RESUMO
O aumento da prevalência da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, o grande número de pacientes acometidos em idade reprodutiva e os grandes avanços no tratamento desta infecção têm levado a uma procura crescente por técnicas de reprodução assistida. A utilização destas técnicas permite reduzir o risco de transmissão em casais sorodiscordantes, além de tratar a subfertilidade presente em alguns pacientes soro-positivos. Para a escolha da técnica adequada para cada casal é necessário entender a dinâmica de eliminação do vírus no sistema reprodutor feminino e masculino e suas possíveis interferências na fertilidade desses casais com ou sem tratamento antiretroviral. Os dados disponíveis na literatura são escassos e contraditórios, mas revelam a presença do vírus no trato genital destes pacientes e evidenciam uma provável redução na fertilidade associada ao agravamento da doença e/ou início de antiretrovirais.