RESUMO
Sintomas depressivos ocorrem frequentemente durante ou após infecções virais. Contudo a importância deste fato ou suas implicações clínicas não estão elucidadas. Objetivo: avaliar a relação entre infecções virais e episódio depressivo maior. Método: foi realizada uma revisão sistemática de artigos da literatura médica, usando palavras-chave da língua inglesa como "major depression, virus illness, postviral depression, chronic fatigue syndorme, depressive illness, utilizando para pesquisa as seguintes bases de dados: PubMed, Lilacs, Medline e Cochrane Library. Elaborou-se uma tabulação com as características clínicas de cada estudo. Resutado: a busca realizada evidenciou 14 artigos tendo sido excluído um deles por tratar de relato de dois casos. Dos 13 artigos selecionados, nove foram do tipo caso-controle e o restante de coortes. Entre os trabalhos de coorte a média na duração do acompanhamento foi de dez meses. Apenas cinco artigos encontraram ou sugeriran associação entre infecção viral e depressão. Desses, três são de caso-controle e dois de coorte. Conclusão: concluímos que não existem dados suficientes na literatura para demonstrar uma relação de causa-efeito entre infecções virais e depressão maior.
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Depressão , Literatura de Revisão como Assunto , Síndrome de Fadiga Crônica/complicações , VirosesRESUMO
Os autores relatam seis casos de neuropatia periférica em pacientes infectados pelo HIV. Em dois, o comprometimento neurológico foi a primeira manifestaçäo desta infecçäo. Nos quatro restantes, diagnóstico de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) já havia sido firmado na época do aparecimento da neuropatia periférica. Em quatro casos foi evidenciado neuropatia do tipo axonal, em um, neuropatia mista (axonal e desmielinizante) e no 6º, polineuropatia inflamátoria crônica. Aspectos clínicos, eletrofisiológicos e etiopatogênicos destas neuropatias periféricas säo discutidos
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Humanos , Feminino , Masculino , Adulto , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida , Complexo Relacionado com a AIDS , Soropositividade para HIV , Doenças do Sistema Nervoso PeriféricoRESUMO
De 280 pacientes com anticorpos anti-HIV, 44 apresentaram manifestaçöes neurológicas centrais. O quadro neurológico foi a manifestaçäo inicial da AIDS em 13,5% dos casos. Déficit motor, cefaléia, sinais meníngeos e alteraçöes do comportamento foram as manifestaçöes mais freqüentes. A toxoplasmose cerebral, as meningites criptocócica e tuberculosa representaram 79,4% das complicaçöes observadas. Os achados do líqüido cefalorraquidiano nos pacientes com meningite eram em geral inespecíficos, exceto pelo isolamento do Cryptococcus neoformans no exame direto e/ou cultura. A tomografia computadorizada de crânio comumente revelou lesöes hipodensas, geralmente múltiplas, sem captaçäo ou com captaçäo anelar de contraste, predominando em regiöes hemisféricas profundas. O tempo de doença do SNC foi inferior a 6 meses em 29 casos. Observou-se que 90,4% dos pacientes evoluiram para o óbito e nenhum destes sobreviveu por mais de 12 meses
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Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Doenças do Sistema Nervoso Central/etiologia , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/complicações , Doenças do Sistema Nervoso Central/diagnóstico , Doenças do Sistema Nervoso Central/líquido cefalorraquidiano , Meningite/etiologia , Estudos Retrospectivos , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/líquido cefalorraquidiano , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/mortalidade , Tomografia Computadorizada por Raios X , Toxoplasmose/etiologiaAssuntos
Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Humanos , Distrofia MiotônicaRESUMO
Os autores relatam dosi casos de distrofia miotônica que tiveram início desde o nascimento e responderam favoravelmente ao uso do bloqueador de cálcio
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Criança , Humanos , Masculino , Feminino , Distrofia Miotônica/genética , Verapamil/uso terapêutico , Eletrofisiologia , Distrofia Miotônica/tratamento farmacológicoRESUMO
Nossa casuística consiste de cinqüenta casos de disfunçäo cerebral mínima retirados de maneira näo selecionada, entre aqueles que foram avaliados e acompanhados por nós, durante o período de maio de 1975 a maio de 1983. Verificamos predominância do sexo masculino sobre o feminino em torno de 3:1, e maior freqüência de pacientes de cor branca. O desenvolvimento da sintomatologia pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais freqüente na idade pré-escolar entre seis e oito anos. As manifestaçöes clínicas predominantes foram a hiperatividade, alteraçöes do sono e dificuldade de aprendizagem
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Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Humanos , Masculino , Feminino , Transtorno do Deficit de Atenção com HiperatividadeRESUMO
Os autores relatam um caso de oftalmoplegia bilateral decorrente de provável toxoplasmose no tronco cerebral, em um paciente de 37 anos, com sorologia positiva para HIV, que respondeu favoravelmente ao tratamento com sulfadiazina e pirimetamina
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Adulto , Humanos , Feminino , Oftalmoplegia/etiologia , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/complicações , Toxoplasmose/complicaçõesRESUMO
Analisou-se a incidência de Distrofia Miotônica (DM) na literatura e fez-se um estudo epidemiológico de 58 casos atendidos no Instituto de Neurologia Deolindo Couto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (INDC-UFRJ), no período de 01/52 a 07/87. Observou-se, na populaçäo geral, uma incidência maior no sexo masculino e na raça branca. Na maioria dos casos, os sintomas se iniciaram entre os 20 e 29 anos e o maior número de óbitos ocorreu entre os 50 e 59 anos. No Brasil, tais índices também foram observados, com exceçäo da idade de início que, nos casos do INDC, situou-se entre os 11 e 20 anos e da idade média do óbito, entre os 40 e 49 anos. Esta miopatia, descrita em 1909 por Steinert, tem como característica a atrofia muscular (principalmente na face, esternoclidomastóideo, masseter, elevador das pálpebras e musculatura tibial), fenômeno miotônico e comprometimento sistêmico (catarata, calvície, atrofia testicular, hipofunçäo tireoidiana e adrenal, hipersecreçäo de insulina, alteraçöes cardíacas e pulmonares, etc.). No decorrer do quadro há fraqueza das musculaturas faríngea e laríngea, determinando disfonia e disfagia. Em determinados casos ocorre deterioraçäo mental. Os sintomas surgem mais freqüentemente entre a segunda e quarta décadas; a doença é transmitida por herança autossômica dominante, de penetrância variável e evolui em 15 a 20 anos a partir do início dos sintomas. A morte é causada freqüentemente por intercorrências cardíacas (bloqueios de ramos e/ou pulmonares (infecçöes)
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Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Distrofia Miotônica/epidemiologia , BrasilRESUMO
Analizou-se dentre outras enzimas, a atividade de L-gama-glutamil-transferase sérica em 30 pacientes com Distrofia Miotônica e verificaram atividade elevada em 20 pacientes (66,66%)
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Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , gama-Glutamiltransferase/sangue , Distrofia Miotônica/metabolismoRESUMO
Os autores estudam a incidência da etiologia etílica em 133 casos de polineuropatia atendidos no Serviço de Neurologia do HUAP, nos últimos 10 anos (1974-1984). A maioria dos pacientes era do sexo masculino, raça negra, baixo nível sócio econômico, etilistas há mais de 20 anos, com ingesta de mais de um litro de aguardente por dia. As alteraçöes sistêmicas, neurológicas, exames complementares, evoluçäo e tratamento foram analisados. Chamam a atençäo os autores para o fato da polineuropatia alcoólica estar freqüentemente associada à carência nutricional justificando sua grande incidência em nosso meio