RESUMO
A capacidade de regeneração axonal após uma lesão por secção é variável e depende das condições ambientais que cercam os dois cotos terminais. Uma importante reação enzimática assim como uma resposta imunológica ocorre a este nível. As células de Schwann, ao final de segmento proximal, iniciam um rápido processo de divisão processo de divisão mitótica na tentativa de repor o tecido do neurônio lesado. Objetivo: Isolar a região de regeneração do nervo seccionado das reações biológicas originadas dos tecidos vizinho, reduzindo a resposta imunológica e ezigmática, melhorando, assim, as condições biológicas dos dois cotos terminais. Métodos: Os nervos ciáticos da pata direita de vinte ratos Wistar EMP foram seccionados, com um espaço livre 5 a 8 mm. Em dez animais um tubo de 20 mm, confeccionado com Poly-L Lactide-Co P-Lactide, envolveu ambas as extremidades saeccionadas (tunelização), não sendo efetuada sutura no nervo. Após 6 meses os animais foram sacrificados e o nervo dissecado e fotografado. Os músculos distais da pata foram enviados para exame histológico. Resultados: Em todos animais em que tunelização foi efetuada demonstraram uma excelente condição anatômica de regeneração nervosa. O exame histológico demonstrou completa regeneração muscular nesses animais. Animais em que tunelização do nervo não foi efetuada não demonstraram sinais de regeneração do nervo e o exame histológico demonstrou importante atrofia muscular. Conclusões: A tunelização com Poly-L Lactide-Co P-Lactide, promovendo o isolamento dos tecidos vizinhos, dos cotos terminais do nervo ciático, em ratos Wistar EP, permitiu satisfatória regeneração sem a necessidade de sutura do nervo, após seis meses. Os músculos da pata reinervada não demonstraram características histológicas de atrofia.