RESUMO
A assistência pré-natal constitui medida de grande impacto sobre a mortalidade materna e infantil, através da prevenção de agravos e detecção precoce de patologias específicas da gestação e intercorrentes. Em Salvador, malgrado o aumento da cobertura do pré-natal, a mortalidade materna e a infantil não têm apresentado melhora. Com o objetivo de avaliar a qualidade da assistência pré-natal em Salvador, entrevistaram-se 486 pacientes em unidade de emergência obstétrica sobre a realização do pré-natal e porte do Cartão da Gestante, e coletaram-se informações dos cartões sobre o número de consultas, início do pré-natal e realização de manobras propedêuticas e exames laboratoriais. Não haviam realizado pré-natal 29,6% das mulheres, e 29,2% não portavam o Cartão de Gestante. Das demais, a média de idade gestacional no início do pré-natal foi pesagem, aferição da tensão arterial, medição da altura do fundo uterino e ausculta de batimentos cardíacos fetais foram elevados, bem como de não-realização de hemograma, tipagem sangüínea, sumário de urina, VDRL, teste para HIV e citologia oncótica. Conclui-se pela necessidade de melhorar a cobertura da assistência pré-natal no município de Salvador e padronizar as ações dos ambulatórios.