final do VE (32,1+6,5 x 36,5+5,3 mm/m2, p=0,027), de diâmetro sistólico final (19,9+5,9 x 26,5+6,4mm/m2, p=0,0022) e MS (211,4+71,1 x 270,9+74,9g/m2, p=0,017) A FE (66,2+13,4 x 52,0+14,6 por cento, p=0,0032), FEC (37,6+10,7 x 27,9+9,6 por cento, p=0,0046) e EDR (0,58+0,22 x 0,44+0,09), p=0,0095) eram significativamente maiores nas mulheres. Conclusão - É o sexo e não a idade dos pacientes que influi na resposta adaptativa do VE à EA.