RESUMO
Várias espécies de flebotomíneos silvestres foram coletados no mesmo local onde o roedor Proechimys iheringi denigratus foi encontrado infectado com uma subespécie de Leishmania mexicana. A ausência de infecçäo natural desses flebotomíneos nos permitiu testar, com relativa segurança, a susceptibilidade de algumas dessas espécies à infecçäo por esse parasito. O sucesso obtido nas infecçöes experimentais sugere que uma ou mais das espécies de flebotomíneos encontradas em alta densidade nesse local podem ser um vetor, em potencial, dessa subespécie de L. mexicana
Assuntos
Animais , Insetos Vetores , Leishmaniose/parasitologia , Psychodidae/parasitologia , Brasil , Leishmania mexicana/isolamento & purificação , Roedores/parasitologiaRESUMO
Três isolados de Leishmania foram obtidos de cinco entre 27 exemplares do roedor Proechimys iheringi denigratus capturados na regiäo de Três Braços, na mata atlântica do Estado da Bahia, Brasil. O isolamento desse parasito foi feito através de inoculaçäo de triturado de pele, braço e fígado em patas de hamsters. Em pelo menos um dos casos, (MTB-574), o parasito foi isolado da pele. Metástase foi observada nos hamsters inoculaçäos, os parasitos cresceram abundantemente em meios artificiais de cultura e um padräo suprapapilário típico foi obtido em Lutzomyia longipalpis, indicando que o parasito pertence ao complexo L. mexicana. Todos os isolados reagiram positivamente com anticorpos monoclonais de L. m. mexicana e L. m. amazonensis. A análise isoenzimática diferenciou o parasito de isolados padröes de L. m. mexicana, L. m. amazonensis, L. m. aristedesi, L. m. pifanoi, L. m. garnhami e L. m. ssp(Goias-W. Barbosa). O parasito parece ser uma subespécie de L. mexicana muito próxima a L. m. amazonensis, da qual difere pela menor mobilidade eletroforética de GPI, PEP e ALAT. Este é o primeiro registro do isolamento de um parasito do gênero Leishmania em um roedor capturado no Estado da Bahia