RESUMO
A biópsia renal percutânea (BRP) vem sendo utilizada como padräo-ouro para o diagnóstico das disfunçöes renais pós-transplante renal. OBJETIVO. Avaliar o papel atual da BRP como modificadora do diagnóstico e conduta nas disfunçöes renais agudas (DRA) pós-transplante renal. MÉTODOS. Foram estudados 67 pacientes tranplantados renais como disfunçöes renais agudas submetidos a 95 biópsias válidas feitas à beira do leito, sem complicaçöes maiores. RESULTADOS. Foi observado discordância entre o diagnóstico clínico e o patológico em 28 ocasiöes (29,5 por cento). Em 36 situaçöes (37,9 por cento) os resultados dos exames histopatológicos levaram a mudanças no manejo dos pacientes. Entre essas modificaçöes destacam-se: suspensäo do pulso de esteróides (oito casos); nefrectomia do enxerto renal (oito casos); suspensäo ou diminuiçäo da dosagem de ciclosporina (seis casos); início de pulso de esteróides (cinco casos) e início de antibioticoterapia por pielonefrite aguda em quatro casos. O uso de rins de doadores cadavéricos esteve significativamente associado a uma freqüência aumentada de biópsia renais (p < 0,05). CONCLUSAO. Esses resultados demonstram que, apesar da existência de métodos menos invasivos, a BRP permanece sendo um método indispensável no manejo do paciente transplantado renal com DRA
Assuntos
Adulto , Humanos , Masculino , Feminino , Transplante de Rim/patologia , Rim/patologia , Estudos Retrospectivos , Biópsia por Agulha , Rejeição de EnxertoRESUMO
OBJETIVO. Avaliar a influência no curso clínico e a prevalência de distúrbios hidroeletrolíticos, ácido-básicos e da funçäo renal em pacientes portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Casuística e Métodos. A partir de um protocolo preestabelecido, revisaram-se os prontuários da primeira internaçäo de todos os pacientes admitidos durante o primeiro semestre de 1989. RESULTADOS. Noventa e nove pacientes foram estudados. A prevalência de hiponatremia, no momento da baixa, foi de 45% e durante a internaçäo, de 80,7% dos pacientes avaliados. Hipopotassemia esteve presente em 23,1% dos pacientes e acidose metabólica e insuficiência renal em 20,1 e 28,4%, respectivamente. O risco relativo para mortalidade em pacientes com hipopotassemia foi 4,4. Acidose metabólica e insuficiência renal aguda apresentaram riscos relativos de 12,9 e 21,4. Estes fatores, hipopotassemia (p < 0,01), acidose metabólica (p < 0,001) e insuficiência renal aguda (p < 0,001), estiveram significativamente associados à mortalidade. DISCUSSÄO E CONCLUSOES. Conclui-se que existe uma elevada prevalência das alteraçöes avaliadas nos pacientes com SIDA e que o desenvolvimento de hipopotassemia, acidose metabólica e insuficiência renal aguda está significativamente associado à mortalidade nestes pacientes
Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Acidose/epidemiologia , Injúria Renal Aguda/epidemiologia , Hipopotassemia/epidemiologia , Hiponatremia/epidemiologia , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/complicações , Acidose/complicações , Brasil/epidemiologia , Fatores de Risco , Injúria Renal Aguda/complicações , Hipopotassemia/complicações , Hiponatremia/complicaçõesRESUMO
Realizou-se um levantamento do grau de exposicao ao virus da hepatite B, observada entre pacientes e funcionarios de algumas unidades de hemodialise e fez-se um estudo comparativo com o que ocorre na populacao geral e em alguns grupos de pessoal tecnico hospitalar. A pesquisa, que empregou marcadores da hepatite B (HBsAg e anti-HBs), indicou maior exposicao ao virus entre os pacientes em hemodialise cronica (61%) e, em menor proporcao, entre os funcionarios hospitalares, com maior contato com sangue humano