RESUMO
A aplicação combinada de emissões otoacústicas e de medidas de imitância acústica, em uma mesma população, pode esclarecer certas questões sobre o grau de comprometimento de orelha média que impede a captação das emissões otoacústicas. Assim, os objetivos deste estudo são: 1. Identificar a melhor freqüência das provas de imitância acústica para identificação de alteração de orelha média, comparando-a com presença e ausência de emissões otoacústicas, tanto EOAT como EOAPD; 2. Estimar a probabilidade de captação de EOAs em orelhas médias normais em jovens e em idosos. Foram estudadas as respostas auditivas de 66 orelhas de adultos jovens entre 19 e 32 anos, exibindo média de limiares tonais entre 500 e 2000 Hz de até 20 dBNA , e de 44 orelhas de idosos entre 60 e 79 anos, exibindo média de limiares tonais entre 500 e 2000 Hz de até 30 dBNA. Foram submetidas a Emissões Otoacústicas (EOAT e EOAPD) e timpanometria simultânea em Susceptância e Condutância (B/G) com sondas de 226, 678 e 1000 HZ. Os resultados revelaram: 1. A timpanometria com sonda de 1000Hz mostrou maior concordância entre os achados de normalidade e alteração timpanométrica em relação à captação e não-captação de EOAT e de EOAPD; 2. Em condições de normalidade de orelha média a proporção de captação de EOAT foi maior em jovens do que em idosos, e a proporção de captação de EOAPD foi semelhante em ambos os grupos; 3. Em condições de normalidade de orelha média, a proporção de captação de EOAPD foi maior que de EOAT tanto em jovens como em idosos.