RESUMO
As infecções por agentes do gênero Leishmania constituem um importante problema de saúde pública na Américas, sendo o Brasil o país que apresenta a mais alta incidência. Transmitida por fêmeas do inseto do gênero Lutzomyia, a Leishmania (Viannia) braziliensis, agente etiológico da Leishmaniose tegumentar americana (LTA), é uma zoonose, que impõe como principal característica patogênica uma infecção que varia de casos benignos, apresentando-se como lesão localizada, a casos que chegam a atingir tecidos mais profundos. O tratamento para essa doença é altamente tóxico, provocando diversos efeitos colaterais. Com base nesse fato, o objetivo deste trabalho foi avaliar o bioterápico (realizado com formas infectantes da Leishmania) como um tratamento alternativo para a Leishmaniose. Camundongos machos Mus musculus foram previamente infectados com a Leishmania (Viannia) braziliensis e depois tratados por três meses. Nos primeiros 30 dias de tratamento houve uma redução no diâmetro das lesões; no final, observou-se uma agravação dessas lesões, mas quando se comparou o grupo tratado com o controle negativo, as lesões estavam significantemente menores, mostrando um efeito terapêutico do bioterápico.