Força muscular, distância percorrida e capacidade pulmonar na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica / Muscle strength, distance traveled and lung capacity in Chronic Obstructive Pulmonary Disease

Objetivo: Avaliar a força do músculo quadríceps e sua relação com a capacidade pulmonar em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Assim como a capacidade funcional destes pacientes e sua repercussão sobre a funcionalidade desses indivíduos. Métodos: Quarenta voluntários sendo vinte com diagnóstico de DPOC (grupo 1) e vinte saudáveis (grupo 2). Foi mensurado o pico de força (PF) do músculo quadríceps através do dinamômetro portátil MicroFETâ 2 (Hoggan Health Industries, West Jordan, UT, EUA), modo High Threshold. A capacidade pulmonar foi avaliada através do Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6m). Resultados: Os pacientes com DPOC classificaram-se em média (61%) como GOLD II de acordo com os valores de VEF1/CVF. A idade média da amostra foi de 61±7 anos e IMC de 25±4 kg.m-2. Apenas 10% do grupo 1 pratica atividade física, e consequentemente obtiveram valores menor de PF (106±33)N comparado com o grupo 2 (163±45)N (p<0,05). O mesmo se repetiu na distância percorrida do TC6m, onde o grupo 1 percorreu uma média de 356±58m e o grupo 2 380±106m (p<0,05). Conclusões: Os pacientes com DPOC apresentam fraqueza muscular do quadríceps desde estágios iniciais da doença (GOLD II). Assim como percorreram uma distância menor do que os participantes saudáveis no TC6m, o que demonstra uma capacidade pulmonar limitada com declínio funcional e baixa tolerância ao exercício.

Hemoglobina e hematócrito: uma comparaçäo entre laboratórios de Salvador, Bahia / Hemoglobin and hematocrit: one comparation

Realizou-se uma comparaçäo inter e intralaboratorial dos resultados de exames de hemoglobina e hematócrito realizados em nove laboratórios de Salvador, Bahia. A cada laboratório foram encaminhadas três alíquotas de sangue de um mesmo indivíduo, identificadas com nomes fictícios. Sete dentre os nove laboratórios apresentaram erros de medidas, reveladas pelo coeficiente de variaçäo, maiores que 2% para os exames de hemoglobina e hematócrito. Um laboratório forneceu resultados que variaram de 7,3 à 16,8g/dL para hemoglobina e de 22 a 51% para hematócrito. Urge que sejam iniciados e mantidos de forma rotineira estudos de intercalibraçäo, visando-se a minimizaçäo do erro em exames de laboratórios de Salvador

A baixa qualidade do soro caseiro em Salvador, Brasil

Durante o ano de 1988 foi realizada uma campanha de âmbito nacional com o objetivo de informar a população brasileira sobre o preparo e utilização do soro caseiro (solução sal/açúcar para reidratação oral). A campanha foi intensivamente divulgada pelos meios de comunicação de massa. Este estudo preliminar avaliou a qualidade do soro caseiro preparado por 23 mães de crianças internadas num hospital pediátrico de Salvador, Bahia. Catorze (60,9) dentre as 23 mães prepararam soluções, contendo concentrações de Na na faixa de 30-80mmol/L, recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Onze (47,8) soluções continham glicose dentro da faixa recomendada de 30-112 mmol/L. Apenas 6 (26) das 23 mães prepararam soluções com concentrações adequadas de Na e glicose simultaneamente e, destas, somente 3 (13) apresentavam, também, balanço adequado das concentrações dos eletrólitos. Características potencialmente iatrogênicas devido a elevadas concentrações de Na e glicose foram encontrados em 30,4 e em 43,5 das soluções, respectivamente. Os resultados revelam grande dificuldade das mães em preparar o soro caseiro com características adequadas para sua utilização numa campanha de controle da diarréia