RESUMO
Uma amostra de músculo bovino moído foi selecionada em dividida em dez porções de 25 g cada. Uma delas foi utilizada para a determinação do teor basal de S. aureus e as outras nove foram propositalmente contaminadas com 10² UFC de S. aureus (ATCC 29213) e submetidas ao congelamento por 24, 72 ou 96 horas. Após o período de congelamento, as amostras foram submetidas ao descongelamento em geladeira, temperatura ambiente ou micro-ondas. Posteriormente, foi quantificado o teor de S. aureus em cada porção. Os teores obtidos após 24 h de congelamento foram superiores aos outros tempos estudados (p<0,05). Foi verificada diferença significativa (p<0,05) quando foram comparados os três modos de descongelamentos estudados. O descongelamento no micro-ondas foi aquele que propiciou melhor redução dos níveis de S. aureus no produto, seguido da geladeira e temperatura ambiente. Pela análise dos resultados, percebe-se que o descongelamento à temperatura ambiente, freqüentemente executado em domicílios, exibe sérios riscos de multiplicação microbiana, tornando o produto inadequado ao consumo. Espera-se que os resultados aqui obtidos possam contribuir para o melhor conhecimento sobre o crescimento de S. aureus em produtos cárneos, em diferentes tempos de congelamento e formas de descongelamento.