RESUMO
A doença nasossinusal é extremamente prevalente em pacientes com sorologia positiva para o vírus da imunodeficiência humana (HIV +), por isso a necessidade de que muitos estudos sejam realizados sobre esta doença, principalmente com o advento das novas drogas anti-retrovirais. Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica buscando razões para justificar esta alta prevalência, sendo determinada a alteração da imunidade humoral e celular, distúrbios da mobilidade ciliar e alterações anatômicas prévias como fatores etiológicos. Verificou-se que o diagnóstico é eminentemente clínico e a conduta terapêutica inicial é semelhante a da população não infectada. Nestes pacientes se faz necessário um acompanhamento mais criterioso e atenção especial deve ser dada ao nível de linfócitos T helper (CD4), pois tem se verificado casos de dificil manejo terapêutico e aparecimento de complicações nasossinusais em pacientes com níveis de células CD4 abaixo de 200 por milímetro cúbico(mm3). Os autores relatam que a ausência de resposta ao tratamento clínico após punção, lavagem e cultura da secreção dos seios maxilares determina a indicação do tratamento cirúrgico que, na maioria dos casos, melhora a qualidade de vida destes pacientes.