RESUMO
At the end of 2019, the world was shaken by a public health problem, COVID-19. To combat it, the WHO recommended social isolation which, despite the benefits in reducing contagion, can have psychological consequences. This article aimed to evaluate the sociodemographic and personal characteristics that can influence social isolation. A total of 1,914 individuals, aged between 14 and 86, 77.7% of whom were women, from 25 Federative Units in Brazil, participated in the study. It was observed that people with elementary or secondary education only, with incomes below the minimum wage, of black ethnicity and who seek information about the pandemic on social networks, are those who have observed significantly less social isolation. People who did not adhere to isolation had higher levels of positive affect and stress mindset and lower levels of conscientiousness. The findings suggest the importance of recognizing relevant social and psychological characteristics for engaging in restrictive measures.
No fim de 2019 o mundo foi surpreendido por um problema de saúde pública, a COVID-19. Como medidas para seu enfrentamento a OMS recomendou o isolamento social que, apesar dos benefícios para diminuição do contágio pode trazer consequências psicológicas. Este artigo buscou avaliar as características sociodemográficas e pessoais que podem influenciar no isolamento social. Participaram do estudo 1.914 indivíduos, com idades entre 14 e 86 anos, 77,7% mulheres, de 25 Unidades Federativas do Brasil. Observou-se que pessoas com ensino fundamental ou médio, com renda inferior a um salário mínimo, de etnia negra e que buscam informações sobre a pandemia em rede sociais são as que realizaram significativamente menos isolamento social. Pessoas que não aderiram ao isolamento apresentavam maiores níveis de afetos positivos e mentalidade sobre o estresse e menores níveis de conscienciosidade. Os achados sugerem a importância de reconhecer características sociais e psicológicas relevantes para o engajamento em medidas restritivas.
A finales de 2019, el mundo se sorprendió con un problema de salud pública, COVID-19. Como medidas para combatirlo, la OMS recomendó el aislamiento social, que, a pesar de los beneficios para reducir el contagio, puede tener consecuencias psicológicas. Este artículo buscó evaluar las características sociodemográficas y personales que pueden influir en el aislamiento social. 1.914 personas, con edades comprendidas entre 14 y 86 años, 77,7% mujeres, de 25 unidades federativas en Brasil participaron en el estudio. Se observó que las personas con educación primaria o secundaria, con ingresos inferiores al salario mínimo, de etnia negra y que buscan información sobre la pandemia en las redes sociales son aquellas que han logrado un aislamiento social significativamente menor. Las personas que no adhirieron al aislamiento tenían niveles más altos de afectos positivos y mentalidad sobre el estrés y niveles más bajos de concienciosidad. Los resultados sugieren la importancia de reconocer características sociales y psicológicas relevantes para participar en medidas restrictivas.
Assuntos
Humanos , Isolamento Social , COVID-19 , Fatores Socioeconômicos , Afeto , Angústia PsicológicaRESUMO
Este trabalho incide sobre uma breve revisão bibliográfica centrada em alguns conceitos que medeiam entre a saúde e a privação da liberdade, pois insere-se em uma investigação mais ampla no âmbito do doutoramento em Psicologia, focalizada nos comportamentos que interferem com a saúde em uma população legalmente privada de liberdade, isto é, de reclusos em cumprimento de penas de prisão e de doentes mentais em cumprimento de medidas de segurança e de tratamento. Consideramos que a entrevista psicológica estruturada seja um dos instrumentos de avaliação que nos possibilita aceder a esses comportamentos, porém, antes de nos debruçarmos sobre ela, entendemos pertinente definir alguns conceitos que estiveram na base da sua construção, como liberdade versus privação jurídica de liberdade, imputabilidade versus inimputabilidade (de acordo com o ordenamento jurídico português), comportamentos de risco e padrões dentro e fora da norma.
This paper focuses on a brief literature review centred in some concepts that mediate health and the legal deprivation of freedom. It integrates a broader research work within the PhD in psychology, which concentrates on the behaviours which interfere with the health of a population living in a prisional establishment, i.e. prisoners who are serving imprisonment sentences and mental patients serving safety and treatment measures. We believe the structured psychological interview is one of the evaluation instruments that will allow us to access those behaviours. Nevertheless, before approaching this kind of instrument, we consider appropriate to define some concepts that were the basis of their construction, such as freedom vs legal deprivation of freedom, able-to-stand-trial vs not-guilty-by-reason-of-insanity (according to the Portuguese legal system), risk behaviours and patterns within and outside the norm.
Este trabajo incide sobre una breve revisión bibliográfica centrada en algunos conceptos que median entre la salud y la privación de la libertad, pues se insiere en una investigación más amplía en el ámbito del Doctorado en Psicología, orientada a los comportamientos que interfieren con la salud en una población legalmente privada de libertad, o sea, reclusos en cumplimiento de penas de prisión y enfermos mentales en cumplimiento de medidas de seguridad y de tratamiento. Consideramos que la entrevista psicológica estructurada es uno de los instrumentos de evaluación que nos posibilita acceder a esos comportamientos. No obstante, antes de concentrarnos en ellos, entendemos pertinente definir algunos conceptos que estuvieron en la base de su construcción, como libertad versus privación jurídica de libertad, imputabilidad versus inimputabilidad (de acuerdo al ordenamiento jurídico portugués), comportamientos de riesgo y estándares dentro y fuera de la norma.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Liberdade , Imputabilidade , Entrevista Psicológica , Pessoas Mentalmente Doentes , Medidas de Segurança , Comportamento SocialRESUMO
O objectivo deste trabalho visa a adaptação e validação da Escala Revista de Orientação para a Vida para Crianças e Adolescentes Portugueses. O presente estudo incidiu sobre um total de 3195 participantes do 5º e 7º anos de escolaridade. A análise de componentes principais encontrou dois factores, um ligado ao optimismo e outro que reflecte o pessimismo. Os resultados evidenciados na análise factorial confirmatória revelam um bom ajustamento da escala. Analisou-se a validade discriminante e concorrente com variáveis relacionadas com o constructo, nomeadamente: satisfação com o suporte social, auto-estima e qualidade de vida. O instrumento revela-se adequado na medição da orientação para a vida em populações de crianças e adolescentes, sendo útil no âmbito da psicologia da saúde.
The aim of this study was to adapt and validate the Life Orientation Test, reviewed for children and adolescents. This study included a sample of 3195 participants from the 5th and 7th grades. Through Principal Component Analyses we found two dimensions, one related to optimism and another linked to pessimism. Results in the confirmatory factor analysis showed a good fit model. Additionally, items discriminating validity and concurrent validity were inspected with measures related to optimism, such as, social support satisfaction, self-worth and quality of life. This instrument seems to be adequate for the measurement of life orientation in children and in teenagers, and may be useful in other contexts, such as health psychology.