Qualidade de vida de pacientes com cardiomiopatia chagásica submetidos à terapia celular / Quality of life in patients with chagasic cardiomyophaty submitted to the cellular therapy

Objetivo Avaliar a percepção da qualidade de vida de 60 pacientes com cardiopatia chagásica que participaram do Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatia no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Métodos Trata-se de uma pesquisa de coorte retrospectivo de um estudo transversal anterior. Os participantes foram escolhidos randomicamente e foi utilizado o desenho duplo-cego para quem recebeu células tronco grupo experimental ou não recebeu grupo controle. Os dados foram retirados dos prontuários de 60 pacientes que responderam o questionário sócio demográfico, o Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire, a classificação funcional e o teste de caminhada de seis minutos, no tempo basal, 2, 6 e 12 meses de segmento. Foram analisados os dados referentes a qualidade de vida, meio dos testes estatísticos descritivos (porcentagem, média, desvio-padrão) e comparativos (teste t de Student e de correlação de Pearson, para p≤0,05). Resultados Foram incluídos os 60 pacientes chagásicos, a maioria do sexo masculino (70%), idade média 50,98 anos. O grupo que recebeu células-tronco e o grupo que não recebeu permaneceu semelhante, com boa qualidade de vida durante o desenvolvimento da pesquisa. Observa-se que, dois meses após o procedimento houve melhora da qualidade de vida em ambos os grupos, quando comparada aos demais tempos. A correlação da classificação funcional e do teste de caminhada com a qualidade de vida mostrou que quanto melhor a condição clínica do participante, melhor era o escore de qualidade de vida. Conclusão Não houve alteração na qualidade de vida dos participantes do grupo experimental em comparação ao grupo controle. Assim, a qualidade de vida dos participantes que receberam células-tronco não foi impactada.

Objective To assess the perception of quality of life of the 60 patients with Chagas Cardiomyopathy who were submitted to the procedure of cell therapy randomized multicenter study on heart disease at the Hospital das Clinicas, at the Universidade Federal de Goiás. Methods It is a retrospective cohort search from a previous cross-sectional study. Participants were chosen randomly and we used the double-blind design for those who received stem cells (experimental group) or not received (control group). The data were obtained from medical records of 60 patients who answered the demographic questionnaire, the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire, functional classification and the six-minute walk test, at baseline, 2, 6 and 12 months segment. the data for quality of life were analyzed demographic partner, functional classification and six-minute walk test, through descriptive statistical tests (percentage, mean, standard deviation) and comparative (Student t test and Pearson correlation to p≤0,05). Results Sixty patients were included with Chagas disease, most male (70%), average of 50,98 years of age. The groups which received stem cells and the group that did not remained similar, with good quality of life during the development of the research. It was noted that, two months after the procedure, there was an improvement in the quality of life in both groups when compared with the other times. The correlation of the functional classification and the walking test with the quality of life showed that the better the clinical condition of the subject, the better was the quality of life score. Conclusion There was no alteration in the quality of life of the experimental group members in comparison with the control group. Thus, the quality of life of the participants who received stem cells was not affected.

Insuficiência cardíaca / Heart failure

A insuficiência cardíaca vem tornando-se um problema cada vez maior em saúde pública e uma das principais causas de internações hospitalares em todo o mundo, gerando, assim, um grande impacto econômico na sociedade, implicando em termos de mortalidade e qualidade de vida. Mesmo com os progressos tecnológicos atuais a mortalidade pode ultrapassar 50% em cinco anos. O comprometimento da função cardíaca, alto índice de complicações e diminuição da expectativa de vida é um desafio devido aos numerosos problemas de saúde consecutivos ao envelhecimento.