RESUMO
Foram realizadas sete biópsias pulmonares a céu aberto, em seis crianças portadoras de insuficiência respiratória grave, com vistas a diagnóstico histopatológico e etiológico, após esgotar todos os recursos diagnósticos disponíveis näo invasivos. O método se revelou útil, a despeito de näo fornecer dados quanto a diagnóstico etiológico, e permitiu mudança na conduta terapêutica em seis ocasiöes. Houve apenas uma complicaçäo relacionada ao procedimento, em um paciente, que consistiu em pneumotórax hipertensivo, com boa evoluçäo após nova drenagem pleural. Conclui-se que a biópsia pulmonar a céu aberto para diagnóstico de afecçöes pulmonares graves é procedimento relativamente seguro, com pequenos riscos, e que deve ser realizada quando falham outros métodos diagnósticos menos invasivos. Por outro lado, deve-se contra-indicá-la em casos muito graves, em que há pouca expectativa de benefícios para o paciente