RESUMO
Irregularidades do acabamento cervical de restauraçöes constituem fatores de retençäo de placa bacteriana, dificultando o controle de placa pelos procedimentos habituais de higiene bucal, favorecendo o desenvolvimento da doença periodontal. O objetivo deste estudo foi avaliar as condiçöes periodontais e a necessidade de tratamento em funçäo do acabamento cervical de restauraçöes dentais. Foram examinados 367 dentes restaurados com classe II e V de amálgama, classe III em resina, restauraçäo metálica fundida e prótese unitárias. Utilizando-se sonda periodontal (OMS), verificou-se a posiçäo do término da restauraçäo (supragengival, subgengival ou ao nível da margem gengival); a qualidade das restauraçöes (falta ou excesso de material restaurador) e a presença de grau 2 do CPITN. Após a análise dos dados, foi possível concluir que: 1) o término supragengival ofereceu a melhor adaptaçäo marginal e a menor freqüência de grau 2 do CPITN; 2) a falta ou excesso de material restaurador favorecem o desenvolvimento de grau 2, independentemente do material utilizado e 3) nos términos subgengivais, foi maior a freqüência de adaptaçäo marginal incorreta, principalmente casos de excesso de material restaurador, sendo estes casos de maior ocorrência de grau 2 do CPITN